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Chegueeeei com mais um capítulo! Espero muito que vocês gostem, vamos ter algumas emoções.

Boa leitura chuchuzinhos

POV S/N

Existem dias que nem parecem reais, dias em que a gente espera tanto pra eles acontecerem que quando finalmente chegam nosso cérebro parece nem aceitar de tão incrível. Hoje era um dia desses dias raros.

- amor já separou suas coisas? – disse Joseph entrando no cômodo que era nosso quarto

- separei, vai por no carro já? – perguntei o olhando com meu celular e carteira na mão.

- acho melhor, vamos acabar perdendo essas coisas. – disse Joseph pegando as coisas da minha me dando um selinho

Hoje finalmente chegou o dia da nossa mudança, não estava mais aguentando ficar no apartamento bagunçado inundado de caixas.

Claro que contratamos uma empresa para nos auxiliar nessa mudança, nunca conseguiria ajudar Joseph com as caixas a essa altura da gravidez, além de que a médica me proibiu expressamente de erguer peso.

O apartamento estava movimentado, a equipe de mudança entrava e saía do mesmo com nossas caixas, alguns móveis ficariam no apartamento já que o mesmo ainda não foi vendido e não combinariam com nossa nova casa. Joseph ajudava com algumas caixas enquanto que eu fiquei responsável por supervisionar toda a “operação” que acontecia ali, na verdade essa era só uma desculpa que Joe criou pra fazer eu me sentir melhor sobre o fato de eu não poder ajudar.

Como estava tudo corrido Joseph pediu comida de um restaurante perto e comemos em meio ao caos mesmo, não havíamos passado nem 30 minutos juntos, Joe estava empenhado em acabar essa mudança o quanto antes.

Cômodo a cômodo foi sendo esvaziado, quarto, cozinha, banheiro, por último as coisas da sala – que também estava quase vazia já –

Observava o apartamento que agora parecia ser bem maior, Joe deve ter tantas memórias nele, no pouco tempo que estou aqui já criei varias, de um modo ou de outro aqui foi nosso primeiro lar.

- ah! Sabia que toda essa bagunça era sua. Só podia ser. – ouvi uma voz feminina, uma voz muito conhecida por mim soar do corredor do prédio.

- mãe? Oque está fazendo aqui? – perguntei me levantando de um banquinho que ficaria no apartamento

- oque eu estou fazendo aqui? Oque você está fazendo aqui? Sempre soube que era uma vadia irresponsável, mas você superou minhas expectativas.

Eu nem sabia oque responder, como ela havia me achado?

- não vai nem tentar se defender S/N? – ela disse parada me olhando com aquele olhar de julgamento. – pelo menos estão mudando, ele é rico pelo menos? Deve ser. – ela disse começando a andar pelo ambiente observando tudo

- oque quer aqui? – perguntei tentando demonstrar firmeza

- você é minha filha, minha filha ingrata que não dá notícias mas que aparece grávida diante de toda a mídia. Garota burra. Eu te criei com tanto esmero, pra você virar uma cadelinha de homem que joga a vida fora na primeira oportunidade. – ela disse parando na minha frente me olhando com desprezo.

- me criou com esmero? Ah pelo amor de Deus mãe, não vem com essa pra cima de mim agora, você sempre foi uma mãe de merda. – falei cuspindo as palavras enquanto algumas lágrimas de raiva escorriam por minha face. – preferia ter crescido órfã com expectativas de como nossa vida teria sido do que com você me criando.

Minha mãe me encarou em silêncio com um olhar de puro nojo, nos encaramos por um tempo até sentir meu rosto formigar, instintivamente levei minha mão onde ardia e então percebi a situação: havia acabado de ganhar um tapa na cara.

era pra ser Onde histórias criam vida. Descubra agora