Cap 1

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Volteeeeeeeei, voltei com o nosso mafioso invocado, e nosso agente apaixonado, quem aí tava ansioso? Sem mais enrolação...

Boa leitura ❤️

O corpo todo de Yibo era uma pedra imóvel e inanimada enquanto seu cérebro processava o que ele acabara de ler. O nome da paciente. Sua mãe. Não. Não poderia... O que aquilo significava?

Yibo sempre soube que tinha um irmão mais novo, lembrava-se de Paola grávida e Ricardo também nunca escondeu isso dele. Porém, aparentemente seu irmão tinha sido levado pelo assassino dos pais de Yibo, já que o recém-nascido nunca fora encontrado.

Inspirou com força e sentiu o ar queimando
em suas narinas, trazendo-Ihe para uma realidade nova e sem sentido. 

– Yibo! – Ouviu Xiao o chamando, levantou os olhos vazios e perdidos para encarar as feições preocupadas de Xiao. – que é isso?

O que é isso? O mafiosa soltou o que deveria ser um gargalhar sarcástico, mas o som ficou parcialmente contido em sua garganta. Ele não sabia o que era aquilo, não o que realmente significava.

Gêmeos…

– Minha mãe  ficou grávida de gêmeos.

– Gêmeos? – O federal murmurou, Como se checasse. – Mas você disse... disse uma vez que você tinha um irmão... Você não deu detalhes, mas…

– Porque eu sempre pensei que fosse, minha mãe. Minha mãe chegou com um bebê. Eu... eu me lembro – proferiu, balançando a cabeça e cerrando os olhos, tentando tornar vívidas as memórias turvas daquela noite. – Eu me lembro de um bebê. Um único bebê. Ricardo me disse que era um menino.

– Ricardo – O federal repetiu, como uma sentença, como se o nome e a pessoa que o
detinha fossem a explicação que desse encaixe para todas as peças.

– Não. – Yibo balançou a cabeça em negativo. – Por que... Por que ele mentiria sobre isso? Simplesmente... não faz sentido!

Aquela era uma pergunta que Xiao Zhan não sabia responder. Mas o fato de que não havia uma resposta imediata, não significava que a premissa era falsa. Por que ele não mentiria? Não é só o que ele faz? Mentir, manipular... tudo a favor de seus interesses nada claros. 

Xiao deu de ombros, deixando aquela discussão para mais tarde e voltando sua atenção para o envelope.

– Há algo aqui ainda.

Os olhos do mafioso voltaram-se incertos para o papel pardo e ele engoliu em seco, vendo o federal retirar o papel branco e encará-lo.

– E então?... – começou, receoso. Fazia tanto
tempo que não se sentia daquela forma, e Yibo odiava o fato de que aquilo tinha voltado. O peso nas costas, o peito comprimido, as pernas trêmulas, a glote fechada. Ele odiava sentir-se assim. – O quê? 

– Parecem fragmentos de uma espécie de diário – o federal informou, deixando seus olhos correrem pelas palavras. Subitamente a feição preocupada e atenta transformou-se em uma máscara de surpresa e incredulidade.

– O que foi? – Yibo perguntou novamente, exasperado. – O que diz aí?

– Yibo… – o federal começou, seus olhos prospectando o rosto masculino, tentando medir como ele reagiria àquilo.

– Mas que merda, Xiao! – Yibo impacientou-se. A surpresa do uso do nome ficando apenas para o Xiao. – O que é? O que diz aí? Me dê essa porra que eu mesmo vou lê – estendeu a mão para pegar a folha, porém Xiao o afastou no último segundo.

– Yibo, acalme-se!

– Eu vou te bater… É endereçado a mim! – Ele bradou, erguendo as duas sobrancelhas em cólera. – O que pensa que está fazendo? Você não pode me privar de ler isso! Me dê a porcaria do papel, o que diz aí?

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