Aquelas

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Boa noite, eu estou tentando fazer algo aos poucos. Se puderem comentar se estão gostando no ritmo que está, fico muito grata. Tenho uma ansiedade muito forte e sempre acabo acelerando demais. Então estou tentando trabalhar isso diferente. Mas podem ser sinceros. Obrigada viu!!!





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O ciúmes ele nos cega, ele pode simplesmente criar coisas que não existem e transformar um relacionamento gostoso em um pé de guerra. Ana era uma mulher extremamente atraente, sexy, madura, inteligente e milhares de outras coisas. Mas ela também era humana, foi traído da pelo país do seus filhos, sim ela também traiu mas podemos dizer que foram casos bem diferentes. Enfim, ela estava em um relacionamento novo, numa situação nova para ela, com uma pessoa vinte anos mais nova, qualquer pessoa estaria assustada. Claro, fora o drama do lunático que tentou mata-las. Ana não fazia ideia do que faria na cama com Mariana, ela tinha vontades, desejo e podia jurar que deixaria seu corpo responder a tudo sem se segurar. Mas não, ela não estava segura em nada. Mari era livre e leve, já havia tido experiências sexuais com uma pessoa mais experiente, mais experiente que a Ana naquele setor. E não tinha como estudar para aquele assunto como se fosse uma matéria de colégio ou para um PHD. Ana Servin sentiam-se no limbo da frustração por não ser experiente nesse sentido. Então para ajudar mandam para a casa dela uma profissional de fisioterapia que mais parece uma modelo. E ela tinha que sorrir.
- Bom Mari, posso te chamar de Mari?
Falou a fisioterapeuta sorrindo com aquele dentes perfeitos
- Claro, pode sim!
Falou Mari sorrindo devolta
- Vamos fazer o primeiro mês aqui e depois você vai para a clínica para que possamos usar a piscina e os aparelhos de ginástica...
Ana prestava atenção em tudo
- Qual o tamanho que tem que ser a piscina? Como ela precisa ser?
- Bom – A fisioterapeuta assustou com a pergunta – ela precisa no mínimo ter uns quatro metros e ser aquecida....
- Profundidade?
Questionou Ana que parecia anotar no telefone tudo
- É, um metro e sessenta... Porque?
A fisioterapeuta olhava para Mari procurando resposta.
- Mari tem medo de água e ....
Ana comentando séria
- Não fazia ideia – Falou sem graça – mas ela não vai estar sozinha...vou o tempo todo estar grudada nela.
“grudada nela” na hora que ouviu isso Mariana engoliu seco, já tinha notado o clima. Não era boba e conhecia bem Ana para entender onde isso daria.
- Sim, eu imagino! Vocês me dão licença.
Ana saiu e deixou Macarena sem entender nada.
- Falei algo de errado?
- Não, fica tranquila. O que faremos hoje? Só conversar?
Mari questionou animada
- Não, claro que não mocinha. Vou fazer alguns exercícios com você leves, você vai sentir canseira mas é normal.
- Ok!!!
Ana estava no telefone com a sua arquiteta dizendo a ela que queria que ela fosse naquele dia mesmo até sua casa pois tinha um projeto novo e de urgência. E ficou olhando o que as duas moças estava fazendo na sala de tv. Saiu do telefone e foi para o escritório, precisava responder alguns emails e tentar relaxar um pouco. Quando retornou a sala de tv viu Tere e Macarena morrendo de rir uma com a outra.
- Menina, você imagina o susto que tomei.
Falando TERE
- Sim, com toda certeza!! Eu também ficaria em shock.
- Do que tanto vocês riem? Quero rir também!
Elas se assustaram quando Ana chegou perguntando e com as mãos nos ombros de Mari.
- Oi Ana, estava contando da minha gravidez e do susto que tomei.
- A sim, entendo!!
- Bom Mari, eu volto final do dia. Para mais exercícios. Tere prazer em te conhecer, eu vou lá para você fazer minha sobrancelha.
- Vai sim! Apesar de que você é perfeita neh.
Todas elas caíram na gargalhada.
- Quem me dera!! Adeus.
Macarena saiu do recinto e todo mundo ficou em silêncio, em um silêncio constrangedor até que Mari resolveu falar.
- Mamãe, vocês vão se casar mesmo?
- O Victor vai casar? Está aí uma surpresa!
Falou Ana
- Bom, ele que propôs. Eu acho desnecessário, mas ele disse que nenhum de nós tivemos um casamento na vida e seria legal. Mas depois que a bebê nascer, não quero que a barriga apareça nas fotos e você vai estar mais forte também meu amor. E vocês pretendem de casarem?
- Mamãe, que isso?
Ana arregalou os olhos surpresa com a pergunta, ela casaria com Mariana mas no momento delas.
- Aí minha filha não posso perguntar não?
- Tudo bem meu amor, isso é coisa de mãe. Você vai ver quando as meninas crescerem.
- É mas mesmo assim, nem tivemos tempos de namorar.
“Namorar” o que seria exatamente aquilo? Pensou Ana.
- Verdade Tere, deixa a gente curtir. Temos tempo para isso. Mari vou aproveitar que sua mãe está aqui e – A campainha tocou – movimentada essa casa, cada hora uma pessoa diferente.
- Senhora Ana – Veio Alta chamando – tem uma moça que a disse que a dona Marcela mandou falar com a dona Mariana, sobre o design do aplicativo.
- Sério? Nossa achei que ela viria somente semana que vem. Nem tive tempo de explicar o que seria e se você toparia. Alta pede a ela dois minutos por favor! – Alta saiu da sala de tv – Marcela disse que precisam fazer ajustes no design do aplicativo devido a uns erros, e como você está a frente disso ela achou que seria bom que a pessoa que estaria fazendo esse trabalho viesse até aqui assim você distraia a cabeça e como você só precisa aprovar algumas coisas. O que acha?
- Vou amar, nossa estou precisando disso.
Respondeu Mariana super feliz
- Sabia que ia gostar, mesmo que ainda ache cedo ela ter vindo hoje.
- Tudo bem Ana, me deixe ela me atualizar. Pode ser? Prometo me esforçar ao mínimo.
- Filha não deveria trabalhar!
Falou olhando para Ana e depois para a filha
- Mamãe eu vou apenas ouvir, por favor gente eu estou desesperada para fazer algo.
- Alta peça para ....
Ana não recordava o nome que Marcela mencionou
- Barbara senhora!
- Isso, peça para a Barbara vir até aqui, sim. Por favor!!! Não abuse em Mariana!!
Então na sala aparece um mulher alta, de cabelos negros um pouco abaixo dos ombros, com um conjunto de terno cinza em um tecido de linho com leve quadriculado. Muito bem maquiada, em cima de um salto número dez, que alongava ainda mais no seu corpo. Extremamente cheirosa, pois de longe sentia o perfume e muito elegante. Ana franziu a testa e pensou “Só pode ser brincadeira, da onde estão saindo essas mulheres”
- Bom dia! Sou Bárbara Lopez, prazer!
A morena esticou a mão para Ana que estava perdida em seus pensamentos lunáticos.
- Ana?
Chamou Tere
- Oi, oi? Sim, perdão Ana Servin e essa é a ....
- Mariana Herrera, - Esticou sua mão para cumprimentar a mãe de Regina - eu a conheço...
- Imagino da onde, prazer!!!
Comentou Mari, imaginando ser pelo escândalo da sua vida.
- Na verdade são pelas fotos que Marcela me mostrou – Notou que Ana semicerrou os olhos – ela me mostrou vocês duas e pelo aplicativo, é claro.
- A sim!
Comentou Mariana
- Ninguém me apresentou mas eu faço isso, sou Tere mãe de Mariana, prazer.
- Jura que era uma amiga ou irmã, você não tem cara de quem tem uma filha desse tamanho.
Ana revirou os olhos pensando “ Que cantada barata”
- Não fala assim que ela acredita!
Alertou Mari
- Mas estou sendo sincera – Todas elas riram – bom, a Marcela avisou que eu viria certo? Não foram pegas de surpresa?
- Sim, mas achei que fosse semana que vem!
Comentou Ana com cara de poucos amigos.
- Perdão, eu mandei mensagem dizendo que viria hoje Ana. Devo ter errado o número do telefone, me perdoa. Eu adiantei minha apresentação na feira de Berlim e consegui vir mais cedo para casa. E comentei com a Marcela se podia vir te conhecer e falar sobre o que andei pensando que vai deixar o app muito mais leve e rápido. Mas posso ir embora se for o caso, sem problemas!
- Não tudo bem, - Comentou Mari – Senta aqui e me conta. Fiquei ansiosa com a novidade.
- Bom, meu amor eu vou embora. Depois nos falamos até mais  - Falou Tere que levantou e deu um beijo na filha – prazer Barbara, senta aqui do lado dela e podem ficar a vontade.
- Muito obrigada!!
- Tereza deixa ela decidir onde ela vai se sentar.
- Aí Ana foi somente um sugestão, tchau para você e também – Se aproximou de Ana e disse baixo – não demonstra muito esse ciúmes não.
Ana queria matar aquela mulher, nem mesmo antes desejou mata-la mas naquele momento passou pela sua cabeça. Apenas deu um sorriso falso para ela e a deixou passar.
- Ana você irá participar? Ou vejo isso apenas com a Mariana?
