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  O mundo é uma caixa de surpresa absurda, vocês concordam comigo certo? Bom acredito que irá responder que sim. Afinal o tempo todo somos pegos de surpresa por algo ou alguma coisa que tira a gente do rumo em que estávamos. As vezes isso é bom, as vezes isso é ruim. Para Ana Servin uma mulher que sempre seguiu regras, costumes e parecia estar totalmente centrada no caminho certo, a vida lhe deu um rasteira que a vez olhar para dentro de si e entender que nada do que ela vivia era o que a deixava feliz, não mais pelo menos. Você vive o que lhe deixa feliz? Bom pense sempre nisso. Sim a “senhora perfeitinha” amava sua família e tudo que havia construído ao longo dos anos com Juan Carlos, mas a muito tempo algo não estava completo. Nem para ele e nem mesmo para ela, a chegada de uma nova criança podia ser a salvação deles e de certa forma foi, mesmo que isso significasse cada um ir para um lado. Quem disse que para estar junto você precisa dormir junto? Eles eram perfeitos como amigos naquele momento, e estavam descobrindo isso. Quando soube da volta de Mari fez questão de levar flores a ela, queria fazer ter certeza de que estava tudo bem realmente. Elas já estavam acordadas, é claro, e com as meninas na cama com elas quando ele pediu para entrar.
- Posso entrar?
Elas olharam para a porta, e o viram no seu terno cinza, sem gravata e com um largo sorriso.
- Claro, estamos brincando com as meninas.
Respondeu Mari.
- Matando a saudade?
Questionou ele se aproximando da cama
- Sim, um pouco.
- Isso é bom, essas flores são para você. Ana me disse que você ama tulipas, e achei essas muito bonitas.
- Nossa muito obrigada, foi uma grande gentileza sua.
Comentou Mariana completamente surpresa com aquela atitude ao mesmo tempo que pegava as flores e mantinha no seu colo.
- Que isso, estou feliz que esteja em casa! A sua fisioterapia começa amanhã, junto com as enfermeiras que contratamos.
- Então deu certo?
Questionou Ana a ele.
- Sim, deu sim! Vai ser uma equipe só não teremos uma enfermeira a noite como você pediu Ana.
- Gente mas não precisa de tudo isso não, minha mãe e minha avó podem ajudar.
Ele fez uma careta
- Bom sua mãe está grávida e como está com uma certa idade precisa se cuidar para não perder, isso segundo o Vitor e sua avó tem os pacientes dela. Além do mais nenhum de nós temos experiência com isso, então pelo menos nos dois primeiros meses o médico recomendou.
- Isso não está em discussão meu amor, já estão contratados e amanhã começam.
- Bom sendo assim, eu vou fazer o que? Nada né! Juan você consegue um vaso para colocar as flores, por favor.
- É claro, - Ele foi até a porta e chamou por Alta que imediatamente foi atender – Precisamos de um vaso para as tulipas, sim por favor.
- Claro senhor!!! - Respondeu ela que logo voltou com o objeto em mãos – Aqui está, senhora Ana tem um telefonema para a senhora, vai atender?
- Quem é?
Questionou Ana
- Senhora Marcela, disse que é importante.
- Ok, Juan você consegue ficar um pouco aqui com a Mariana e as meninas?
- Sim, só tenho compromisso mais tarde um pouco.
Ana deu um beijo nas crianças e pediu licença saindo do quarto, Mariana estava um pouco sem jeito por eles estarem sozinhos.
- Como foi ver elas de novo?
Questionou ele
- Quando cheguei acabei cochilando conversando com a Ana, eu e ela aí um tempo depois senti umas mãozinhas me batendo acordei meio assustada e as vi. Confesso que tive que controlar as emoções, o médico disse que ainda precisa manter o controle. Ver essas duas meninas foi maravilhoso, eu as abraça tanto. Tive um medo tão grande de não ver elas crescerem naquela escritório.
- É confesso que tive a mesma sensação, mas isso assou e estamos todos seguros agora. Vamos tirar do passado somente coisas boas, o que você acha? Agora somos uma enorme família.
- Juan realmente está tudo bem para você eu estar aqui, eu e Ana. Não quero causar...
Ele colocou as mãos sobre a dela
- Mariana, eu realmente não me importo. Ana e eu conversamos bastante e decidimos ser amigos, pelas crianças e principalmente pela nossa história, infelizmente nossa relação física acabou, mas o amor não. Entenda, eu e Ana por algum motivo deixamos essa relação de esposa e marido morrer. Tere, Daniel e você foram apenas ...como posso dizer, um plus...Não destruíram nada, pois já não havia nada além de amizade. Então não quero brigas, a casa, essa casa é dos nossa filhos e então se todos quiserem morar aqui assim será. O importante é sermos uma família forte e unida. Concorda?
- Sim, obrigada!
- Não agradeça, só não tente morrer de novo. Ana ficou realmente desolada.
