Em casa parte 03 - Sinais

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Caramba, que dia difícil esse, decidi que evitaria visitas por um tempinho, hoje me comuniquei por mensagens, whatsapp, ligações, com as pessoas, quando foi 12:49 horas, respondi a pergunta do namorado e contei que dormindo, ela teve umas tremidas esquisitas com a cabeça e os braços e tive que acordà-là devagar, mas melhorou depois. Quando foi às 19:52 horas, fui avisada que levaríamos ela na Santa Casa, para consulta com otorrino, e pediu para separar meus documentos e os dela. Nossa, fiquei tão feliz, ela passaria, por alguém que ajudaria, algo para diminuir à sua dor. As 20:05 horas, o namorado me pediu para evitar que o povo viesse em casa, até sàbado e perguntou ae ela tava comendo, se tava bem, mas depois da visita, ela tava com dor e não estava com fome. Eu estava preocupada, então, liguei para o samu, mas falando com o médico, ele alegou que só as dores, não se encaixavam para vir no local, disse que estava sem unidade disponível, e a porra da linha caiu. Dei os remédios do horário e desanimei, pra ajudar o samu também entrou de greve. Tudo tava em greve, cais, escola, médicos, sei lá mas o quê estava em greve
Ela acabou dormindo. Mas, foi outra noite muita dura, inclusive mesmo tomando os remédios, ela começou a ter febre. Foi complicado, mais uma noite, ajudando ela em tudo. Mas, sem reclamar, pois só queria ver ela melhorar.

Sexta-feira 17/04/2015
Meu marido bem cedo foi trabalhar, e comecei a preparar um mingau de cremogema de morango, que minha filha pediu, já fiz logo para os três, quando deu oito e pouco da manhã, minha irmã apareceu, parece que tava com vontade de falar, e sobre tudo, contou de tudo que foi encreca na casa de São Vicente SP, falou sobre tudo que pensava, pediu pra evitar de contar certas coisas para a mãe, porque ela se irritava com tudo, e que estava cheia de ciúmes da neta. Assim, passou a hora e quando foi 9:20 hrs da manhã, o namorado de minha filha, ligou avisando que estavam vindo, pois tinha uma consulta para ela no Cais do Jardim América em Goiania. Com ajuda da minha irmã, demos um banho rápido em minha filha, arrumei ela, me arrumei. Fechei a casa, minha irmã levou meus outros dois filhos para sua casa e logo chegaram, colocamos ela no carro e seguimos para o Cais. Chegando lá, o Macedo pai, falou com uma mulher, que ele conhecia que trabalhava em uma barraca de lanchea do lado de fora do Cais.
Na verdade, foi essa mulher que conseguiu a consulta, pois tinha amizade com o médico. Pelo menos, foi o que entendi, ninguém me explicou. Acomodamos minha filha, em uma cadeira de rodas e entramos, já tinha uma ficha com o nome dela e ela começou a ser atendida, o Macedo pai, participou da consulta, respondemos as perguntas feitas, e mesmo em greve, ela foi atendida pelo médico e uma médica, minha filha respondeu o que sentia e foi examinada, e eles realmente analisaram os exames e tomográfias dela, falaram sobre a fratura, sobre a gravidade da situação e que ela deveria estar internada e não concordaram com a opinião do médico, que lhe autorizou a alta. Devido à dor que sentia, foi medicada com dipirona e decadron e ficou em um leito, para poder esperar preencher um encaminhamento, que seria para o Hugo ou Hospital Santa Mônica.
Realmente, expliquei as datas, a internação, à transferência, à alta e os médicos deixaram claro que ela devia estar internada.
Enquanto, minha filha, estava no leito e seu namorado ficou junto com ela, o Macedo pai resolveu esperar no carro, e eu e ele, mal nos falavamos e também quando eu perguntava algo, ele não respondia. Aproveitei que estava sozinha, e liguei para meu marido e expliquei tudo o que havia acontecido, já que não tive tempo para explicar antes. Depois que terminei, concordamos, que se fosse para seu bem, faríamos o possível. Liguei para minha mãe, e expliquei também. E me prontifiquei, à informar todos o que acontecesse.
Continuei esperando os papéis, e então a médica que veio até mim, me entregou os papéis e foi a única até então que me explicou o que estava acontecendo. Ela e o outro médico, realmente deram atenção ao caso de minha filha. De uma maneira bem simples, falou sobre o traumatismo que ela sofreu, que havia formado um coágulo, que estava ocupando espaço, causando muita pressão, que tinha se formado líquido e estava descendo para a nuca, que necessitava de dreno, em outras palavras, intervenção cirurgica, para ser retirado. E assim, explicou, o motivo das dores, tonturas, e que era resultado, do traumatismo e suas consequências, que precisava com urgência passar pelo otorrino para ver o sangue em seu ouvido esquerdo, se não havia perfurado o tímpano. E assim tratar a dor que ela sentia no ouvido.
Terminada a conversa chamei o namorado dela, que chamou seu pai e colocamos ela de volta na cadeira de rodas, depois que foi retirado o soro e entramos no carro. Expliquei à eles o que havia me sido explicado e saímos.
Não fomos direto ao hospital, o Macedo pai, precisava pegar sua filha na casa da Dri, que fica no Parque Amazônia e levá-lá para casa, pois tinha aula. Então, fomos, pegamos a menina, fomos até a residência dele, a menina entrou em sua casa com seu pai, que foi pegar os remédios de seu filho, esperamos no carro, apesar do convite para entrar, rapidamente voltou e seguimos para o hospital Hugo.
Chegamos ao hospital meio dia e alguma coisa.
Chegando lá, passamos pela triagem para classificação de urgência, expliquei para a mulher, tudo que minha filha sentia, e ela foi classificada "cor laranja", que não é considerado grave. Ela encaminhou para o neurocirurgião e para o bucomaxilar.
Voltamos à esperar, mas não demorou, para chamá-lá. Entrei com minha filha na cadeira de rodas, fomos encaminhadas para a emergência. Esperamos e teria que fazer outra tomografia, bom informei por mensagem ao namorado o que estava acontecendo, e depois de deixá-lá na sala para o exame de tomografia, fui até o encontro do namorado dela na portaria a pedido dele, ele me deixou com 20 reais e disse para deixá-lo informado e qualquer coisa ligar e avisar o que acontecesse e foram para casa deles. Isso jà era 13:01 horas da tarde.
Voltei, esperei o exame terminar e depois pelo seu resultado. Quando estava pronto, tive que pegar os laúdos, e voltar para a emergência, que álias estava uma loucura, tivemos que esperar e nisso fomos encaminhadas ao ortopedista, que mesmo com os exames e resultados, não entendeu porque estavamos lá, expliquei à ele tudo de novo e ele resolveu que ela precisaria usar um colar no pescoço para imobilizar, para diminuir os movimentos e ajudar a diminuir a dor na nuca e disse que com ele estava de alta, voltamos para a emergência e o neurocirurgião olhou os exames, disse que o quadro estava evoluindo, que a dor era normal, fez um teste cretino com o dedo indicador, " segue com os olhos, dedo pra cima, depois esquerda, depois direita e depois para baixo", reflexo bom, comigo está de alta, então só faltava o buco que quando veio nos ver, mesma opinião, tudo bem mas depois de eu simplesmente implorar passou à ela, um remédio mais forte o "Tilex". E também deu alta a ela. MEU DEUS.

Relato de um desesperoOnde histórias criam vida. Descubra agora