Capítulo 6- Namorado

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Gina roncava. Não o tipo de suspiro suave que Draco soltava. Ela roncava como Ron. Ele costumava gostar, ele costumava pensar que era fofo. Atualmente, porém, ele se ressentiu. Isso o manteve acordado até tarde o suficiente para ouvir Dino entrar no quarto de Malfoy.

A princípio, ele pensou que eles estavam apenas brincando, como na semana passada, um amasso rápido, talvez um boquete como na noite de terça-feira. Mas desta vez...

Veja Harry conhecia Malfoy. Conhecia Malfoy na cama, pelo menos. Ele sabia como soava com a boca em seu pau. Ele também sabia, como Malfoy soava batendo contra as cabeceiras. Ele sabia a diferença.

Então, quando os suspiros e gemidos baixos se transformaram em algo muito mais agudo e indefeso. Harry sentou-se ereto na cama.

Ele não sabia o que era pior, o fato de que Malfoy estava dormindo com outra pessoa que não Harry, ou que a julgar pelos sons vindos do quarto, Malfoy estava gostando.

Ele não tinha visto Malfoy muito naquela semana, evitando-o sempre que possível, para evitar socar Dino em sua porra de cara feia, o que provavelmente levantaria algumas questões. Ele tinha dado uma punheta em um armário de vassouras e isso era tudo. Parte de Harry lhe disse que isso era bom. Que ele poderia voltar a ser de Gina. A outra parte de Harry, a parte mais barulhenta e violenta dele, queria dobrar Draco bem na frente de Dino e mostrar a ele a quem Draco realmente pertencia.

Mas agora, Draco estava deixando Dino fodê-lo. Uma posição que antes
que era reservada apenas para Harry. E Harry não sabia o que pensar.

O único lado positivo era porque, Malfoy era tão fantástico, apertado e perfeito, que Dino terminou depois de apenas alguns minutos. Deixando Harry fervendo com ódio mortal e em silêncio horrorizado.

Ele não dormiu naquela noite, como poderia? Com pensamentos de Draco se repetindo em sua mente repetidamente.

Ele nem estava controlando seu próprio corpo pela manhã, permitindo que Gina o guiasse até o salão do café da manhã. Ela provavelmente pensou que ele teve outro pesadelo. Mais como um pesadelo que se tornou realidade.

Ele não tinha certeza por que estava tão incomodado com isso. Não era como se ele e Draco fossem monogâmicos, Harry tinha uma namorada pelo amor de Deus. Harry era hétero! Ele sabia de fato, que ele gostava de garotas. E, no entanto, isso o incomodava mais do que qualquer coisa. Draco e Dino. Porra. Juntos.

Não. Não. Não. Ele tinha que lidar com isso. Ele não podia simplesmente se deixar reprimir com raiva porque duas pessoas que ele conhecia estavam se fodendo. Realmente não deveria ter sido grande coisa. Ele só não transava com Draco há um tempo, isso é tudo, ele não estava com ciúmes do relacionamento de Dino com Draco. Não! Ele só queria outro pedaço dele.

Encurralar Draco depois de Poções foi fácil, não havia retratos na sala e nenhuma aula pelo resto do dia, tudo o que ele tinha que fazer era puxar a manga de Draco quando todos estavam saindo e empurrá-lo para longe da porta, prendendo-o contra um dos balcões assim que a porta se fechou. Pressionando beijos molhados ao longo do pescoço de Draco.

"Harry," Draco suspirou ao perceber. Harry sorriu contra seu pescoço, passeando suas mãos pela bunda de Draco.

"Harry, espere!" Draco disse um pouco mais alto. Harry sorriu, parte dele sempre adorou esse jogo de gato e rato entre eles. Ele podia sentir Draco se contorcendo contra ele tentando empurrar de volta, Deus era bom.

"Você não pode! Espere!" Draco disse, a voz mais severa do que o normal, mas Harry estava muito atordoado para notar qualquer diferença em sua voz.
Talvez Draco precisasse dele mais do que o normal também.

"Não!" Ele retrucou, quando Harry empurrou todo o peso de seu corpo para baixo para mantê-lo parado, exatamente como Draco gostava. Já trabalhando para desabotoar os botões da calça de Draco.

