- Tá falando sério?
- Sim!
- Melissa para de mula, tá pedindo pra eu te beijar?
- Se não quer é só falar logo.
- Não é isso é que, como eu disse você é muito nova isso seria pedofilia.
- Eu estou consentindo!
- Você só tem 17 anos.
- Sou tão feia assim?
- Claro que não, só estou querendo dizer que seu primeiro beijo tem que ser com alguém especial e com alguém que você goste, pra você poder sentir borboletas na barriga e essas coisas de adolescente quando vai beijar pela primeira vez.
- E quem disse que não sinto?
- Eu sou velho pra você.
- Nunca reclamei da sua idade carrancudo.
- Kkkkkkkk viu.
- Vai me beijar ou vai pular fora?
- Jura que quer isso?
- Quero
- Ok
- Jura?
- Sim
Melissa[Pov]
Ele ajeita o corpo na cama ficando de frente pra mim e toca meu rosto com suas mãos enquanto começa a acariciar minha pele com o polegar e olhava em meus olhos, o frio na barriga e as borboletinhas estavam presente com toda certeza, seu toque estava me fazendo arrepiar toda e quando sinto seus polegar tocar meus lábios meus olhos se fecham instantaneamente e sinto uma enorme eletricidade percorrer meus corpo me fazendo segurar firme na sua roupa do hospital e ele coloca sua testa na minha.- Tem certeza?
- Tenho...
A respiração dele estava bem mais forte e seu polegar permanecia acariciando hora meus lábios e hora a maçã do meu rosto e aqueles simples toques estavam fazendo eu ter uma explosão tão grande de sentimentos que eu estava ficando um pouco assustada, mas de certa forma era bom.
- Dylan hora da quimio....desculpa gente atrapalhar.
Dylan se afasta mais que depressa e eu fico ali imóvel com a respiração ainda meio desregulada e de olhos fechado, suspiro e me sento na cama saindo dali e me sentando na poltrona ao lado para que ela possa instalar a quimio dele.
- Pessoal me desculpa.
- Imagina Keilly, estávamos apenas conversando.
- Ok, vou instalar a medicação rapidinho.
A Keilly instala a medicação e o Dylan estava o tempo inteiro olhando pra mim, apesar dos meus olhos ainda estarem fechados eu sei que seu olhar estava sobre mim. Assim que resolvo abrir meus olhos e o encarar ele me dá um breve sorriso que me faz sorrir.
- Ficará pra próxima...
- Pois é.
- Está bem?
- Hm, sim.
- Mesmo? Estava nervosa né?
- Um pouco
Dylan[Pov]
Ultimamente não entendo o que anda acontecendo comigo, só sei que a pequena garota que esta ali na minha frente ganhou um lugar especial no meu coração de uma forma muito rápido, mas o que de fato me assusta é a forma como ando pensando nela.
Querendo ou não ela ainda é só uma menina e eu já sou um homem feito, temos 11 anos de diferença e ela tem muito pra se viver não tem experiência nenhuma, é claro que o fato da experiência pra mim é só um detalhe mas quando penso nela de outra forma me sinto um cretino, mas ao mesmo tempo é tão bom estar com ela e sentir seu pequeno corpo junto ao meu, vou tentar ao máximo segurar esse enrosco que estamos nos metendo, o duro é que não sei até quando vou segurar as rédias.
Aonde eu estava com a cabeça quando fui falar que iria a beijar, ainda bem que Keilly apareceu porque depois eu iria ficar me crucificando. Não acho a Melissa feia, muito pelo contrário ela é linda, uma princesa, com a sua boca delicada e pele delicada, tudo nela é delicado, céus como eu queria essa garota pra mim, mas por Deus que pecado imaginar eu por cima dela a tomando pra mim.- Está arrependido?
- Ham?
- Você está tão pensativo aí...
- Gosto de refletir sobre a vida.
- Hmm, Dylan...
- Oi?
- Você tem certeza que....
Quando ela iria terminar de falar a porta do quarto é aberta, despertando a minha atenção de Melissa e quando olho não entendo o que raios a Débora está fazendo ali parada olhando pra minha cara e o que ela está fazendo aqui.
Débora é uma funcionária da minha empresa que eu tive a infeliz atitude de nós enroscar no passado a uns 6 meses atrás, na verdade não rolou nada demais só uma transa casual e desde então ela quer agir como se fosse minha namorada eu já estou cansado de ser franco com ela mas a garota não sai do meu pé.
Ela me olha com um sorriso doentio no rosto e entra no quarto com algumas sacolas.- O que faz aqui Débora?
- Por que não pediu pra sua mãe me avisar que estava internado dengo?
- Porque não é da sua conta não acha?
- Nossa Dylan para de falar comigo assim, eu vim te visitar e até trouxe umas comidinhas pra você.
- Ok, obrigado. ~fecho a cara~~
Ela vem até a mim e tenta me beijar mais a afasto com a mão e olho pra Melissa que me olhava agora com um olhar meio cabisbaixo, me fazendo soltar um suspiro.
- Débora essa é a Melissa minha amiga e Mel essa é a Débora uma funcionária da minha empresa.
- Agora virou amigo de adolescente? Ou a mãe dela pediu pra você olhar ela? ~fala um pouco mais baixo pra mim~
- Olá, bom Dylan vou deixar vocês a sós.
- Não vai Mel.
- Mais tarde eu volto.
- Mesmo?
- Uhuuum
Ela levanta e se retira do quarto me fazendo soltar um suspiro porque notei que ela ficou meio incomodada, eu sabia que ela não voltaria mais hoje, quando voltei meu olhar pra Débora foi instantâneo revirar os olhos.
Melissa[Pov]
14 de Fevereiro
Querido Pitter, as coisas andam tão confusas, ando sentindo que estou mergulhando dentro de um vulcão que está prestar a entrar em erupção. Mas sabe o que me deixa extremamente sem rumo e sem respostas, é que como isso é possível se faz anos que sou um vulcão inativo? Eu nunca senti tudo isso que ando sentindo e eu nunca pensei que isso aconteceria também comigo dentro da minha própria prisão.
Depois que sai do quarto de Dylan e deixei ele a sós com aquela moça que por sinal é muito bonita, já rasguei três páginas suas e me perdoe Pitter não queria te magoar ou machucar mas ando em um estresse que só, eu achei ela tão sem sal.
Será que eles são namorados? Não é possível, acho que Dylan não seria tão cretino a esse ponto, ou seria?
O que de fato sei é que vou explodir Pitter, vou explodir de raiva por saber que ele está lá dentro com aquela ruiva sem sal, aí que ódio Pitter, aí que ódio.
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Ownnnn nossa Melzinha tendo a primeira crise de ciúmes!!!
Boa leitura pessoal.
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Quarto 310
FanfictionEu sempre convivi com a leucemia desde quando nasci, mas eu só fui entender realmente a dor que ela causa quando eu o vi praticamente morrer diante dos meus olhos, meu Dylan. . . . . . . Boa Leitura!