𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟏 🏷

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:[ S/N's POV ]:

Eu beijei o chão ao me sufocarem com a terra. Eu lutava para agarrar minhas incansáveis esperanças, mesmo que eu soubesse quem desejava me exterminar.

─ Você é tão podre, pequena Fujiwara.

Após sair daquele esconderijo com as marcas de dedos em volta de minha mandíbula, eu fui jogada dentro de um delírio psicodélico: rodeada de homens imundos que me maltraram no mesmo instante que apareci.

Oh! Meu Deus! O que fiz à eles para merecer isso?

Pois bem, para a devoção deles, eu, no fim das contas, merecia tanto descaso. Mas, prefiria mentir a mim mesma que era a inocente da situação e que precisava ser resgatada por um príncipe encantado.

Me sentindo apenas frágil em relação à Akatsuki que, nessa altura do campeonato, já deveria estar assustada com meu histórico passado. Porém, era só questão de tempo.

Presa em um tempo infernal.

No início, eu fui o dêmonio negado pelo meu clã, que estava caindo assim como a minha antiga vila. Desacaso do destino eu ter nascido tão poderosa assim, deixava todos os mais fortes dos homens sob meu comando. Ainda bem.

A voz do dêmonio sempre é doce ao ouvir.

Eu escutei aquelas palavras sólidas se dirigirem à mim após ter sido expulsa da casa que nasci apenas por ter ganhado de meu pai numa partida monótona de poker. Era díficil lidar com o poder de destruir tradições.

Uma pós outra, perdas incomparáveis, sua tão grande inteligência era desafiada por mim. Admirando a caída de um império, essa era eu com um baralho em mãos.

"Aposte algo. Vamos jogar sério, agora". Falei com minha pouca idade, sabendo que dinheiro do velho em minha frente não me agradaria. Com um dente à menos, eu fiz questão de perder apenas uma partida para meu pai a fim de lhe dar o gosto da vitória ─ pelo menos uma vez.

Olho por olho, dente por dente.

"O que você quer? Sei que não irá ganhar, então tem o direito de escolha, garotinha". Começou o velho rindo de minha feição um tanto indiferente.

"Seu olho. Eu quero seu olho, pai".

Eu era a chefe daquela veia que corria em seu próprio sangue. Amaldiçoado pela própria incapacidade de se ajudar.

─ Você é tão inútil, pequena Takahashi.

Me abrigando num sobrenome falso para cortar laços, minha fama já poluída pelo meu verdadeiro sobrenome doía em meus ouvidos. Era reação imediata.

─ Ta-ka-ha-shi! Doí para você perceber que essa é a realidade?

Não era a primeira vez que o comboio de meu pai e um garoto qualquer que chamavam de "irmão" me achavam pelos desvios das vielas. Escondida ou não, sempre começavam o vosso encontro afogada na terra solta, isso era como um ritual típico desses saqueadores malucos.

─ O que você quer agora, hein? ─ Perguntei calmamente quando as pessoas em volta de mim se acalmaram. Sinal que alguém importante estava perto.

─ Olho por olho. Dente por dente. ─ O velho puxou meus braços com força, me fazendo ficar de pé com rapidez. ─ Levante! Você tem algo que é meu e eu quero ele agora.

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 𝐂𝐀𝐒𝐈𝕹𝐎 𝐎𝐅 𝐇𝐄𝐋𝐋, 𝖽𝖾𝗂𝖽𝖺𝗋𝖺 [ EM EDIÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora