017 - O braço da Isa é um canhão!

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*POV ISABELLY*

Ok, aquilo doeu 'pra caralho. Vida que segue. Se cada vez que uma desgraça acontecer na minha vida eu chorar, acaba a sede do mundo.

Já estava de dia, julguei ser quase meio-dia. A luz daquele cômodo abafado, com mal cheiro e minúsculo acendeu. Estava em pé do lado do telefone, preparada para atacar como Robin me ensinou, mas quando a porta é totalmente aberta não tenho a visão de Grabber e sim de um homem desconhecido.

-Nem fudendo! Eu sabia que ele escondia algo aqui em baixo, Santa Maria mãe de Deus. - Esse cara não era nada parecido com o Sequestrador. Tinha cabelos e olhos pretos, usava calça jeans, uma blusa básica azul e um suéter meio estranho como agasalho. A única coisa que me veio na cabeça foi pedir por ajuda.

-Por favor, ajuda. Você pode ligar para o meu pai? Ligar para minha irmã? - Dava a ouvir por meu tom de voz que eu estava desesperada.

-Não se preocupe, ele não está aqui. Ele foi trabalhar. Eu sou o Max, cara. Fica calma, fica calma. Por isso ele estava surtando hoje de manhã... Hey, você quer saber a história de como eu achei você? - Na última frase, a porta começou a se abrir lentamente. Não era o Max.

-Ah não, não, não, não, não.

-Não se preocupa, podemos falar disso depo- Antes que ele terminasse de falar, sua cabeça é esmagada por um machado. Eu quase vomitei. O Sequestrador tirou a ferramenta dali e o corpo caiu no chão, jorrando sangue por todo lado. Grabber começou a descer os degraus finais devagar. Havia raiva em seu olhar. Conforme ele se aproximava, eu me afastava.

-Olha o que você me fez fazer.  Você me fez matar meu irmão. - Seus dentes rangiam a cada palavra.

-Não, não fui eu. - Intercalava os olhares para ele e para o corpo. Ainda estava em choque pelo o que aconteceu segundos atrás.

-Ele era um idiota, - Faz uma pausa para olhar o corpo de seu suposto irmão. - mas era o meu idiota. Sansão! - Um cachorro preto, bem grande e aparentemente perigoso desceu as escadas, Grabber acorrentou ele em um local perto da porta para que eu não consiga sair caso tentasse. Lentamente ele pega o machado. Eu sabia o que iria acontecer. - Eu vou te matar sua filha da puta!

Ele ergueu os braços para me dar uma machadada mas eu corri para o lado, fazendo que ele acerte no colchão e não em mim. Continuou me seguindo mas pulei o tapete que buraco - que tinha a grade da janelinha dentro - que fiz no chão por conta do que Bruce me falou, mas ele não sabia que buraco nenhum né? O mesmo caiu e suspeitei que tinha quebrado o pé por conta do barulho que fez.
Isso não o fez parar, continuou tentando me bater mas logo fiz o que Arellano me ensinou. Levantei o telefone, dei um passo rápido para trás, um para frente, um para trás e acertei! Fiz isso diversas vezes até ele sangrar por todos os buracos. O telefone tocou. Como? Eu não sei. Fui até a parede onde ele ficava, atendi e eu já sabia que a ligação não era para mim.

-Acho que essa é para você. - Coloco o telefone na orelha dele e por mais que estivesse a alguns centímetros de distância, conseguia ouvir perfeitamente o que ele diziam.

-Bem vindo ao fim do pesadelo da sua vidinha patética. -A voz de Billy ecoou o porão. O namoradinho da minha irmã.

-Você não tem muito tempo. - Era Griff. Primo de Billy e um colega da escola.

-Hoje é o dia filho da mãe. - Vance Hopper. Não sei como ele não matou Grabber, sinceramente.

-Eu não posso te matar, hijo de puta (filho da puta), então Belly vai fazer isso para mim. - Robin Arellano. Inconfundível. Enquanto ele falava, eu coloquei a corda do telefone em volta do pescoço daquele merda.

I WANNA BE YOURS || Robin Arellano 💘Onde histórias criam vida. Descubra agora