Capítulo 25

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Ir ao banheiro e caminhar com uma ardência do inferno não era exatamente confortável.
Estremeci quando voltei para o quarto, onde Itachi estava com a cabeça apoiada em seu braço. Ele me observava.

— Dolorida? — Eu balancei a cabeça, corando.

— Sim. Sinto muito.

— Por que, você está arrependida? — Deitei ao lado dele.

— Eu pensei que nós poderíamos tentar novamente, mas acho que não consigo.

Itachi traçou as pontas dos dedos sobre as minhas costelas.

— Eu sei. Eu não esperava que você estivesse pronta tão cedo. — Ele esfregou minha barriga, e então se aproximou um pouco mais. — Eu poderia te lamber, se você estiver afim.

Meu núcleo se apertou e eu realmente queria dizer sim.

— Eu não acho que é uma boa ideia.

Itachi balançou a cabeça e recostou-se contra os travesseiros. O cobertor se aglomerou ao redor de seus quadris, revelando seu torso musculoso e as cicatrizes.
Cheguei mais perto e me apoiei em cima dele. Tracei as suas cicatrizes, imaginando que tipo de histórias se escondia atrás de cada uma delas. Eu queria conhecer tudo sobre elas,queria descobrir cicatriz por cicatriz de Itachi, como se fossem um quebra-cabeça. Onde ele conseguiu a longa cicatriz em seu ombro e o ferimento de bala abaixo das costelas?

Itachi começou ele mesmo a me explorar com os olhos, passando o olhar sobre meus seios e meu rosto. Ele correu o polegar sobre meus mamilos.

— Seus seios são fodidamente perfeitos. — Seu toque era mais possessivo do que sexual, mas eu pude senti-lo todo o caminho até chegar entre as pernas mesmo assim.
Tentando me distrair, eu parei meus dedos contra uma cicatriz em seu abdômen.

— Onde você conseguiu essa cicatriz?

— Eu tinha onze anos. — Meus olhos se arregalaram. Eu tinha certeza de qual história estava chegando. — A Família não era tão unida como é agora. Alguns homens achavam que podiam agarrar o poder matando meu pai e seus filhos. Foi no meio da noite, quando ouvi
gritos e tiros. Antes que eu pudesse sair da cama, um homem entrou no meu quarto e apontou uma arma pra mim. Eu sabia que ia morrer quando olhei para a arma. Eu não estava tão
assustado quanto pensei que estaria. Ele teria me matado se Sasuke não tivesse saltado por trás dele quando ele puxou o gatilho. A bala foi muito mais para baixo do que deveria ter ido e
só pegou de raspão em mim. Doeu como um filho da puta. Eu estava gritando e provavelmente teria desmaiado se o homem não estivesse atracado com Sasuke, pronto para matá-lo. Eu tinha uma arma escondida na gaveta da mesa de cabeceira, então eu peguei e coloquei uma bala na
cabeça do homem antes que ele pudesse matar meu irmão.

— Esse foi o seu primeiro assassinato, certo? — eu sussurrei.

Os olhos de Itachi, que haviam estado perdidos por um momento, se focaram em mim.

— Sim. O primeiro de muitos.

— Quando você matou de novo?

— Naquela mesma noite. — Ele sorriu sem graça. — Depois que matei o primeiro homem, eu disse para Sasuke se esconder no meu armário. Ele protestou, mas eu era maior e o
tranquei lá. Eu tinha perdido um pouco de sangue, mas ainda estava com a adrenalina correndo em mim e ouvia disparos no andar de baixo, então desci com a minha arma. Meu pai estava em
um tiroteio com dois atacantes. Desci as escadas, mas ninguém me deu atenção, e então eu atirei em um deles por trás. Meu pai pegou o outro com um tiro no ombro.

— Por que ele não o matou?

— Ele queria interrogá-lo para descobrir se havia outros traidores na Família.

𝐁𝐎𝐔𝐍𝐃 𝐁𝐘 𝐇𝐎𝐍𝐎𝐑 - 𝑏𝑜𝑟𝑛 𝑖𝑛 𝑏𝑙𝑜𝑜𝑑 𝑚𝑎𝑓𝑖𝑎Onde histórias criam vida. Descubra agora