Capítulo 32

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- Fernando Zor -

Fui até a sala de Maiara, estava com uma sensação ruim e queria me certificar que ela estava bem. Quando cheguei , a recepcionista do setor sabia que eu iria atrás da minha mulher e se adiantou. Eu dava passos rápidos e paro de imediato quando ela informa.

XX: Senhor Zor, a senhorita Pereira saiu tem algumas horas e não retornou ainda. — Ela avisou.

Fernando: Como a algumas horas ? Ela avisou por que?— Comecei a ficar preocupado, ela não saia assim.

XX: Foi almoçar e ainda não retornou senhor.- Ela concluiu.

Ja era quatro da tarde, como almoçar e não voltou. Será que sentiu alguma coisa ? Sai de lá apressado e fui até o estacionamento. Davi, o motorista e filho de Nete estava lá próximo ao carro.

Fernando: Onde está a Maiara? -  Cheguei rapidamente até ele.

Davi: Não a vi desde a manhã senhor!— ele tbm falou preocupado.

Fernando: Como? Ela não foi pra casa ?— Peguei meu celular imediatamente e liguei para lá. - Alô... Nete, a Maiara está ai ? Ela chegou em casa ? — Perguntei apressado.

Nete: Não, ela saiu pela manhã. O que aconteceu? — Algo tinha acontecido. Desliguei imediatamente.

Dei ordens para Davi sair e ver se conseguia descobrir algo. Fui direto para casa e liguei para minha mãe e Taty . Ninguém sabia nada da Maiara. Chegando em casa entrei as pressas e Maraisa já estava junto de Nete sentadas esperando algo.

Fernando: Ela não está em lugar nenhum. Eu não faço ideia do que aconteceu!— Andei de um lado para o outro enlouquecendo.

Davi chegou com cara de espanto e eu fui até ele.

Davi: Senhor, fui em todos os locais ao redor. Próximo a um restaurante viram uma mulher com as características da senhorita Pereira e informaram que um carro preto parou e ela foi levada. Ninguém entendeu nada então aguardaram para saber o que estava acontecendo.—

Meus pés estavam colados no chão, o corpo tremeu e eu fiquei paralisado. Levei as mãos aos cabelos e disquei o numero ali. Lembrei daquele infeliz, estava solto e ninguém sabia seu paradeiro e ódio que ele deveria estar sentindo por ter seus negócios arruinados por mim , sabia que a forma que mais afetaria seria através dela. E o bebê, eu estava desesperado. A essa hora como ela estaria, se acontecer algo com ela o nosso filho não sei o que faria .

Fernando: Eu quero todos aqui agora. Minha mulher foi sequestrada, eu não sei o que fazer...chame a polícia. O papa se for preciso...eu quero todo mundo aqui agora!— falei gritando.

Minha mãe nesse momento já entrava correndo com Taty ao seu lado.

Filomena: Meu filho...o que está acontecendo ?—

Não consegui responder, sentei no sofá e cobri o rosto com as mãos desesperado. Eu não sabia o que fazer, mais eu iria matar com minhas próprias mãos quem estiver fazendo isso e ainda mais se minhas suspeitas forem comprovadas.

Filomena: Calma...tudo vai ficar bem!- Ela me confortava mais era inútil.

Policiais, investigadores e tudo que foi possível chegou a minha casa. Já era noite e nenhuma notícia. Não consegui parar um minuto e então o telefone toca e eu atendo de imediato.

Jorge: Oi Zor, lembra de mim ? Fui eu que lhe apresentei a vadiazinha que você tem como noiva. Você foi muito mal agradecido. Eu deveria ser padrinho de casamento sabia? — dei um soco no jarro ao lado fazendo quebrar em pedaços.

Fernando: Onde esta minha mulher seu desgraçado!!! Eu vou matar você, vou acabar com você!!— eu queria esmagar o celular com minha mão.

Jorge: Calma amigo... ela é muito gostosa! Por isso você se apegou tanto e a comprou . — eu ia quebrar o celular quando um dos investigadores pegaram rapidamente.

