𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 17

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HOPE - point of view
Atlanta - G.E

PEDI PARA ELA falar quando quiser, eu vou está lá esperando qualquer som sair da sua boca

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PEDI PARA ELA falar quando quiser, eu vou está lá esperando qualquer som sair da sua boca.

Nosso tempo tava quase acabando quando do nada escuto um som.

- posso pegar aquele urso? - sua voz era suave e, se aquela sala não estivesse tão silenciosa, eu não ia ouvir ela falar -

- claro! Pode ficar pra você se quiser! A tia não vai brigar! - levantei e deixei o urso de avião no seu colo -

Ela ficou mais um tempinho calada e começou a falar.

- eu queria comer... mas não sinto vontade -

Talvez ela esteja com alguma coisa no intestino que faça ela perder o apetite, infelizmente não posso falar nada, não sou médica formada nisso.

- já tentou comer uma maça? A tia Angela disse que você come bem pouco.

- eu comi uma pera quando acordei...

- meu amor já são 12:23, se quiser almoçar eu peço para fazerem um prato para você! - lhe dei um sorriso fofo e, por incrivel que pareça ela deu um sorrisinho de lado -

- tá bom... - ela falou e começei a reparar como seu estado era todo deteriorado, suas unhas estavam sujas e grandes, seus braços tinham algumas cicatrizes de fivela de cinto. Eu sei que é de cinto porque meu pai me batia com isso e ficava as marcas -

- Ariel, como era sua relação com seus pais? - perguntei a pergunta mais simples e mais fácil de responder que todos psicólogos perguntam -

Um segundo até ela responder e só faltava 7 minutos para nosso tempo acabar.

- minha mãe era uma fada e meu pai um monstro - ela falava bem baixinho - meu pai não gostava que outros caras olhasem para mamãe, ela era muito protetor comigo... eu quase não ia a escola

eu queria fazer amigos mas ele não deixava, mamãe ficava em casa todo dia com o Caio, ele era tão bonitinho... cabelos loiros de cachos e olhos escuros, era tão novinho... mas meu pai tirou sua vida na minha frente e ele perdeu toda a magia que é crescer e ser criança! - só pelas poucas palavras que ela disse, eu tenho quase certeza que o pai dela era um machista e qur achava que a mulher só serve para cozinhar e passar pano -

Tinha uma proteção rigorosa com a filha e pensava que ela devia viver dentro de casa.

- minha mãe odiava ele, queria viver a vida com outro cara que tinha conhecido no mercado... eu não sei como mas eles conseguiram ficar juntos e ela teve o Caio, meu pai também ficou sabendo disso e não gostou nem um pouco...

𝗠𝗬 𝗣𝗦𝗬𝗖𝗛𝗢𝗟𝗢𝗚𝗜𝗦𝗧 - ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳ [RETA FINAL]Onde histórias criam vida. Descubra agora