- Prometo tentar não deixar isso acontecer.
Eles caíram na gargalhada e ficaram brincando um pouco mais com as meninas, até que a babá veio pegar elas para tomar banho e Juan disse que iria junto por havia marcado com Fernanda. Alta levou um pouco de comida para Mari, depois Cecília foi conversar com ela até Ana volta.
- Achei que estaria dormindo.
Falou adentrando ao quarto
- Você demorou, algo de errado?
Ana fez uma fuinha com a cara e sentou ao lado de Mari na cama.
- Bom, sim e não! Estamos com um probleminha com um fornecedor no Brasil e eles estão querendo que eu vá até lá. Mas expliquei que ainda não posso viajar, e nem quero sair daqui agora. Claro que essa parte não falei, mas vou ter uma reunião via zoom com eles amanhã. Se nada der certo vou tentar adiar ao máximo a viagem.
- Entendi, não quero atrapalhar você Ana.
Falou a morena
- Para de ser ridícula Mariana, eu realmente não posso ir e não quero sair daqui agora.
- Adoro te irritar
- Boba você! - Beijou a ponta do nariz dela – Tudo bem com o Juan Carlos?
- Sim, ele foi super legal, disse que conversaram.
- É mas antes eu meti a mão na cara dele.
- Ana!!!!
- Ele tentou me beijar Mariana, o que eu deveria fazer.
- Então fez certo, quando foi isso? No hospital ele disse que estava tudo ok.
- Então acho que foi uma recaída. Um dia depois que voltei pra casa, aí acho que ele caiu na realidade depois do tapão que levou. Aí então realmente conversamos com calma, e decidimos ser amigos. Nossa história merece isso, tudo bem para você?
- Está pedindo permissão para ser amiga dos pais do seus filhos?
- Não, estou ....– Mari franziu a testa – É verdade, eu sou muito trouxa por você. Meu Deus! Estou mesmo te pedindo permissão para isso, - Elas caíram na risada – enfim, tudo bem para você?
- Se ele não tentar te beijar mais, tudo bem. Vocês merecem isso, e somos uma família.
- Esses dias estava pensando como vamos explicar para Regina e Vale toda essa história.
- Até lá a gente pensa em algo, viu eu estou com fome.
- A Alta já vai trazer seu jantar, ou você quer ir na mesa? Você pode ir?
- Simmm! Me ajuda a sentar na cadeira e jantamos todos juntos. Depois você me leva no gramado? Preciso de ar puro.
- Claro, levo sim. Estou com saudades de tomar um vinho com você lá.
- Seria ótimo, pena que teremos que ficar no suco de uva – Ana ajudou ela a sentar na cadeira de rodas – Não vejo a hora de começar a andar sozinha.
- A quer dizer que depois a senhorita vai querer andar apenas sozinha?
- Você me entendeu Ana Servin – A loira foi dar a entender que iria para traz da cadeira mas Mari a puxou – não antes de você me dar um beijo – Puxou a mulher que caiu sentada no seu colo.
- Mariana! – Disse surpresa com a atitude – Que foi isso? – Elas sorriram e a morena captou os lábios da outra com saudades, com desejo e necessidade. Elas estavam começando a sentirem cada vez mais viciadas naqueles beijos que inclusive só foi interrompido por Rodrigo abrindo a porta.
- Mamãe..... – Elas na hora levaram um susto e Ana pulou do colo da outra – Perdão, perdão!!!
- Quantas vezes eu falo que não se deve abrir a porta antes de bater Rodrigo.
Falou Ana ajustando sua roupa e muito sem graça enquanto Mari estava querendo dar risada e tentando segurar.
- Desculpa, não faço mais. Com toda certeza eu realmente, nossa mãe desculpa....Enfim, o jantar está pronto.
O menino estava parecendo um pimentão de tão vermelho.
- Ok obrigado, já vamos – Ele ia saindo mas a mãe o chamou novamente – E Ro, por favor não comenta....bom, não comenta o que ...
- Não se preocupa não é algo que eu queria lembrar ou comentar.
Ele com toda certeza do mundo não faria novamente, nunca mais mesmo. Inclusive anos depois, foi vez de sua mãe em pegá-lo em uma situação um tanto quanto inusitada como essa, mas esse é assunto para outro momento.
- Não ria Mariana, não é uma situação em qual desejo ser pega pelo meu filho.
- Ana desculpa mas foi muito engraçado – Mariana começou a rir alto – sério a sua cara foi impagável.
- Que bom que estou servindo de espetáculo para você...
Tacou uma almofada em Mari
- Isso você tem razão, você é um espetáculo.
Ana revirou os olhos para a mais nova fingindo não ter gostado do que ouviu. A morena sorria de canto e sem parar de pensar o quanto a loira podia ser surpreendente.
- Ridícula, vamos jantar que isso é fome!
Eles jantaram com todo mundo questionando se Rodrigo estava realmente bem, pois estava quieto demais e de cabeça baixa. Mas realmente ele deixou passar o real motivo do seu desespero, enquanto Mariana não parava de dar risada. No meio do jantar Juan Carlos declarou que está oficialmente namorando Fernanda e gostaria de que ela pudesse ir em um jantar com todos para se enturmar.
