- Gostaria de agradecer por nos acompanhar.-diz o homem, já tomando uma chícara de café.
- Eu também agradeço.-diz Pai.
- Tá, mas o que foi?-digo.
- Ahn...-o homem serra seus punhos, com dificuldade para falar, seu rosto asiático demonstra profunda angústia.
- Deixe que eu falo...-diz Pai respirando fundo, o homem a olha.
- Não precisa...-ele respira fundo e estica sua coluna.- Eu me chamo Hanzo, está, que já conhece é a minha filha, Pai.-como suspeitei, são pai e filha.- Nós somos da família Yoshizawa e queremos nos aproximar de Kyoko mas... ele parece extremamente avesso à isto.-neste momento Pai encara Hanzo com um olhar furioso e simplesmente toma seu chocolate, enquanto respira fundo.
- E o que querem com ele?-pergunto, está situação está me deixando incomodada.
- Bem... queremos... eu quero me aproximar, porque... bem, de qualquer forma eu quero te pedir ajuda, fiquei sabendo que você o namora, é verdade?
Não.
- Sim.
- Eu quero lhe pedir este...-eu paro de prestar atenção. Não sei porque, mas está cara de culpa que ele carrega em si e o fato de não falar seus motivos me deixa profundamente irritada, como quer ajuda de quem sequer parece confiar? É o jeito mais descarado de usar alguém.
- Senhor.-eu o corto.- Eu entendo que algo entre vocês aconteceu, o jeito como Pai lhe olha e seu olhar deixam claro isto, mas sinceramente, eu não tenho nenhuma vontade de ajudar quem claramente não confia em mim e aparentemente é o lado errado da história. Podemos não estar namorando a muito tempo, mas já sei, que ele não é o tipo de pessoa que aceita ou se submete a situações desagráveis apenas porque alguém querido o pede, não serei eu pedindo que o fará se aproximar do senhor e sabe disto. Então prefiro não me envolver.-digo, sem dar chance para uma réplica eu levanto enquanto ambos me olham, Pai, misturando compreensão e tristeza e Hanzo, culpa. Eu vou embora.
- No final de tudo, poderia ter ido fazer o trabalho...-digo caminhando pelas ruas, ao sair andando, perdi minha carona.
Andando, eu começo a reparar no bairro em si, afinal, era um bairro que não tinha visto ainda então vou apreciando a vista enquanto procuro um ponto de ônibus, só de pensar andar em um sozinha eu já fico nervosa.
Alguns minutos andando me revelaram que este é um bairro meio que de entretenimento exótico eu diria, existem vários fliperamas, bibliotecas, brechós e outros lugares, só que temáticos, como a biblioteca, cujo logo é um personagem de anime com um livro e a decoração também puxa para animes e mangás, já os brechós tem muita coisa de jogos, filmes e cultura pop no geral e os cafés são temáticos, até demais, temos um café de empregadas, um com tematica de praia, máfia e todos os outros temas que poderia imaginar.
- Ahn... quanta variedade.-digo olhando os cafés, olho um chamado "Ojou Bistro".- O que significa?
Me aproximo do vidro e olho dentro do café, era temático de... mordomos?
- Só tem garotos servindo e todos vestidos de mordomos engomadinhos... uau...-ao encarar mais, fico curiosa, da onde surgiu este meu interesse?
- Vamos... dar uma confetida, né...-digo corada a mim mesma, entrando no café.
Ao abrir a porta, um sino toca e todos os garçons, vestidos de mordomos olham para mim.
- Seja bem-vinda senhorita.-todos dizem, que garotos bonitos e tão diferentes.
Julia? Comporte-se.
- Boa tarde.-diz a única mulher do lugar, também vestida de mordomo, atrás de uma bancada.- Mesa para uma pessoa só?
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Borboletas no Estômago
Teen FictionUma garota muito rica se muda para uma cidade pequena que possui uma ótima escola, porém, o que ela não esperava era ser vítima de um golpe e acabar morando com um garoto que nunca viu na vida. Sem ter para onde ir e sem poder contar para os pais, a...