6 - (Final)mente, certo?

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Atenção!

- Neste capítulo inteiro a minha narração se fará presente para mostrar os pontos de vista de Bang Chan.

Boa leitura ★

♥︎

O arroxeado não conseguia entender o por que Seungmin disse treze minutos antes do intervalo sabendo que ele estava ocupado alguns minutos antes da liberação de todos os alunos.

Faltando quatorze minutos para o intervalo, o Bang se encontrava em sua sala de aula ansioso o suficiente para pedir ao professor deixá-lo ir para sua sala de conselheiro.

Os professores confiavam nele sem medo pois sabiam que mesmo ele não participando sempre das aulas, suas notas se mantinham impecáveis.

Após conseguir a confirmação, seguiu pelos corredores principais até sua sala, logo que adentrou no espaço suas orbes fizeram uma breve análise.

"Um pequeno espaço na mesa do conselheiro..."

Um envelope.

Ele não tardou em sentar-se para ler o conteúdo daquela carta.

"Olá B.C

Escrevo isso como uma resposta para todas as cartas anteriores.

Finalmente aqui estou eu escrevendo uma carta para você, coisa que eu queria muito fazer nos anos passados mas minha coragem era pequeníssima.

Agora que tenho chances suficientes, agora que sei que não serei rejeitado, venho aqui para dizer que sempre tive algo por você, mas não era tão evoluído como agora.

Digamos que eu era atraído por você, e então quando paramos de nos falar eu imaginei que fosse passageiro.

Até que uma carta, duas, três, e assim em diante apareciam no meu armário. Sabe o quão feliz fiquei ao ler coisas tão...

Bom, não sei como descrever o quão bem escritos eram os parágrafos que desenvolvia.

Mas sei que conseguiram causar um efeito "colateral" em mim.

Quanto ao que eu sinto por você, é mútuo.

Você devolveu minhas "palavras bonitas".

Eu não imaginava que iria devolvê-las em forma de carta.

Mesmo que não tenha parecido, eu aguardei e aguardei, você demorou.

Sorte sua que eu não parei de gostar de você de lá para cá.

Porque não é apenas gostar.

Eu gostaria de devolver para você as três palavras, na mesma intensidade que me disser.

Não sei como estava conseguindo escrever isso, você não faz idéia do quão vermelho meu rosto deve estar.

(Finalmente) apaixonadamente, Kim Seungmin."

Chan sorriu ao notar que as letras naquele papel estavam tortas, provavelmente as mãos de Seungmin estavam trêmulas quando escrevia aquilo.

Olhou para o relógio certificando-se dos minutos.

Nove minutos para o intervalo.

Ouviu três batidas em sua porta.

— Entre.

O Kim girou a maçaneta sextavada lentamente, assim como abriu a porta de forma demorada.

— Desculpa o atraso. Não tive coragem para falar pessoalmente, tentei escrever dizendo um pouco sobre o que eu sinto, mesmo não sabendo como ou o que escrever. Ou melhor, não sei como descrever o quanto eu gosto de você.

— Eu não sabia que gostava de mim desde o ano retrasado, pensei que não fosse mútuo.

— Mas é!

— Seungmin.

— Hm?

Chan se manteve em silêncio, de alguma forma os seus olhos pareciam brilhar quando se encontraram com os mirantes tímidos de Seungmin que não conseguiam manter a troca de olhares por muito tempo.

— O que foi? Você 'tá me deixando nervoso. — Seungmin falava enquanto suas mãos se encontravam com tamanha inquietude.

— Eu amo você.

— Eu... — o Kim moveu seus lábios que se estabilizaram. — Também amo você. — Falou com sua voz trêmula.

Era indescritível a sensação de um sentimento de anos passados voltar á tona, eram as mesmas sensações.

Não sabia como agir, não fazia idéia do que dizer, suas mãos úmidas e as borboletas revigoradas causando aquele sentimento.

Enquanto Seungmin transparecia o nervosismo

Chan conseguia esconder, mas aquela sensação sempre esteve ali, se acostumou com ela.

Mas agora parecia desacostumado, seus batimentos cardíacos e o lápis que tremia em suas mãos demonstravam que ele também ansiava por aquelas palavras vindas do Kim.

Ambos estavam a compreender a força que um "eu te amo" trás consigo.

O arroxeado direcionou seu olhar para as mãos de Seungmin.

Um anel liso de prata entre o seu dedo anelar.

Ao realizar-se, foi impossível conter a felicidade que gritava dentro de si.

— Você encontrou o anel dentro da carta?

— Um tempo depois que eu li, eu percebi que tinha algo dentro do envelope, então eu olhei e vi... — ao ver o tamanho do sorriso do arroxeado em sua frente, sorriu também.

Céus, que amor contagiante.

Até mesmo eu consigo sentir a intensidade do sentimento desses dois.

Chan se levantou da sua cadeira e após alguns passos, se pôs em frente à Seungmin.

O trouxe para mais perto, envolvendo seus braços envolta da cintura do Kim antes de distribuir diversos selinhos em seus lábios.

O outro sentia seu rosto esquentar, era inevitável não sorrir com um gesto daqueles.

Ele sempre esperou por aquilo.

Eles sempre esperaram por aquilo.

— Vamos para o jardim! — O Kim falou ainda sorrindo, segurando a mão de Chan.

— Você que manda. — O arroxeado não questionou, estava feliz de mais para recusar algo do seu atual namorado.

Seungmin via as pessoas com anéis em seus dedos, andando de mãos dadas e jurava nunca querer estar daquela forma.

Mas agora, lá estava ele, completamente apaixonado pelo presidente do conselho escolar, usando um par de anéis de prata lisa.

Era definitivamente a melhor sensação.

Seus corações acelerados, seus dedos entrelaçados, seus sorrisos igualados.

Nunca imaginou que conseguiria sorrir tanto em um dia.

E não só naquele dia, mas o restante dos dias ao lado de quem sempre gostou.

(Final)mente aquilo tudo era recíproco.

Who Is BC? | ChanminOnde histórias criam vida. Descubra agora