- É, bom... Eu, eu tenho que resolver umas coisas – Ela olhou para Mariana seria e fez um carinho no seu rosto – Tenta não abusar, por favor – Deixou um beijo nem casto mas nem avassalador na sua namorada como quem diz essa tem dona. Barbara ficou levemente incomodada  – e você por favor não esqueça que ela está operada.
- Pode deixar! Prometo devolver ela inteira para você. – Ana sorriu fraco para ela e saiu da sala – não sabia que vocês ... Deixa pra lá, não tenho nada com isso.
- Não sabia que somos um casal? – Mari riu – Sim, somos. Na verdade em meses é a primeira pessoa que fala que não sabe disso. Estivemos até em programas de tv.
- Perdão Mari, eu não assisto televisão e não gosto muito de mídias sociais, mas não conta pra ninguém.  Vamos começar?
- Sim, claro. Me atualize por favor!
Ana estava em seu pequeno escritório na casa extremamente estressada ligou para Marcela para saber algumas coisas de trabalho, respondeu e-mails e as vezes iam até o início da sala de tv e só via as duas rindo.
- Não acredito que você conhece essa banda?
Falou Mariana
- Menina assisti um show deles em Paris, você ia amar. Eles vão vir para cá daqui uns meses até lá você já estará ótima e podemos ir. Tenho acesso ao camarim e apresento você para eles.
- Vou amar, eles cantam muito - Ana não queria ser notada mais a raiva a vez derrubar o telefone que estava em sua mão – tudo bem? – questionou Mari que notou a presença da outra.
- Desculpa eu acabei tropeçando em algo. Queria saber como está, sei que está animada mas acho melhor você descansar é quase hora do almoço. E as meninas vão para a escola a tarde.
- Verdade, Barbs – A loira pensou “ Barbs? Conhece a dois minutos tem apelido, combina de ir em show juntas – podemos continuar amanhã? Ana tem razão.
- Claro, posso mandar algumas coisas por mensagem também.
- Perfeito! Você não quer almoçar com a gente?
Mariana não sabia medir o perigo com toda certeza. Mas ela está sendo tão inocente.
- Obrigada Mari, eu ainda preciso resolver muitas coisas. Amanhã venho às 9, pode ser?
- Tenho fisioterapia nesse horário...
- Na verdade Mariana acho que ela pode te passar as coisas enquanto faz a fisio o que acha?
- Será que não atrapalha?
Questionou Mari
- Bom, podemos tentar! Por mim tudo bem.
- Ok então, amanhã às nove.
Afirmou Mari
- Mari foi um prazer – Abraçou Mari e levantou -se – você também Ana, apesar de termos nos falado pouco.
- Prazer – Ana esticou a mão – Alta vai te acompanhar até a saída.
- Obrigada, com licença.
A morena saiu e Ana sentou ao lado da Mariana.
- Então qual delas você gostou menos?
Ana olhou revoltada para ela
- Não sei do que você está falando!
- Vamos lá Macarena ou da Barbara?
Mari cutucou
- Ainda não faço ideia do que está falando, você precisa deitar.
Servin desconversou completamente, Mari achou melhor não tentar mais.
- E as meninas?
Perguntou com saudades das filhas
- Depois você fica com elas, agora cama mocinha!
Mostrou a cadeira
- Posso ir andando, a fisioterapeuta disse que devo ir até onde eu aguenta com calma.
- É? Então a hora que ela estiver aqui você faz isso. Agora vamos de cadeira!
Mariana revirou os olhos mas não quis brigar.
- Ana, porque nunca fizeram uma piscina aqui? Digo é grande, casas como essas tem piscinas.
- Por que, bom eu não queria que a minha casa virasse um clube, pelo menos até hoje. Você gostaria que tivesse uma piscina aqui?
- Não sei, não minha casa.
- Claro que é Mariana!- Chegaram até metade da sala de entrada e Ana sentou no sofá em frente a Mariana – Essa aqui é sim a sua casa.
- Ana, meu amor me desculpa. Mas não é, essa casa é sua e do Juan Carlos, a história de vocês está aqui....
- O que quer dizer? Alguém lhe disse diferente? Se o Juan Carlos falou alguma coisa eu vou matar ele ...
Ana parecia muito brava
- Não, coitado ele não disse nada. Eu apenas que quero ter uma casa onde conte a nossa história, só a minha e a sua, consegue entender? Ficaremos aqui sem problemas, mas por mim teremos o nosso lar.
- Tem essa vontade mesmo?
Falou Ana
- Sim, algo que escolhêssemos juntas. Mas por enquanto aceito ir para aquele quarto e me deitar com você um pouco.



Una extraña oportunidadOnde histórias criam vida. Descubra agora