Capítulo 18- Decisões

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Harry estava acostumado a se sentir um merda. Acostumado com a constante sensação interminável de terror. Ele tinha dezoito anos disso. Embora, pelo menos com a tirania de Voldemort, ele tinha consistência, ele tinha aquele calor sempre predominante daqueles que o amavam ao seu redor, aqueles com quem ele sabia que podia contar não importa o que acontecesse. Rony, Hermione, os Weasley, Hogwarts, a Ordem.

O reinado de Voldemort foi terrível, horrível. Mantinha-o acordado à noite com sonhos alinhados com flashes verdes e os gritos de todos aqueles que morreram por ele. Mas pelo menos então, mesmo que não parecesse, ele sabia que não tinha sido culpa dele, ele sabia que tinha feito o seu melhor.

Ele não tinha um plano de como lidar com seus erros. Suas verdadeiras e honestas fodas. As suas ações, não importava o quão desesperadamente ele ignorasse, nunca poderiam ser desfeitas.

Harry solidificou seu próprio destino. E ele perderia tudo por causa disso.

A pequena Hermione em sua cabeça lhe disse que ele estava fazendo tudo de propósito. "Comportamento autodestrutivo de livros didáticos", ela dizia, pouco antes de instruí-lo a falar com um curandeiro da mente. Mas Harry afastou esses pensamentos, assim como afastou tudo.

Como de repente aquele doce e intenso caso amoroso com Draco, a única coisa que o fazia se sentir vivo novamente, corroía e apodrecia e se tornou o eixo do desespero de Harry.

"Não é como se por oito meses eu tivesse deixado o cara que eu amo me arruinar e me quebrar em qualquer chance que ele tivesse."

Draco tinha se apaixonado por ele e Harry tinha sido tão estúpido. Não tinha sido uma aventura acalorada para escapar do mundo real. Não para Draco, pelo menos. E Harry nem tinha pensado na possibilidade de que Draco pudesse se sentir assim por ele.

Porque como diabos Draco Malfoy poderia, o idiota intolerante. O Comensal da Morte. O pirralho mimado e egoísta. Seu inimigo do ensino médio. Como alguém sem coração que tentou arruinar a vida de Harry a cada passo poderia ser capaz de amá-lo?

O relacionamento deles tinha sido tão unilateral. E olhando para trás, isso deixou Harry doente do estômago. Ele tinha acabado de tomar, tomar, tomar até não sobrar nada de Draco.

Talvez tudo fosse mais fácil se ele amasse Malfoy de volta. Se eles tivessem um romance proibido, amantes desafortunados. Talvez então, ele tivesse algum tipo de desculpa. Mas ele não tinha.

Então, como ele havia prometido todas aquelas noites atrás. Ele deixou Draco sozinho. Era a coisa certa a fazer, ele sabia disso, pelo menos.

Era difícil vê-lo nos corredores, ver os cabelos loiros e claros com o canto do olho. Ainda mais difícil era ouvir os sussurros. "Malfoy está na merda." - "Acho que agora são os sagrados vinte e sete." "Quem é o pai?"- "Ouvi dizer que era de Dino Thomas!"- "Não, é de Tom Whitby!" "Que escória!"

- Você sabia que ele estava apaixonado por mim? Harry perguntou uma noite na biblioteca quase vazia, Dino Thomas o emprestou uma pilha de livros de transfiguração.

Dino olhou para cima, com os olhos arregalados, mas a expressão em branco. "Sim," ele disse simplesmente. E então, a voz um pouco mais baixa, "Você não sabia?"

Harry balançou a cabeça, sentindo frio por toda parte. "Achei que ele se sentia da mesma forma que eu... Achei que nós estávamos nos divertindo... Achei que era uma fuga..."

Dino zombou e revirou seus olhos castanhos. "Você é a pessoa menos observadora do mundo, sabia disso?"

"Sim, me disseram," Harry disse em suas mãos, então depois de um longo suspiro, ele perguntou, "Você sabe como está... como está... a coisa..."

Erros- Drarry fanfic Onde histórias criam vida. Descubra agora