cap.12

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Rhysand

Acordei sobressaltado.

Meu peito subia e descia.

Estava transpirando muito.

Respiração entre-cortada.

Senti mãos segurarem meu rosto.

- Rhys??  Sou eu, selene!

Olhei para minha frente.

Uma pequena sombra em pé com um pijama rosa, ursinho na mão e cabelos bagunçados.

Selene.
Minha Selene.

A abracei.

E a apertei forte para que nem mesmo os seres mais poderosos tirassem minha filha de meus braços.

Solucei em seu ombro.

- foi um sonho.- ela sussurrava.- apenas um sonho.

Sonho.
Sonho.
Sonho.
Sonho.

- eu tô aqui.- sussurrou.

Olhei para seu rostinho lindo e o toquei, fazendo carinho em suas bochechas.

Meu peito aqueceu com rapidez quando a criança em minha frente colocou uma mão sobre a minha, que desapareceu na diferença entre nossos tamanhos quando eu a segurei de volta.

Ela me puxou pra me sentar em sua cama, me empurrou para me deitar e sentou na poltrona.
Sentei na cama.
Ela fazia carinho em minha mão.

- o que está fazendo, meu amor?
- cuidando de você.

Sorri.

- Eu quem deveria cuidar de você, mocinha.
- Mas é você que está dodói, então vou cuidar de você.

Ri.

- agradeço muito pela preocupação, mas não estou dodói, princesa. Eu só... Tive um pesadelo.

Ela se levantou e tirou o colar que eu havia lhe dado, colocando-o na minha mão.

- Está com medo. O colar é para você ganhar coragem. O medo de perder tira a vontade de ganhar.

Beijei sua bochecha.

E sequer percebi quando comecei a chorar.

Ela me abraçou.

Ah, minha pequena... Como não temer se tenho uma coisinha tão preciosa comigo?

Beijei todo o seu rostinho.

De todas as aventuras que eu já vivi, ser pai é a mais bonita, temerosa e inspiradora.

Ela me deitou novamente na cama e me enrolou, passando as mãozinhas pelos meus cabelos.

Beijei suas mãos pequeninas.

- Boa noite.
- Você é um anjo, minha estrelinha.

Fechei os olhos por um tempo e fingi dormi até que selene dormisse ( já que eu não a deixaria dormir na poltrona enquanto durmia na cama.)

A segurei em meus braços e aninhei em meu peito, a mimando enquanto andava, como se fosse um nenê.

A porta se abriu, feyre apareceu e nos olhou com carinho.

- Achou algo?- perguntei.
- até agora nada.

Expirei.

- sabe que ela não é mais um bebê para colocá-la assim para dormir, não é?- feyre provocou, sorrindo de lado.

- como não é um bebê? Olhe só para ela! É um nenê. Olhe essas mãozinhas!

Rimos.
A coloquei na cama e fiz carinho por seu rosto.
E assim, passamos a noite.

A princesa da noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora