Capítulo 23

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Uma onda de mal estar me arrancou do meu sono. Eu tropecei em direção ao banheiro e vomitei novamente, ajoelhada no chão de mármore frio, exausta demais para me levantar.
Estremeci. Itachi se aproximou de mim rapidamente, segurando meu cabelo atrás da cabeça.

— Eu não pareço muito gostosa agora, não é? — eu ri com a voz rouca.

— Isso não deveria ter acontecido. Eu deveria ter mantido você a salvo.

— Você me manteve. — Eu agarrei o assento do vaso sanitário e cambaleei para ficar de pé. As mãos de Itachi seguraram minha cintura.

— Talvez um banho ajude.

— Acho que eu vou me afogar se eu entrar em uma banheira agora.

Itachi ligou a água na banheira enquanto ainda me segurava com uma das mãos. O céu estava ficando cinza sobre Nova York.

— Nós podemos tomar banho juntos. — Eu tentei um sorriso maroto.

— Você só quer tirar uma casquinha.

— Eu não vou tocar em você enquanto você estiver sob o efeito de roofies.

— Um Capo com moral? — O rosto de Itachi ficou sério.

— Eu não sou Capo ainda. E eu tenho moral. Não muita, mas alguma coisa eu tenho.

— Estou só brincando. — eu sussurrei quando inclinei minha cabeça contra seu peito nu.

Ele esfregou minhas costas e o movimento enviou um formigamento doce até meu núcleo.
Recuei e cuidadosamente caminhei até a pia para escovar os dentes e lavar meu rosto.
Itachi fechou a torneira quando a banheira estava quase cheia. Então ele me ajudou a tirar a calcinha e saiu de suas boxers antes de me levar até a banheira. Mergulhei o rosto dentro da
água por um momento, esperando que isso fosse limpar o restante do nevoeiro da minha cabeça. Itachi deslizou atrás de mim e me puxou contra o seu peito. Sua ereção pressionou contra a minha coxa. Me virei de frente para ele e seu comprimento deslizou entre as minhas
pernas e roçou a minha entrada. Fiquei rígida. Itachi teria apenas que empurrar seus quadris para cima para entrar em mim. Ele gemeu, rangeu os dentes, então colocou a mão entre nós e
empurrou sua ereção para cima, descansando contra a minha coxa, e me puxou para o seu peito.

— Alguns homens teriam se aproveitado da situação. — eu murmurei. A mandíbula de Itachi estava cerrada.

— Eu sou esse tipo de homem, S/n. Não se engane em acreditar que eu sou um bom homem. Eu não sou nem nobre, nem um cavalheiro. Eu sou um filho da puta cruel.

— Não para mim. — Eu pressionei meu nariz contra a curva do pescoço dele,
respirando seu cheiro familiar e almiscarado.
Itachi beijou o topo da minha cabeça.

— Seria melhor se você me odiasse. Haveria menos chances de você se machucar desse jeito.

O que eu tinha dito a ele ontem à noite, quando estava mal? E se eu disse que o amava? Eu não conseguia lembrar.

— Mas eu não odeio.

Itachi beijou minha cabeça novamente. Eu queria que ele dissesse alguma coisa. Eu queria que ele dissesse que ele...

— Você mencionou algo sobre o que Izumi disse a você. — Sua voz era casual, mas tensão tomou conta de seu corpo. — Algo sobre eu tomar você de um jeito sangrento e cruel.

— Ah, sim. Ela disse que você ia me machucar, me foder como um animal, me foder até tirar sangue. Ela disse isso quando falou comigo durante a nossa recepção de casamento. Me assustou muito. — Eu fiz uma careta então.

𝐁𝐎𝐔𝐍𝐃 𝐁𝐘 𝐇𝐎𝐍𝐎𝐑 - 𝑏𝑜𝑟𝑛 𝑖𝑛 𝑏𝑙𝑜𝑜𝑑 𝑚𝑎𝑓𝑖𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora