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Joshua Beauchamp, arquiteto bem sucedido, viúvo a vinte anos, não está à procura de um amor, mas tudo muda quando conhece a doce e misteriosa Any. Hipnotizado ou apaixonado, o homem do auge dos seus quarent...
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Joshua Beauchamp. 💌
"Amnésia dissociativa" Após Any ser atendida, os médicos e psicólogos deram o diagnóstico, explicando que após o choque, sua mente como forma de se proteger das memórias e dos fatos recentes, apagou suas lembranças traumáticas do início ao fim.
Quando entrei naquele quarto e ela me olhou sem o brilho costumeiro, e perguntou sem emoção quem eu era, meu coração quase parou. Pode passar horas, dias, meses ou anos sem que ela se lembre de absolutamente nada, dos últimos sete anos.
— Você veio me ver novamente. — Me encara surpresa.
— Claro. — sento na poltrona ao lado da sua cama. — Como você está?
Quando estive mais cedo com ela, desejei por um instante que continuasse sem lembrar da sua vida, recomeçar novamente, sem a carga das memórias, todavia o psicólogo me explicou que as lembranças iriam aparecer gradualmente, sempre que sua mente fosse confrontada com algum gatilho.
— como você está vendo, deitada em uma cama de hospital, sem saber ao menos o porquê. — Reclama com indignação. — porque está aqui? — me olhou desconfiada.
Queria que ela sorrisse de forma doce, e tocasse meu rosto com carinho, como até três dias ela faria, porém agora ela uma adolescente que não confia na própria sombra, e me encara como se eu fosse algo a ser estudado. Sorri amando vê-la "bem".
— Gosto de você, então é natural que venha vê-la. — Comento sorrindo com todo o carinho e amor que tenho por ela.
— Gosta de mim? — inqueri com uma sobrancelha arqueada, me olhando em expectativa.
— Sim, sei que não lembra, porém sou seu namorado, e amo você. — Any me encarou por segundos seguidos.
O médico disse que eu poderia falar abertamente sobre a sua vida, não expondo apenas os fatos do seu trauma, porém não sei se sou delicado o suficiente para explicar as coisas como se deve.
— Então você e um pedófilo. Só tenho quinze anos. Tá doido? — irritasse rapidamente. — Que chantagem você fez, para que eu aceitasse esse absurdo? — me encara de forma acusadora.
— Você já deve ter percebido, que seu corpo está bem diferente de uma adolescente de quinze anos. — Ela afirma, olhando para o próprio corpo. — Você tem vinte e dois anos, está terminando a faculdade de designers de interiores, e têm quatro meses que estamos namorando. — Any avaliou a situação de forma pensativa.
— Nós... você sabe... — faz um gesto engraçado com as mãos, perguntando se transamos.
— Sim. — Afirmo e ela me encara de forma nervosa. — O que foi?
— É que até onde eu sei, sou virgem e me sinto estranha com isso. Nem lembro da minha primeira vez. — Lamenta pensativa.
— Não temos que pensar sobre isso. — Aviso não querendo que ela pense em algo, que possa traze-la lembranças das quais não precisa ter. — podemos falar sobre nossas vidas, o que fazemos.
