Onze

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Dan Mancini

Cara!

Inferno de mulher linda.

Não existia palavra no mundo para descrever a beleza dessa mulher. Ela já era linda, mas hoje, ela está.......

Espetacular!

E o sorriso? O sorriso me matava! Aqueles lábios com batom vermelho, estavam me deixando louco.

Acho que nem vou conseguir dirigir, nem andar, porque ela se encontra parada na minha frente e eu devo estar encarando ela como um maníaco.

Talvez o delicioso perfume dela tenha me embriagado, o cabelo preso com alguns fios soltos tenham destacado seu pescoço que estava convidativo, ou o vestido que caia perfeitamente em seu corpo, ou ela.

Simplesmente ela, e tudo nela me encantavam.

Merda, será se isso era interesse reprimido?

Eu não queria ir de cara investir, ela não parecia o tipo de mulher que já queria dormir no primeiro instante, ou que ia cair no meu papo com palavras sujas com ela, ela tinha um jeito doce, que ia com calma.

E se para ter ela eu precisasse ir com calma, eu iria com toda calma do mundo.

Ainda mais porque existia uma certa curiosidade, os olhos dela, eles escondiam algo. E eu queria descobrir.

— Está tudo bem? — escuto sua voz perguntar. Sai do meu mundo particular.

— Cazzo! — Vejo a dúvida em seu rosto.— Você está linda! Maravilhosa na verdade.

Quantas oportunidades eu teria de falar falaria.

— Meus Deus, você me deixou sem graça.— ela ri e vejo seu rosto ficando vermelho.

E ela ficava mais linda a cada segundo, se isso era possível.

E seu sorriso, ah seu eu pudesse seria o causador dele.

De todos eles daqui para frente.

Bem, como não sou, me resta tentar.

— Não estou mentindo.— falo sorrindo para ela, e abri a porta do passageiro.— Por favor, entre.

E ela entra, quando passa por mim, me embriago novamente com seu perfume, deveria ter um lei que proibisse perfumes assim.

Dou a volta e entro no carro, mas ainda não ligo.

— E muito obrigado mesmo por me acompanhar Ellie.— falo a olhando nos olhos.

Eu queria me perder nessa imensidão.

— E eu agradeço pelo convite, nunca fui a um concerto. -- fala e eu queria levá-la a todos os lugares que nunca foi.

Me estiquei para pegar os ingressos na gaveta do passageiro e sem querer derrubo um disco no seu pé.

Ela solta um gemido.

E eu pedi ajuda aos céus, porque eu com certeza imaginei outra coisa que me faria ser expulso do paraíso no primeiro minuto.

— Me desculpe.— minha voz sai rouca, muito rouca.

— Tudo bem.— ela fala, e por um momento sua voz também sai, e ela está vermelha.

Ela percebeu.

E eu não sei se fico feliz ou triste.

O silêncio reina no carro enquanto eu dirigia pelas ruas em direção ao Teatro de Nova York. Pequenas gostas de chuva caiam, então começou a engrossar, e eu percebi que Ellie começou a ficar mais agitada.

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