Erros- Drarry fanfic

Capítulo 8 -Sentimentos

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Era mais difícil do que Harry pensava, ficar longe de Draco. O que era estranho, já que ele e Draco eram sol e lua em termos de horário. Draco quase nunca tomava café da manhã, e quando o fazia, era rápido e sutil, de modo que nem mesmo Dino podia notá-lo. E além de poções, eles não tinham aulas juntos. Se ele não estivesse tão ciente disso, Draco poderia voar por ele sem ele olhá-lo nem por um segundo. Exceto por um pequeno problema, o banheiro. Aquele divisor que funcionava como uma passagem secreta entre eles. Harry podia ouvir ele e Dino através daquela porta de madeira fina, o pior tipo de eco. Quando escovavam os dentes, Draco flertava, Harry olhava e coçava a nuca. Ele não iria tocá-lo. Não mais. Mas ele não pôde deixar de lançar olhares rápidos para aquele corpo pálido e esguio dele.

Era estranho que ele sentisse sua falta. Harry nem conhecia Draco de verdade. Exceto que ele fazia. Ele conhecia seu corpo, conhecia seu rosto, conhecia sua voz. Ele ansiava por algo com ele que ele nunca teve.
Mas valeu a pena. Deveria ter valido a pena, pelo menos, para Gina. Agora, eles estavam fazendo sexo com mais regularidade, o que ele supôs ser um bom sinal. Pelo menos Draco não o deixou completamente impotente. Gina era parecida com Draco, mais parecida do que Harry se permitiu notar. Ele estava tão completamente preso a tudo isso que se forçou a encontrar coisas de Draco em Gina. Quadribol era o principal, ele supôs. Como ambos os olhos brilhariam com o assunto. Mas isso não era tudo. Eles olharam para ele da mesma forma também. Aquela sobrancelha rápida, uma risadinha de sua piada de mau gosto. E enquanto sua cintura era mais fina, e seus quadris mais largos, e como eles não pareciam iguais, às vezes Harry podia simplesmente fechar os olhos e fingir que era Draco em sua cama.
Embora ele soubesse que não era certo. Porque eles eram tão diferentes.

Gina era toda de ouro. Olhos castanhos e cabelos acobreados, sardas colorindo o seu rosto. Um calor em sua pele do tempo passado fora com seus irmãos. Ela brilhava como o inferno. Rico e sólido, com risadinhas como o verão. Resistente e sem defeitos.

Harry costumava pensar que ela era ouro para a prata de Draco. Mais raro, mais desejado. A primeira escolha para qualquer homem. Ele estava errado embora. Tão errado. Porque Draco era platina. Cabelos platinados e olhos azuis prateados. Pele da cor da neve, marcada por algumas marcas de cicatrizes. Uma de cada tipo.

Exceto que Draco não era dele do jeito que Gina era. Draco tinha Dino agora. Dino e apenas Dino.

Era mais fácil fingir que Dino era errado para ele. Mas à medida que mais duas semanas se passaram, ele percebeu que não era isso. Foi Harry quem estava errado. Nunca, nem uma vez, Draco foi até ele. Sempre foi Harry, aparecendo na casa de Draco, ou em seu quarto, ou encurralando-o atrás de uma tapeçaria. Se Draco realmente o queria, ele parecia ter mudado para Dino como se nada tivesse acontecido, eles nem precisavam falar sobre isso. Harry tinha parado de vir até ele depois da conversa com Ron, e Draco parecia bem feliz, mesmo. Essa foi a parte que mais irritou Harry. Porque Draco o havia enredado em sua teia de atração, mostrou a ele o quão bem ele podia realmente se sentir, mas não sentiu nada da retirada de perdê-lo. Isso o afetou mais do que ele pensou que qualquer coisa tão minuciosa quanto o sexo poderia. Isso é tudo o que realmente era. Sexo.

Era início de dezembro, quando seu cérebro perdeu o controle. Ele e Gina ficaram bêbados juntos em um de seus aniversários. Harry não tinha certeza de qual. Primeiro beijo? Tornar oficial? Ele achava que não, no ano passado ele estava correndo por sua vida. Eles caíram no andar de cima, rindo baixinho um para o outro enquanto ele dava beijos desleixados no lado de seu rosto sardento.

"Você tem um quarto, sabia?" Disse uma voz desdenhando e dando um passo ao redor deles para se mover para sua própria porta. Harry olhou para cima e engoliu em seco. Havia algo naquela noite que mudou Draco, seu cabelo estava um pouco mais claro, posicionado tão elegantemente contra o batente da porta, zombando deles com a ligeira inclinação aristocrática de sua mandíbula.