Capítulo 8

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A comoção na frente da porta parou, exceto por Sasuke, que ainda estava gritando sugestões do que Itachi poderia fazer comigo, ou eu com ele.

— Cale a boca, Sasuke, vai encontrar uma prostituta para foder. — Itachi gritou.

O silêncio reinou no exterior. Meus olhos vagaram para a cama king-size no centro do quarto e o terror tomou conta de mim. Itachi tinha sua própria prostituta para foder esta noite e até o fim dos dias. O preço pelo meu corpo não tinha sido pago em dinheiro, mas bem que poderia ter sido. Passei meus braços em volta de mim, tentando controlar meu pânico.

Itachi virou-se para mim com um olhar predatório em seu rosto. Minhas pernas ficaram fracas. Talvez se desmaiasse eu fosse poupada, e mesmo que ele não se importasse que eu estivesse inconsciente e me tomasse de qualquer maneira, pelo menos eu não me lembraria de nada. Ele colocou o paletó sobre a poltrona ao lado da janela, os músculos em seus antebraços flexionaram. Ele era musculoso e tinha força e poder, e eu poderia muito bem ser feita de vidro. Um toque errado e eu quebraria.

Itachi tomou seu tempo me admirando. Onde quer que seus olhos tocavam meu corpo, me marcavam como sua posse, a palavra “minha” escrita por toda minha pele uma e outra vez.

— Quando meu pai me disse que eu iria casar com você, também disse que você era a mulher mais bonita que a Chicago Outfit tinha a oferecer, ainda mais bonita do que as mulheres de Nova York.

A oferecer? Como se eu fosse um pedaço de carne. Enterrei meus dentes na língua.

— Eu não acreditei nele. — Ele andou até mim e agarrou a minha cintura.

Engoli o nó na garganta enquanto olhava para o seu peito. Por que ele tinha que ser tão alto? Ele se inclinou
para baixo até que sua boca estava a menos de um centímetro da minha garganta.

— Mas ele disse a verdade. Você é a mulher mais linda que eu já vi, e hoje a noite você é minha. — Seus lábios quentes tocaram minha pele. Ele podia sentir o terror batendo em minhas veias?

Suas mãos na minha cintura apertaram. Lágrimas pressionaram contra meus olhos, mas eu as segurei. Eu não iria chorar, mas as palavras de Izumi ecoaram em meu cérebro. Ele vai te foder até sangrar.
Seja forte. Eu era uma Senju. As palavras de Sakura passaram pela minha mente. Não deixe que ele trate você como uma prostituta.

— Não! — A palavra foi arrancada da minha garganta como um grito de guerra. Eu me empurrei para longe dele, tropeçando alguns passos para trás. Tudo pareceu congelar. O que
eu tinha acabado de fazer?

A expressão de Itachi demonstrava seu atordoamento.

— Não?

— O quê? — Eu rebati. — Você nunca ouviu a palavra ‘não’ antes? — Cale a boca, S/n. Pelo amor de Deus, cale a boca.

— Ah, eu já ouvi muitas vezes. O cara cuja garganta eu esmaguei disse ‘não’ repetidas vezes, até que ele não conseguia falar mais. — Dei um passo para trás.

— Então você vai esmagar minha garganta também? — Eu era como um cachorro acuado, rosnando e mordendo, mas meu adversário era um lobo. Um lobo muito grande e perigoso.
Um sorriso frio torceu seus lábios.

— Não, isso seria desafiar o propósito do nosso casamento, você não acha?

Estremeci. Claro, seria. Ele não podia me matar. Pelo menos não se quisesse manter a paz entre Chicago e Nova York. Isso não significa que ele não poderia me bater ou me forçar a algo.

— Eu não acho que meu pai ficaria feliz se você me machucasse.

O olhar em seus olhos me fez dar mais um passo para trás.

𝐁𝐎𝐔𝐍𝐃 𝐁𝐘 𝐇𝐎𝐍𝐎𝐑 - 𝑏𝑜𝑟𝑛 𝑖𝑛 𝑏𝑙𝑜𝑜𝑑 𝑚𝑎𝑓𝑖𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora