Epílogo

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S/N cantarolava alegremente naquela grande cozinha enquanto decora o bolo de aniversário de seu filho mais novo, Shinki

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S/N cantarolava alegremente naquela grande cozinha enquanto decora o bolo de aniversário de seu filho mais novo, Shinki. O gatinho laranja da família a cercava e dava batidinhas com a cabecinha em suas pernas, em busca do afago da humana.

Shinki, apesar de calmo e reservado, não é adepto a grandes festividades. Entretanto, S/N estava confiante que ele cederia esse ano.

— Mamãe — Akemi, sua filha mais velha, aparece na cozinha com um pacote vermelho em suas mãos, — você acha que o Shinki vai me dar um abraço esse ano? Eu juntei minhas economias e comprei um presente para ele.

Ela era sua linda luz, tão compreensiva e serena.

— Bem, você pode perguntar à ele se ele quer um abraço, mas, se ele não quiser, isso não vai dizer que ele não gosta de você...

— Eu já sei, mamãe. Ele só não gosta de abraços por enquanto e aos poucos ele vai se adaptar. É o jeito dele.

S/N sorri e Akemi se senta para observar a mãe cozinhar, enquanto espera seu irmão, Satoru, descer para irem brincar.

A menina de cabelos ruivos, como o pai, e os olhos idênticos aos da mãe pega o gato, que observava quieto toda a movimentação, e faz um carinho; e a bola de pêlos laranja começa a ronronar diante do aconchego da criança.

— Bom dia, mamãe. — Satoru corre até S/N com os braços abertos e a mesma lhe da um abraço apertado.

— Bom dia, meu bem.

— Quando o papai chega? Será que o Shinki vai gostar? Ele não gosta da gente, né? Só do papai.

S/N franze o cenho e limpa suas mãos em um pano próximo. Se abaixa para ficar à altura do filho e segura suas pequenas mãozinhas, o olhando nos olhos.

— Filho, algumas pessoas possuem maneiras diferentes de demonstrar o quanto gostam da gente. A mamãe gosta de falar coisas bonitas e dar abraços; o papai gosta de trazer flores, presentes e quando pode, chega mais cedo para vocês se divertirem juntos. O Shinki gosta de proteger a gente.

— Ele gosta? — o menininho de olhos tao azuis quanto os do pai a encara curioso.

S/N sempre se espantava em como seu filho do meio era idêntico ao pai. Carrego por nove meses, sofro para trazer ao mundo e ele me vem com a cara do pai, pensa deprimida.

— Gosta. Lembra daquele dia em que você caiu do balanço? — Satoru concorda positivamente, — Ele usou a areia dele para te proteger e você não se machucou.

— Acho que entendi, mamãe.

A criança sorri e S/N deposita um beijo carinhoso em sua testa. Satoru logo se junta à Akemi e os dois começam a arrumar a cozinha com a ajuda da mãe, que já havia acabado todos os preparativos. Mesmo que seja um mini Gaara, o menino possui os traços delicados de sua mãe, S/N.

— Mamãe, mamãe! — Akemi chama empolgada. — O papai e o mano chegaram.

As crianças não cabiam em si de tanta empolgação. Logo, terminam de arrumar a mesa e os presentes.

— Feliz aniversário! — todos dizem assim que Shinki entra na cozinha.

Um sorriso mínimo aparece nos lábios do garoto. Gaara aperta seu ombro levemente e o felicita; abraça Akemi e Satoru e olha para S/N que sorria. Gaara estava grato, nunca havia imaginado que um dia seria tão feliz quanto é agora ao lado de sua companheira, amiga, confidente e – a palavra que ele mais gostava – sua esposa.

— Está tudo maravilhoso, meu amor. Assim como tudo que você faz. — Gaara vai até S/N e deposita um selinho em seus lábios.

— Shinki, eu comprei um presente para você! — Akemi estende o embrulho vermelho, captando a atenção de todos pela sua ação.

— Ela passou a noite inteira ontem tentando embrulhar. — S/N comenta olhando para Gaara com um sorriso amplo.

Shinki sorri. E Akemi também sorri como se tivesse ganhado o dia.

— Mano, feliz aniversário! — Satoru diz mais contido ao lado de Akemi.

Shinki bagunça os cabelos dele e murmura um agradecimento.

Em sua vez, S/N caminha até ele e se abaixa para ficarem do mesmo tamanho.

— Feliz aniversário, meu amor. — ela sorri. — Fiz seu bolo favorito, espero que tenha gostado do meu presente.

S/N havia deixado um pequeno embrulho no quarto do mais novo mais cedo, antes dele sair com Gaara. Ele sabia do que ela falava e não pode deixar de se sentir amado.

— Obrigada, mãe.

S/N se espanta e seus os olhos ficam marejados imediatamente. Havia lutado tanto para que ele se sentisse em casa, que soubesse que era amado. Em um ato repentino, Shinki a abraça. A mais velha acolhe o abraço de bom grado e o aperta contra si.

— Vem, hora de soprar as velinhas.

— Obrigada, meu amor. — As mãos de Gaara apertam carinhosamente a cintura de S/N.

As crianças dormiam profundamente após um dia inteiro correndo para todo lado inventando todo tipo de jogos e brincadeiras, comendo doces e aproveitando a companhia dos pais.

— Pelo o quê, exatamente? — ela sorri e envolve seus braços no pescoço do ruivo.

— Por acolher ele.

S/N ri, — Como poderia ser diferente, meu amor? Shinki também é o meu filho.

— Você não existe... — Gaara sorri e a abraça, inalando profundamente o perfume em seu pescoço. O cheiro dela o deixa embriagado. — A cada dia que passa eu só consigo te amar mais. Obrigada por me fazer digno de te amar e por ser amado.

— Não me agradeça, Gaara. Você merece que eu te ame a cada fibra do meu corpo. E vai ser assim para sempre, e sempre.

— Eu te amo, hime. Para sempre, e sempre.

𝐅𝐎𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑; sabaku no gaara Onde histórias criam vida. Descubra agora