Dan Mancini
Sorriso da porra!
Era o que ela tinha, ela e seu sorriso não saiam da minha mente, mesmo cinco dias depois do jantar.
Eu tinha o numero dela que peguei como desculpa do trabalho, confesso, mas não tinha coragem de mandar um oi. E eu queria tanto descobrir se ela tinha achado o jantar tão bom quanto eu achei, na verdade queria perguntar se ela aceitaria sair comigo, dessa vez um convite certo, não indo a um que não eu certo e ficar foi a opção.
Um jantar que iríamos nós dois, porque aí ela saberia que minha intenção era mais que falar palavras em italiano para ela não entender. Era realmente levá-la a um encontro decente.
Ela com certeza valia a pena.
Eu até compraria flores, ou livros.
Ela com certeza deve amar livros.
Nunca na minha vida fiquei tão encantado com uma mulher, deve ser a idade chegando.
Isso, ou realmente amor à primeira vista existe.
E mesmo aqui, no jantar com minha família, não pensava em outra coisa a não ser nela.
— O que você tanto pensa, meu filho? — pergunta meu pai, apesar dos 60 anos de idade, era um coroa muito bem conservado pelo tempo, era alto, o cabelo antes castanho já se encontrava grisalho.
Domingo era o dia do almoço em família, era lei, mas como Vincent, meu irmão caçula iria viajar, mudamos para sábado a noite.
— Esse olhar quer dizer que tem mulher na jogada — Vincent fala, o que tem de excelente profissional, tem de imaturo.
Dou um tapa na cabeça dele.
— Nada pai, algumas questões na empresa — minto, se eu concordasse com Vincent, iria ser zoado pelo resto da vida.
— Vou fingi que eu acredito — fala com desdém, e o encaro — Que foi? Estou sendo sincero.
Ele não tem medo de morrer?
— Está jogando verde, e eu estou sacando a sua — encaro seus olhos verdes como o meu.
— Vamos Dan, uma hora você vai ter que superar a Íris — fala e quase engasgo, há anos não lembro daquela praga na minha vida.
Vou matar esse moleque! Um desgraçado desse, ele que me aguarde.
— Você só pode estar com inveja que nunca conseguiu superar seu amor adolescente — alfineto, e no instante seguinte vejo seu rosto mudar.
Era só falar no seu amor de adolescência que ele perdia qualquer palavra ou argumento.
Mas antes que ele fale qualquer coisa, minha mãe nos interrompe.
— Meninos! Já chega — ficamos quietos na hora.
Minha mãe em toda sua elegância, no auge dos 55 anos, nenhum fio dos cabelos loiros fora do lugar, e mesmo depois de todos os seus filhos criados, exercia uma autoridade que ninguém questionava.
Até meu pai tinha medo dela às vezes.
— Me pergunto quando eles vão amadurecer mãe — Leonardo fala pela primeira vez.
Éramos muito parecidos em aparência, cabelos loiros escuros, olhos verdes, mas parava ai, nossas personalidades eram totalmente diferentes, somente Vincent que tinha o cabelo mais para o castanho.
Leonardo, de nós três com certeza é o mais sério, o irmão do meio, e com certeza o equilíbrio entre eu e Vincent. Apesar de todas as brigas que tínhamos, nós somos unidos, muito, mexeu com um, mexeu com todos.

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Paraíso Perfeito
RomanceQuem não gosta de um clichê? Ellie Miller tem certeza que não nasceu para a felicidade que o amor nós faz sentir, mas luta a cada dia para se livrar das dores que o que chamava de amor deixou, e buscar o mínimo de felicidade. Dan Mancini achava qu...