Naquele dia, Harry e Louis conversaram por horas, perderam vários ônibus, descobriram muitas coisas um sobre o outro.
Por exemplo: Harry agora sabe que Louis tem 19 anos e está no primeiro ano da faculdade de música. E Louis sabe que Harry tem 17 anos e cursa o ensino médio.
Eles conversaram todos os dias aquela semana, Harry chegava tarde e levava bronca da mãe, mas ele não se importava, porque gostava de falar com Louis, ele tinha senso de humor, e além de tudo era bonito.
Naquela sexta, Harry não podia chegar tarde, sua mãe faria um jantar para apresentar o novo namorado a família, Gemma (irmã de Harry) viria do campus somente por isso, se Harry chegasse tarde estaria muito ferrado.
O problema é que, quando conversavam com Louis ele se esquecia da hora, e foi isso que aconteceu, ele só se lembrou que tinha de ir embora quando o ônibus já deixava o ponto, ele teve de correr (literalmente) atrás do mesmo.
Louis ficou confuso, Harry apenas tinha dito palavras desconexas, como: merda; jantar; ferrado, antes de sair correndo atrás do ônibus e gritar "Te vejo na segunda".
O jantar correu bem, e Harry chegou a tempo, o namorado da mãe parecia um cara legal, alguém que ele aprovaria.
O fim de semana se arrastou, talvez, fosse porque Harry queria que a segunda chegasse logo, para falar e ver Louis, e ele se amaldiçoou muito por não ter pedido o número de telefone do garoto.
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As aulas pareciam durar a eternidade, e quando o sinal finalmente bateu, Niall resolveu que atrasaria Harry, não que ele estivesse fazendo de propósito, mas aquilo irritou Harry e ele apenas foi embora sem se despedir de Niall. Ele nunca deixava de se despedir de Niall. Provavelmente se sentiria mal por isso depois e pediria desculpa ao amigo.
-Oi, oi, oie - Harry disparou, logo em seguida se inclinando para frente e apoiando as mãos no joelho, tentando respirar.
Harry odiava correr, só corria quando era realmente preciso, como na sexta passada, ou nas aulas de educação física, e agora, para encontrar Louis.
-Você está bem? - o garoto tatuado perguntou, olhando preocupando para Harry.
-Não aprendeu nada, Louis? - ele franziu a sobrancelha, mas sorriu logo em seguida. - Você deve cumprimentar alguém antes de iniciar uma conversa.
-Oh, desculpe se uma girafa com falta de ar me fez ficar preocupado a ponto de esquecer as boas maneiras, e olá Harry.
Harry apenas gargalhou, muito alto, atraindo a atenção das pessoas no pronto, algumas delas o olharam feio e ele murmurou um "desculpe".
-Porque você é tão educado com todo mundo? - Louis perguntou sério.
-Porque minha mãe me deu educação? - Harry respondeu, olhando para Louis como se ele fosse retardado por perguntar algo tão óbvio.
-Sério Harry. - ele revirou os olhos. - Porque é sempre tão legal com todo mundo?
-Eu não gosto de ver as pessoas tristes. - ele deu de ombros.
-Mas isso não faz alguém ficar feliz. No máximo irritado, ou achando legal da sua parte, mas não feliz.
-Algumas vezes tudo que as pessoas precisam, são de palavra gentis para se sentir melhor.
-Você é ingênuo, Harry. - Louis murmurou.
O fato de Harry ser ingênuo o deixava levemente irritado, porque ele sabia que o mundo era cruel, principalmente com pessoas ingênuas, ele não queria que Harry fosse ingênuo.
-Sabe Louis... para uma pessoa, divertida você é negativo demais.
-Eu não sou negativo!- Louis se defendeu. - Sou realista.
Harry também se irritou por Louis não entender que para ele não era questão de ingenuidade e sim, ajuda ao próximo.
Nenhum dos dois disse uma palavra.
O silêncio era tudo... mas Louis não gostava desse tipo de silêncio, então quando seu ônibus veio ele resmumgou um "tchau" para Harry e foi embora.
Harry, não queria que as coisas tivessem ficado assim, agora além de ter deixado Niall sozinho, tinha discutido com Louis, e ainda teria de ir andando para casa, porque o próximo ônibus demoraria muito.
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Obrigada pelos votos e comentários, vocês são uns amores <3
Xx

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Free Hugs - L.S
Fiksi PenggemarHarry é um garoto adorável, ele gosta de fazer as pessoas se sentirem bem. Um dia esperando o ônibus depois da escola, ele começa a reparar nas pessoas a sua volta, e em como algumas parecem tão tristes. Então ele oferece abraços grátis.