Investigador: Calma Zor, assim não chegará a lugar nenhum!!-

Fernando: Calma o caralho!!! Minha mulher está lá, grávida e frágil nas mãos desse filho da puta. Você diz pra ter calma...—

Eles vão com o celular direto ao computador e ficam lá por alguns minutos. Eu não conseguia parar, só de imaginar o que ele estaria fazendo fiquei fora de mim.

Investigador: Muito difícil o que ele fez com esses celulares mas não tão difícil assim pra mim. Preciso do outro sistema Felipe!!!!— Ele gritou para outro homem ali.

O rapaz chamado Felipe corre com um outro notebook até ele começaram mais buscas por minutos. Minhas mãos na cabeça, os passos de um lado a outro. Se eu não era um homem naquele momento eu pedia que se existia um Deus protegesse os dois. Foi aí que escutei o agente.

Investigador: Otário!!! Conseguimos um sinal !— Ele gritou .

Fui em direção a porta imediatamente afim de com o que conseguiu fôssemos imediatamente. E o policial me segurou .

Policial: Calma...vou chamar reforços. Não podemos ir assim, quer colocar a vida dela em risco ?—

Esperar era algo impossível para mim. Cerca de alguns minutos depois , todos seguimos para o local onde localização estava indicando. Fizeram uma estratégia para conseguir se aproximar do lugar sem serem notados. Era um terreno afastado, muitas árvores uma casa praticamente abandonada. Uma garagem velha ao lado estava fechada e notaram que tinha um carro e que não teria muitos junto com ele.

- Maiara Pereira -

Quando ele voltou. Eu estava fraca e pensei em suplicar, pedir que não fizesse aquilo mas pelo monstro que ele era sabia que seria em vão. Ainda mais se soubesse que estava esperando um filho do Fernando.

Jorge: Seu noivinho é bem nervoso não é princesa. Então vou acabar logo com isso...— ele se aproximou.

Pegou em meus cabelos e apontou a arma em minha cabeça, foi quando escutei sons de tiros para todos os lados e estava tão machucada poderia jurar que tinha sido atingida. Quando senti soltar meus cabelos caí imediatamente sem nenhum movimento, deitada ali com os olhos semi abertos via que os dois homens que estavam com ele caíram machucados no chão. Jorge me pegou novamente puxando pelo braço e ficou atrás de mim segurando meu corpo com toda a forca e foi só por isso que estava conseguindo ficar de pé , com a mão envolta do meu pescoço e a arma em minha cabeça.

Jorge: Se aproximarem eu mato ela !! Isso não vai ser difícil pra mim... eu juro!— muitos homem corriam em nossa direção com a arma apontada.

Fernando apareceu entre eles, eu não estava conseguindo enxergar bem. Mas ele era a minha força, assim como nosso filho.

Fernando: Maiara... vai ficar tudo bem !!!— Ele falou tentando me acalmar.

Jorge: Ahh... mas não vai mesmo !— Quando ele se preparou para atirar. Um barulho forte foi ouvido.

Ele tinha sido atingido e caiu no chão me soltando. Minhas pernas estavam moles e eu cai em seguida, sentia algo molhar entre minhas pernas e tinha certeza que estava perdendo meu bebê. Ou até mesmo minha vida, Fernando me segurou, me olhando e segurando meu rosto.

Fernando: Amor... olha pra mim. Fica acordada... vai ficar tudo bem!! Olha pra mim !! Maiara!!!— Ele tentava me manter acordada e estava muito difícil. — Você é tão forte! Eu sei disso !! Por favor... por favor !— Ele pedia em tom de súplica.

Lágrimas rolavam nos meus olhos entre abertos e sussurrei.

Maiara: Me desculpa... nosso bebê... eu tentei tanto...—

Só consegui dizer aquilo até que o peso em meus olhos foram maiores e a última coisa que ouvi foi seus gritos e vozes.

Fernando: Ela está sangrando!! Não não...— Era desesperador.

XX: Calma senhor... calma !! A ambulância já está aqui... todos estão. —

Aquilo foi a última coisa que pude ouvir , depois o escuro e silêncio tomou conta, apagando completamente.

Resgatada por eleOnde histórias criam vida. Descubra agora