"Pare! Harry!" Draco gritou quando Harry foi apalpá- lo novamente, "Não! Harry, pare."

Você sabe quando está dirigindo, especificamente um Ford Anglia, e fica meio tonto na estrada, voltando bem a tempo antes de perceber que estava prestes a colidir com um trem de cimento gigante.

Era assim que Harry se sentia quando seu cérebro o deixou pensar por um único segundo. Percebendo a mudança de fingimento para real, para muito, muito real.

Ele saltou para trás, os olhos arregalados.

"Porra," Draco balbuciou, pálido, puxando suas calças para cima dos quadris.

"Eu-" foi tudo que Harry conseguiu reunir, tentando aumentar a distância entre eles. "Eu só pensei... Nós normalmente... Você normalmente... Jesus, me desculpe. Eu não dormi nada ontem à noite, e eu simplesmente não podia notar a diferença e-"

"Harry," Draco disse, respirando uniformemente mais uma vez. "Você tem razão. Eu nunca disse não de verdade. Eu só..." Ele balançou a cabeça, recusando-se a desviar o olhar de Harry, dando um passo à frente para pegar a mão de Harry, mesmo quando Harry se afastou. "Hoje não, Harry."

Harry assentiu.
"Eu realmente não sabia... É só que... Você sempre gostou e..."

"Eu disse sim, então Harry." Ele disse com um sorriso suave, estendendo a mão para brincar com as pontas da franja de Harry. "Isso não é sim para o resto da eternidade."

Harry engoliu em seco. "E... você não queria uma palavra segura."

Draco suspirou, puxando uma mecha de cabelo que cobria os olhos de Harry. "Eu não conheço Harry. É que... Isso torna tudo muito mais fácil se eu puder fingir que é tudo seguro com você. Que eu possa dizer a mim mesmo que está tudo bem, eu gostei porque não tive escolha, mesmo que tivesse."

"Bebê," Harry disse, lentamente, recuperando sua confiança. "Eu realmente não faria isso com você..."

"Não, eu sei, você é o menino de ouro. Você nem machucaria um maldito elfo doméstico."

"Quem machucaria um elfo doméstico?"
Draco olhou feio de volta para ele.

"Fora de assunto eu sei," Harry riu, então se concentrou novamente, "C-como posso saber então, se você está sendo real ou não."

"E se eu... Tocar no seu lado," ele pressionou a palma da mão no flanco direito de Harry duas vezes, "Assim , e isso significa relaxar..."

"Tudo bem," Harry assentiu, então suspirou, "Posso perguntar... O que houve de diferente hoje? Fui eu ou..

"Não, não foi. EU- Dino me pediu para ser seu namorado."

Harry sentiu seu sangue gelar.

"E eu disse que sim."

E todo o ar saiu da sala.

"E eu fiz muitas coisas ruins, Harry, e Dino é uma boa pessoa. Parecia errado fazer isso com você apenas algumas horas depois que ele me pediu. E estou tentando não ser mais um bastardo..."

Harry engoliu em seco. "Isso significa que você acha que eu sou uma pessoa ruim? Por causa de Gina?"

Draco riu, dando um beijo suave na bochecha de Harry. "Eu acho que você fez tantas coisas boas em sua vida, que você pode fazer uma ou duas coisas ruins para compensar isso. Quem sabe, eu sou um pouco tendencioso."

Harry sorriu quando Draco se afastou, pegando-o e juntando seus lábios. Seu corpo inteiro inchando com o aquecimento onde quer que ele tocasse em Draco. Não fogo. Não queimando. Não luxúria. Isso era calor, calor suave como um sol de verão. Ele sabia que havia uma palavra para isso, mas não conseguia encontrá-la em sua língua. Mas era estranho como apenas a visão de Draco, mesmo depois de tudo, poderia tirá-lo de um clima gelado de ciúmes e amargura, para algo amarelo e brilhante.

"Maravilhoso", ele murmurou quebrando o beijo.

Draco riu dando um passo para trás, concentrando-se em fechar seus botões corretamente, "É melhor eu ir embora, Potter, namorado para beijar, ruivos e grifinórios para atormentar."

E por um momento ainda mais estranho, Harry se permitiu acreditar que Draco estava falando sobre ele. Seu namorado. Estranho né?

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