- Juan espera a Maria esta um pouco melhor....
Começou a falar Ana, mas a sua namorada interrompeu
- Não, por mim pode trazer ela agora mesmo. Nada de adiar as coisas!
- Agora não dá, mas vou marcar um jantar para próxima semana. O que acham?
Ele disse olhando para Ana que fuzilou Mariana por alguns momentos com os olhos mas depois disse que se para Mari tudo bem, então estaria tudo bem.
- Meu amor ...– Nesse momento Mari e Juan disse oi e a loira arqueou a sobrancelha – Bom era para ...
- Sim, desculpa força do hábito.
Ele ficou todo sem jeito
- Relaxem, vocês ainda de amam. Mas não dá mesma forma.
- Nossa como a Mariana está zen! O que será que deu nela?
Comentou Cecília baixinho para o irmão
- Até imagino!
Ele falou sem ela entender.
- Bom, Mariana amanhã pelas nove começa sua fisioterapia. Vai ser duas vezes ao dia, ok?
- Claro, não vejo a hora de recuperar meu fôlego.
- Até imagino porque!
Rodrigo falou alto e quando todos olharam para ele abaixou a cabeça, foi repreendido antes disso pela mãe com os olhos. Logo depois do jantar todos ficaram um pouco no jardim com as bebês, até mesmo Juan Carlos. Mari ainda conversou com a mãe e com a avó. Mari tomou seu banho primeiro e esperou por Ana deitada mexendo no celular, conversando com Pablo e Elena. Então a loira apareceu, estava calor aquela noite, ambas estava de camisola. Assim que Mari percebeu que loira entrou saiu do banheiro pro quarto com aquela camisola preta de seda curta, quase pediu para sair correndo.
- Você sabe que eu operei do coração correto?
Falou olhando seria para Ana
- Sim, por que diz isso? - Questionou enquanto penteava o cabelo não e não obteve uma reposta audível apenas um olhar da outra de baixo pra cima em seu corpo – Você é inacreditável, e está impossível hoje – Sorriu, deixou a escova de cabelo em cima da penteadeira e subiu na cama de gatinho até a morena – mas confesso que gosto disso. Porém ainda teremos que ficar na imaginação!!! – Deu um beijo na ponta do nariz da outra deitando ao seu lado.
- Nunca falamos sobre esse momento.
- Aquele que eu deito ao seu lado para dormir? Já fizemos isso antes.
- Ana!! Você é campeã em fugir de conversas. Sério, você nunca fez amor com uma mulher correto?
Questionou Herrera deixando a outra em cólicas de nervo
- Humm!!! Bom, não!! Mas tenho imaginação neh Mariana.
A morena estava de divertindo com a situação.
- Você já se imaginou com uma mulher? Conte me mais!!!!
- Não, não quero falar sobre isso!!! Quero dormir, hoje tivemos um dia cansativo e a senhorita precisa descansar.
- Ok, vou te respeitar. Mas ganho um beijo de boa noite?
- Sim!!! Isso sim – Elas se beijaram um pouco – Mari estou tão feliz de estar em casa.
- Também estou Ana, achei que nunca sairia daquele lugar e veria vocês novamente. Eu gostaria de conversar muitas coisas com você, mas quero estar bem ainda tenho pesadelos ao dormir.
- Não se preocupe tudo no momento certo.
Elas dormiram de mãos dadas, Ana esperou na verdade Mari adormecer e deixou o sono vence- lá depois de um bom tempo. Na manhã seguinte os afazeres, como sempre, começaram cedo na casa. O café da manhã foi repleto de risadas e por volta das oito e quarenta da manhã a campainha tocou e Alta foi atender.
- Olá, você deve ser a fisioterapeuta.
A moça sorriu para ela muito gentil
- Sim, eu mesma!
Respondeu mais gentilmente ainda
- Entre vou chamar as patroas – A moça entrou a casa – espere aqui por favor.
Logo Ana e Mariana chegaram.
- ola bom dia, sou Ana Servin e essa é a Mariana.
- Bom dia, eu sou Macarena Achaga, sua fisioterapeuta.

Mari e a moça sorriam uma para a outra, o que não deixou Ana nada confortável. A fisioterapeuta era maravilhosa, parecia uma modelo, cabelos claros e longos, olhos tão azuis quantos o de Ana e com um sorriso de tirar o fôlego. A loira engoliu seco pois além de tudo era bem mais nova que ela.

- Ual que bom! Fico muito feliz em conhece-la.
- Bom, começamos por aí precisamos nos conhecer. Onde fica melhor?
Assim que Maca falou isso Ana em um reflexo malucou soltou uma "Não" e as duas ficaram olhando para ela sem entender.
- Não, não devemos começar pelas coisas sobre a saúde da Mari?
- Sim, exatamente o que falei. Devemos começar pelo histórico médico e sobre os acontecimentos.
- É entendi outra coisa!
- Macarena, vamos até o quarto.
- NÃO! Amor vamos na sala de tv, o quarto está sendo limpo.

Será que Ana tem com o que se preocupar??? Me digam

Bjs





















Una extraña oportunidadOnde histórias criam vida. Descubra agora