Capítulo 11- Angústia

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Draco assistiu, olhos acesos, enquanto andava embriagado pela Mansão e arrumava seu malão. Seu pai ainda estava em seu escritório e dissera menos de três palavras para ele desde seu retorno de Azkaban. E a sua mãe estava aflita, tudo o que ela fez foi se afligir, nervosamente esperando os dois, esperando que qualquer um deles desmoronasse. Draco não tinha certeza de quem seria o primeiro, ele ou o pai. Uma parte horrível de si mesmo sabia que seria ele. Seu corpo já estava cedendo lentamente, uma grave doença sazonal o invadindo. Manhã de Natal com uma poça de suor na testa, sentindo-se fraco e cansado, enquanto sua mãe colocava uma toalha úmida sobre o rosto dele, cantarolando baixinho, dando um beijo em sua bochecha, um balde para enjoos em seu quadril.

Ele mal conseguia manter os olhos abertos, a cabeça latejando de dor, as suas entranhas se apertando enquanto Tipsy, sua elfa doméstica fechava o porta-malas.

Era como se sua doença de amor tivesse se transformado em uma verdadeira doença.

Ele sabia que estava sendo estúpido o suficiente, deixando-se ser usado por Harry. Nada nunca seria suficiente, Harry nunca seria capaz de lhe dar o que ele queria. Ele se deixou cair por aquele encanto mágico e sedutor do salvador, e agora, estava emaranhado na teia dele e ele não podia se libertar, nem que ele sequer quisesse. Toda vez que ele estava perto de Harry, ele sentia como se estivesse morrendo, uma morte horrível e dolorosa, não muito diferente da maldição do sexto ano. Mas quando ele estava separado dele, observando o garoto que ele amava segurar Gina Weasley. Merlin, era mil vezes pior.

"Draco, querido," sua mãe chamou do saguão, "Hora de ir!"

Draco se levantou, suas pernas trêmulas. A cabeça latejando e a visão embaçada. Ele gemeu, finalmente ficando de pé, assim que Tipsy mandou seus malões para baixo.

Eles aparataram para a estação King's Cross, o Ministro da Magia enviando suas entranhas ao caos. Mas uma parte dele estava grata por isso. Pelo menos deu a ele algo para se concentrar além da multidão de cabeças ruivas. Ele odiava o quanto estava sendo puxado de volta para Harry, mesmo à distância. Seria pior na escola, isso ele sabia. Harry estava em todos os lugares, inclusive em sua mente. Draco não podia escapar disso. Isso fez seu coração sofrer como nunca antes, como se seu peito estivesse sendo apertado cada vez mais apertado até que tudo que ele podia fazer era rastejar em uma bola sob seus lençóis. Não que isso o protegesse de qualquer coisa. Potter sempre conseguia encontrar seu caminho por baixo daqueles lençóis, entre suas pernas, não importando o quanto isso quebrasse Draco.

Ele saiu de seu torpor assim que sua mãe acenou para alguém, era Theodore Nott, um de seus amigos de infância. Draco o notou se concentrando.

"Olhe para você!" Sua mãe se envaideceu, erguendo a mão em seus saltos já bastante altos, para dar um puxão gentil na bochecha de Theo. Nott ficou um pouco rosado, mas sorriu do mesmo jeito.

"Como está a sua mãe?"

Theo assentiu, com um sorriso vacilante, "Uh, está tudo bem."

Narcissa assentiu solenemente.

"Você está bem, Draco?" Theo perguntou olhos redondos e castanhos sobre ele agora. Draco respirou fundo tentando se firmar.

"Bem, eu estive mal desde o Natal."

Isso não pareceu satisfazer Theo, que resmungou algo em resposta.

"Olha! É ele! Não, atrás de Granger! Olha lá é o salvador!" Algumas pessoas atrás deles gritaram, Draco engoliu em seco e tentou ao máximo evitar olhar por cima do ombro, de volta para Potter.

"Vamos entrar no trem!" Draco disse, de repente, agarrando o pulso de Nott e puxando-os em direção à máquina a vapor escarlate.

"Mas... Esperem" Ele ouviu sua mãe gaguejar enquanto empurrava a si mesmo e a Theo a bordo.

Erros- Drarry fanfic Onde histórias criam vida. Descubra agora