Um antissocial social

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Assim que o senhor Madara tranca a porta, minha ficha cai, eu estava na casa de um desconhecido no meio de uma casa/lago. Esses leves fatos me fizeram ficar um tanto desconfortável e sem graça, não fazia ideia do que fazer ou como agir.

Senhor Madara calmamente se senta em sua poltrona novamente. Seu olhar era calmo mas atento ao mesmo tempo.

Mad - Termine de comer rápido, amanhã acordaremos sedo - Revela enquanto pega sua xicara de chá.

Naru - Por que? - Pergunto enquanto pegava mais biscoitos.

Mad - Porque eu tenho uma rotina, e não vou deixar de segui-la por sua causa, não sabemos quanto tempo você fica aqui então terá de se adaptar - Responde enquanto assoprava seu chá.

O mesmo não falou mais nada depois de me responder, fazendo um silencio desconfortável se instalar na sala. 

Naru - Então.... o senhor mora sozinho? - Pergunto na tentativa de acabar com o silencio.

Mad - Sim - Responde em um resmungo.

Naru - Por que? - Pergunto não satisfeito com a resposta.

Mad - Porque eu gosto - Responde em um suspiro.

Naru - Mais e seu parceiro? - Pergunto inocentemente. 

Mad - Morreu - Revela simples como se fosse uma informação banal. 

Naru - Sinto muito - Digo um tanto constrangido.

"O clima ficou pesadão"

Naru - E bom morar num lago? O que você mais gosta aqui? - Pergunto tentando novamente afastar o clima pesado que parecia rondar o senhor Madara. 

Mad - Você fala muito já te disseram isso? - Pergunta se levantando da poltrona e indo para outro cômodo me deixando sozinho. 

Sinto minha bochechas esquentarem pela vergonha.

"Acho que a parte que ele mais gosta em morar sozinho é não ter de conversar com ninguém"

Olho ao meu redor reparando um pouco mais na sala, ela era quase toda de madeira é tudo cheirava a gente velha, era como se eu estivesse entrando em um lugar guardado, as paredes cheias de traças e marcas de cupim é tinha alguns quadros na parede, um em especifico me chamou atenção, era um quadro um tanto estranho, era uma raposa bem alaranjada no meio do mar, ela estava de pé na água olhando para o horizonte como se alguém a tivesse chamado, o estranho e que parecia que a qualquer momento ela ia se virar para frente, acabei ficando ansioso cada minuto que encarava aquele quadro, eu podia jurar que ela ia se virar, era como se eu a esperasse. 

Mad - Vai ficar ai - Me assusta com senhor Madara que aparece na sala - Pegue uma bandeja e me siga - Diz enquanto pega uma da bandejas da mesa.

Naru - A-ah claro - Me levanto rapidamente ainda um pouco atordoado. 

Pego uma das bandejas, mas antes de seguir o senhor Madara acabo olhando para o quadro uma ultima vez, mas logo me viro e sigo meu caminho, assim que entro no outro cômodo, percebo que agora estava na cozinha da casa que era meio misturada com a copa, ela era bem parecida com a sala, toda de madeira de um estilo bem rustico, tudo estranhamente lembra ao senhor Madara, a casa realmente refletia seu dono.

Mad - Por que demorou tanto? - Fala pegando a bandeja de minhas mãos e colocando em cima de uma pia que lá havia.

Naru - Eu me distrai com um dos quadros da sala - O respondo, me colocando ao seu lado enquanto observava o mesmo lavar a louça - O quadro da raposa era muito bonito, foi o senhor que pintou? - Pergunto olhando para cima e vendo seu rosto calmo mas aparentava estar cansado.

Mad - Sim, eu gosto de raposas elas são sabias - Fala enquanto colocava algumas xicaras para escorrer. 

Naru - Como assim sabias? - Questiono enquanto o observava. 

Mad - Elas são espertas, são lideres naturais, sabem prever o clima, e são animais independentes - Fala enquanto secava suas mãos em um pano florido - E são lindas - Fala assim indo para outro cômodo, dessa vez o segui - E aqui que você vai dormir hoje - diz enquanto eu entrava em um quarto pequeno com um futum no chão, e uma escrivaninha ao lado - Aqui isso deve servir em você - Diz me estendendo uma camisola grandona - Era de Mikoto quando tinha sua idade, se troque e vá dormir temos um dia cheio amanhã - Continua.

Naru - Muito obrigado - Digo fazendo uma pequeno reverencia o vendo sair do quarto.

Assim que ele sai solto um suspiro pesado, começando a tirar minhas vestes.

"Na verdade eu queria era tomar é um bom banho"

Penso quando sinto um cheiro azedo de suor saindo de mim.

Assim que termino né me trocar pego minhas roupas que estavam sujas de barro, para dobra-las, é acabo por perceber que.

"Eu estava vestindo meu pijama até agora" solto uma risada fraca.

"Eu estava tão desesperado que nem me dei o trabalho de trocar de roupa, só sai correndo como um doido"

Meus pensamentos acabam por me levar até meus pais. Como será que eles estão? Já perceberam que eu sumi? Está muito preocupados? Essas perguntas rodavam minha cabeça, eu sinceramente nem sei quero velos, só de pensar que se eu voltar vou ter que passar por toda aquele sermão, me desanima.

Coloco minhas roupas sujas na escrivaninha e vou me deitar. Esse quarto era muito estranho, parecia que eu estava em uma linha do tempo diferente, fiquei não sei quanto tempo encarando o teto. Tudo estava tão frio mas não me incomodava, o cheirinho de poeira reinava no quarto, me fazendo fazer lembretes mentais de abrir a Janela de manhã para arejar o lugar, e assim dormir com mil e uma pergunta e observações sem nenhum resposta ou comentário.

Mad - Acorda! - Me assusto com um belo tapa na testa que me faz acordar.

Naru - Doeu - Reclamo massagem minha testa, enquanto senhor Madara que estava agachado ao meu lado, da uma risadinha roca.

"Agora sei porque Sasuke não dá confiança pra esse velho" Penso aborrecido.

Mad - Bom se você acordou, o tapa cumpriu seu propósito - Diz se colocando de pé - Levante-se, temos um dia cheio - Fala se retirando do cômodo.

Me deito novamente no futum de forma preguiçosa, me espreguiçando numa tentativa falha de ver se o sono ia em bora. Me levanto relutante, por reflexão olho para a janela, sem pensar muito a abro, e me espanto ao perceber que o céu ainda estava escuro, e até tinha alguma estrelas no céu ainda. Enfurecido vou a passos pesados até a cozinha onde ser encontrava o senhor Madara.

Naru - Por que me acordou tão cedo? Nem sequer amanheceu - esbravejou encarando senhor Madara com sangue nos olhos.

Mad - Primeiramente abaixa a voz - Fala com um olhar ameaçador mas uma voz calma, me dando um frio na espinha - Eu disse que não iria parar minha rotina por sua conta, e já que você está aqui, vai me ajudar em minhas tarefas - Diz por fim colocando uma xícara de café a minha frente - Agora beba - De forma emburrada, me sento a mesa onde tinha os biscoitos de ontem.

Naru - Que que eu tenho de fazer? - Murmuro ainda com a cara de poucos amigos.

Mad - No momento se preocupe só em comer - Diz se sentando em minha frente colocando uma sexta com pães em cima da mesa.

Senhor Madara começa a mexer numa bolsa na cadeira ao seu lado, enquanto eu pego um dos pães e mordo.

Naru - Eca, Eca, Eca!!! - Me desespero enquanto cuspia aquele pão horrível e duro - Que raio de pão duro e esse? - Questiono sentindo meu dente doer.

Mad - Menino besta quem disse que era pra você comer isso? - Fala assim soltando uma gargalhada alta enquanto o encaro bravo.

Naru - Bom quando alguém coloca uma sexta de pães na mesa, os demais já imaginam que e pra comer - Falo cruzando meus braços enquanto senhor Madara se acabava de rir.

Mad - Só se os demais forem enxeridos como você - Fala batendo em sua própria perna rindo - Isto aqui - Diz pegando o pão mordido - E isca - Fala colocando o pão de volta na sexta.

Naru - Isca? - O questiono confuso encarando os pães.

~Continua~

Seus olhos (OBA, Sasunaru)Onde histórias criam vida. Descubra agora