Up on the hills - Larry Stylinson

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Após acidente na pista, no último fim de semana, em Abu Dhabi, Louis Tomlinson oficialmente se afasta das corridas, afirma sua gestora de relações públicas Elizabeth Wheeler. Sua noiva afirmou, em sua última entrevista, que o noivo continua lutando e sendo positivo.

Tomlinson, filho de outra lenda automobilística que morreu em um acidente na pista, teria perdido controle do carro e se machucado gravemente. A Mercedes manteve os fãs e jornais avisados sobre sua condição, e afirmam que o piloto está se recuperando.

Louis deve voltar para Londres nos dias seguintes.

Quanto ao Grande Prêmio da Fórmula 1, Hamilton ganhou o primeiro lugar, sendo Leclerc em segundo e Styles em terceiro. Para mais informações

— Desligue a droga da televisão! — Harry disse firme no momento em que entrou no quarto. Uma semana tinha se passado desde o acidente. Louis ainda estava no maldito hospital e Harry ficou aquela semana lá, trazendo saladas, ursos de pelúcia, filmes românticos e cd's da Taylor Swift.

— Bom dia, Harry — Louis respondeu puxando as cobertas para cima do corpo.

— Pensei que você fosse parar de assistir as matérias sobre você

— Eu tentei parar

Harry olhou o outro piloto como quem não acreditou em nenhuma palavra do que ouviu.

Louis estava melhorando. Avançando. Não estava liberado para alta ainda, uma vez que o pós operatório de todas as cirúrgias que fez levaram um tempo para sairem de um estado grave.

Styles desligou a TV e lhe entregou um documento. Louis deu uma lida rápida e arregalou os olhos.

— Carolina vai ser sua namorada oficial?

— Ferrari propôs que sim. Ela acabou se tornando meio influente nos Estados Unidos. Eles acham que se eu estivesse fixamente com ela por um longo período de tempo nossos nomes seriam enterrados.

— Nada de "Larry" nos jornais — Louis completou ainda com o documento em mãos.

— Isso mesmo.

— O que ela ganharia com isso? — Louis se incomodou. Esse tipo de acordo é uma via de mão dupla. Se ela estava disposta á se comprometer com um cara que não ama, deve ter uma boa motivação.

— Dinheiro. Fama. Poder, ela seria uma Blair Waldorf.

— Uma oque?

— Blair. Gossip girl. — Harry respondeu irritado.

— Você não tem ideia de quem seja, não é? — Ele perguntou.

— Não, nem ideia — Louis estava se sentido melhor. Seu corpo não doía tanto, conseguia se movimentar sem sentir todos seus músculos reclamando.

— Ela se tornaria uma sub-celebridade. Talvez ela tente algo na indústria do cinema.

Louis checou Harry de cima a baixo. Ter que viver com relacionamentos falsos não é exatamente divertido, ele tinha medo de que Harry se colocasse nessa posição só para que Louis não tivesse que fazer isso.

— O que Niall disse? — Louis perguntou.

— Ele gostou. Depois que o contrato com Wilde acabou ele acha que eu precisava de uma garota nova. E com Carolina sabemos que ela é confiável e uma pessoa que eu gosto.

Louis não queria se meter. Harry disse que o amava e aquilo já era compromisso demais no momento, eles não definiram a relação, não eram namorados. Então Louis não queria se colocar nesse papel.

— Se é o que você quer — Louis se lembrou que tinha que tirar umas fotos com Avery mais tarde naquele dia. Ela iria as postar no Instagram e parecer uma noiva preocupada, coisa que ela não era. Avery não ficou nenhum dia ali. Fez visitas quando a equipe mandava. Não se importou em levar flores ou comprar chocolate. Harry fez isso. Ele esteve lá todos os dias, levou doces, flores, livros e bichos de pelúcia feinhos.

— Queria sua opinião, antes de fechar o contrato.

— Eu apoio o que você quiser, H, de verdade

Harry o olhou com doçura, ultimamente era isso que ele vinha percebendo nos olhos azuis que uma vez foram gelados, Louis tinha os olhos mais doces do mundo. Eles convidavam Harry para mais perto, eram calmos como o mar numa manhã tranquila. Harry os adorava. E continuaria os adorando fixamente se Elizabeth não tivesse entrado bem na hora.

— Bom dia, Louis, Harry — Elizabeth e Harry não tinham exatamente um bom relacionamento, ela não gostava dos problemas que Styles tinha trazido para Louis e ele não gostava que ela o achasse suspeito.

— Elizabeth — Harry disse se direcionando para a porta do quarto.

— Você poderia ficar? Por favor, creio que vai ser mais fácil com você aqui

Foi simples assim para que o coração de Louis explodisse em batimentos descompassados, seus lábios se retorceram e o medo foi estampado no seu rosto. Louis já imaginou que alguém tivesse morrido. Harry percebeu e segurou o dedo de Tomlinson preocupado

— Preciso que você realmente vá à terapia.

Ok. Terapia.

Louis relaxou os músculos e digeriu o que ela tinha dito.

— Terapia?

— Sim. Para decidir seu futuro na fórmula 1 a FIA precisa de uma comprovação que você está bem psicologicamente para isso. E tem outro motivo também, eu preciso saber que você estaria pronto para entrar naquele carro depois de tudo.

Harry olhou para Elizabeth e entendeu o recado. Ela esperava que ele fizesse com que Louis fosse à terapia, porque sabia que ele se importava com o estado mental de Tomlinson.

— Vou deixar que você tire um tempo para pensar nisso, tenho uma lista com os especialistas, uma chamada e eu marco a sessão, certo?

Ela deixou o quarto e Harry rapidamente procurou nas malas uma roupa limpa para Louis.

— O que tá fazendo? Vai me ajudar a fugir daqui?

— Vou

Harry o levou para o estacionamento e Louis se deparou com uma moto, não o carro que esperava. Styles pegou os dois capacetes que tinha deixado no chão e entregou um para Louis.

— Era pra ser uma surpresa para quando você tivesse alta.

Louis não tinha medo, já tinha andado em motos várias vezes e tinha algumas estacionadas em casa. Mas era o modelo da moto que o deixou assim. Uma Electra Glide 1967, vinho. A mesma que seu pai teve.

— Como? Como você soube eu nunca te disse isso?

— Sua mãe. Bom, primeiro liguei pro Liam, depois pra Lottie, depois para ela. Descobri que o comprador da moto do seu pai estava a leiloando em Londres. Pedi pro meu agente comprar. Demorou um pouco para ela chegar aqui, mas consegui. Eu pedi para que a mandassem no segundo dia em que você esteve internado.

Louis estava chorando e pela primeira vez em um longo tempo, não era por dor. Era felicidade pura, um pouquinho de saudade, claro, mas muita felicidade.

Tomlinson puxou Harry e o abraçou.

— Obrigado, Garoto Ferrari

Harry roubou um beijinho, foi rápido porque tinha mais gente no estacionamento, mas conseguiu uma bitoquinha. Styles sentou e Louis foi para a garupa da moto.

— Onde vai me levar? — Louis segurou a cintura de Styles e encostou a cabeça nas costas dele.

— Xiu, aproveita o passeio.