Sete

26 2 1
                                        

Ellie Miller

Era um restaurante italiano.

E lindo, muito lindo.

Se era assim por fora, imagina por dentro.

— Espero que goste de comida italiana — fala assim que estaciona o carro em frente ao restaurante — Vou abrir a porta para você.— fala e sai do carro dando a volta rapidamente.

Ele já era lindo, e ficava mais ainda quando era cavalheiro.

Balanço a cabeça espantando esse pensamento, que surgiu do nada.

— Obrigada! — falo assim que ele abre a porta e me dá a mão para segurá-la.

E como da primeira vez, eu sinto uma eletricidade correndo por meu corpo.

E quando olhos nos olhos dele, parece que sentiu a mesma coisa, porque me encarava do mesmo modo.

Ele se aproxima mais, ainda com os olhos presos ao meu, e por um segundo eu quis beijá-lo.

E isso nunca tinha me ocorrido assim, como ninguém antes.

Mas recobro a consciência e me afasto dele, que continuou segurando minha mão. Ele dá a chave ao manobrista e seguimos para dentro.

Ele coloca a mão em minha cintura para me guiar, e no mesmo instante sinto um arrepio novamente.

Disfarço e sigo para dentro.

Eu já tinha ouvido falar deste restaurante, era anexo a um luxuoso hotel, só uma Água aqui custaria meu rim.

— Olá Sidney, — Dan fala assim que paramos na entrada do restaurante — Nossa mesa já está pronta?

— Boa noite Sr. Mancini! — fala um homem, ele era magro, alto e nem conseguia disfarçar sua curiosidade em relação a mim — Já sim, me acompanhe por favor.

Se vira e segue entre as mesas, várias delas ocupadas.

Por dentro era maior do que eu pensava, seguimos ele até uma mesa no fundo, mais reservada, e nos sentamos.

— Vão querer adiantar o pedido? — pergunta ainda me olhando.

Olho para o Dan e ele está encarando Sidney com a sobrancelha arqueada, eu limpo minha garganta para chamar sua atenção.

— Sidney traga o vinho de sempre, por favor. — ele concorda e sai.

— Aqui é muito lindo — comento quando o silêncio se instala na mesa — Tem costume de frequentar?

Ele me olha antes de começar a falar.

— Sim, esse hotel faz parte da empresa da minha família. — ele fala.

Meu Deus! Para ter um hotel desse porte já diz muito sobre o quão bem sucedidos são.

— Você tem descendência Italiana? — pergunto curiosa.

— Sim, na verdade, meus avós são — fala e olha o relógio. — Ele está atrasado.

— Já fez negócios com esse investidor antes? — pergunto

— Sim e não.— ele me olha, como que ponderando se deve ou não me contar. — Fizemos uma troca de favores a um tempo atrás.

— Entendi.

Ele me encarou sem falar nada por longos segundos, e quando abre a boca para falar, seu telefone toca.

— Peço licença um minuto — ele fala e se levanta.

Suspiro e olho a beleza desse lugar.

— Srta... — espanto ao notar Sidney ao meu lado — Eu não sei o seu nome.

Paraíso PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora