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O sino tocou e todos os alunos da sala gritaram, juntaram suas coisas e saíram para ir embora. Sunoo fez o mesmo e caminhou até a saída, mas quando pisou os pés no último degrau viu Niki e Taeyoon se abraçando, sentiu um aperto no peito e um nó se formar na garganta. Suspirou fundo, apertou as alças da mochila e voltou a andar, passou ao lado dos dois sem olhar para eles e passou a mão em seus fios.

— Sun! – Paralisou, e mesmo que tentasse continuar andando, era como se seus pés estivessem colados no chão. — Você vai pra minha casa hoje?

— Não sei. Preciso avisar meus pais caso vá. – Queria se socar por ter dito aquilo.

— Você pode avisar quando estiver lá! Vamos, eu ganhei um jogo novo e quero que você seja o primeiro a testar. – Sorriu animado.

— Eu sou péssimo nesses jogos de videogame, Niki, você sabe muito bem disso. – Um bico se formou em seus lábios.

Nishimura desceu seu olhar para o biquinho estampado no rosto do mais velho, Sunoo havia percebido e resolveu passar a língua entre os lábios os umidecendo, logo mordeu eles de leve, Niki suspirou desviando o olhar.

— Eu te ensino. – Disse sem encara-lo.

— Tá bom. – Sorriu mínimo e começou a andar, mas quando percebeu o garoto ainda parado no mesmo lugar ele franziu o cenho. — Você não vem, amor?

— Uhum. – Começou a caminhar ao lado do menor.

[. . .]

— Eu já disse, Niki, eu não vou jogar esse jogo! Ele é muito violento. – Bufou irritado pela teimosia do mais novo em querer que o Kim jogasse.

— Essa é a graça de se jogar gta, hyung, tem que ter violência! Se não tiver, como vai fugir da polícia? – Revirou os olhos segurando o controle do videogame.

— Não tem graça nenhuma nesse jogo. – Sentou na cama e cruzou as pernas, apoiou o cotovelo em sua coxa e logo depois colocou o queixo na palma da mão.

— Então, o que quer fazer? – Sentou ao lado dele depois de desligar a tv e o videogame.

— Algo mais interessante, sem envolver jogos ou coisa do tipo. – Se jogou na cama.

Seus braços estavam de cada lado de seu rosto, seu cabelo um pouco bagunçado, o pequeno biquinho em seus lábios vermelhos, e com o impacto de suas costas no acolchoado sua camisa acabou subindo um pouco, mostrando sua barriga lisinha. Niki ficou observando aquele lugar exposto, balançou a cabeça tentando se concentrar agora no rosto do garoto.

— Quer assistir? – O menor o olhou com curiosidade.

— Assistir o que? – Sentou-se novamente na cama, ficando frente a frente com ele.

— Sei lá, algum desenho ,filme ou série, você quem sabe. – Coçou a nuca.

— Podemos assistir o Incrível mundo de Gunball?? – Quase pulou no colo do Nishimura.

— Podemos sim, hyung, deixa eu pegar o controle da tv. – Tentou se levantar, mas Sunoo não deixou de segurar seus ombros impedindo que ele levantasse. — Hyung, eu preciso levantar para-

— Nós temos todo o tempo do mundo, amor. – Segurou a nuca do japonês com sua destra, puxou seu rosto para se aproximar do seu.

— Noo... – Sussurrou contra os lábios cheinhos do Kim.

— Você não quer..? – Iria se afastar do maior, mas sua cintura foi agarrada.

— Eu quero, quero muito mesmo... – Suspirou fundo antes de juntar os seus lábios com os do mais velho.

Niki invadiu a boca do menor com sua língua, logo o Kim cedeu facilmente sua passagem. Quando os músculos se tocavam, um arrepio percorria o corpo de ambos os jovens. O japonês cessou o ósculo e desceu seus lábios para o pescoço imaculado de seu hyung, Sunoo arfou antes de criar forças para falar:

— Ni... O desenho... – Susurrou no ouvido dele.

— Nós temos todo o tempo do mundo, Sun! – Jogou o corpo menor no colchão, ficou por cima dele e voltou a beija-lo.

Sunoo se sentia tão bem ali, mesmo que soubesse que não passava de uma brincadeira "inocente" e que acabaria quando Niki se apaixonasse por alguém, porque essa era uma das regras: acabar o acordo quando um deles se apaixonasse. Sunoo estava apaixonado, mas não era por outra pessoa, e sim pelo seu melhor amigo.

— Já está bom, Niki, vamos assistir. – Impediu que o japonês tirasse sua camisa.

— Por que está fugindo? Pensei que quisesse também. – Ficou de joelhos na cama sentando em seus tornozelos.

— Eu quero, mas não podemos e você sabe o porquê. – Tentou voltar ao normal e não se deixar levar pelo biquinho fofo do mais novo.

— Está bem. – Bufou frustrado.

Ficaram assistindo resto do dia até Sunoo ter que voltar para casa, Niki o levou de bicicleta e ficou alguns minutos por lá até ficar um pouco mais escuro, não poderia voltar para casa tarde, era perigoso. Quando chegou são e salvo, mandou mensagem para Sunoo avisando que estava bem e que no dia seguinte ele quem passaria o resto da tarde na casa do Kim, aproveitando da sua companhia.

I'm Not GayOnde histórias criam vida. Descubra agora