003 - Promesa de pañuelo.

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*POV ISABELLY*

A van só passou reto então eu entrei dentro de casa.

-Oi Belly! - Gwen diz.

-Oi mi amor(meu amor).

-Como foi lá com o Robin? - Eu sei muito bem onde ela quer chegar, mas mesmo assim contei tudo o que aconteceu.

-Ele é tonto ou se finge? - Fala meio irritada. Gwen se preocupa muito comigo, admiro isso nela.

-Kkkk sei lá, vou dar oi pro Finn e aí a gente joga algum jogo!

Vou até a cozinha e vejo meu pai batendo no meu irmão e ele chorando aos prantos.

-Fala isso de novo, seu merdinha! - Aquele monstro do meu pai diz.

-Desculpa pai! - Finn diz chorando muito, quase gritando de dor, eu acho.

-PARA CARALHO. - Eu não posso só ficar ali olhando.

-Ou o que? HEIN? OU O QUE, ISABELLY? - As vezes eu queria que ele tivesse morrido no lugar da mamãe.

-OLHA PRA VOCÊ MESMO! BEBADO, GRITANDO, BATENDO NO PRÓPRIO FILHO. VOCÊ É DOENTE. SAI DE PERTO DELE SEU ESTUPIDO DO CACETE. - Falo gritando e muito, muito confiante.

Ele parou, parece que está pensando, não me importo, só peguei Finn e Gwen e os levei ao meu quarto. Ambos choravam, eu sou a irmã mais velha, preciso fazer meu papel.

-Ei... vai ficar tudo bem! - Não vai ficar tudo bem.

-Não, não vai. - Meu irmão diz, agora mais calmo.

-Maninha, eu não quero mais ficar aqui. - Ninguém iria querer, Gwen.

-Eu tenho uma ideia, mas acho que a Isa não vai gostar... - Fala Finn fitando o chão.

-Eu aceito tudo no momento, portanto que não fiquemos aqui.

-Podemos ficar uns dias na casa do Robin, eu contei sobre o papai pra ele... - Não gostei mesmo da ideia, mas era a única opção.

-Tudo bem, peguem umas roupas e tals. Saímos em 30 minutos. - Ffalo autoritária e eles obedecem.

Depois de fazermos as malas pulamos a janela do meu quarto que dá para a frente da casa e seguimos para a residência de Arellano.
Eu estava bem insegura, eu já fui na casa dele a algumas horas atrás e agora vou ficar lá por uns dias.

-Eu falei com ele por telefone, está tudo bem. - Parece que Finn leu meus pensamentos. Ele me abraça e momentos depois Gwen se junta.

Chegamos e Gwen bateu na porta.

-Oi, gente. Podem entrar. - Ele parecia magoado com alguma coisa.

Eu não sabia o que fazer, estava muito envergonhada.

-Vou dar uma volta na rua. - Avisei e sai dali.

Meus pensamentos não paravam por um segundo sequer de trabalhar na ideia que talvez Robin, algum dia, bem distante sentiu algo por mim. Ele era um anjo comigo antes dela chegar.

-Hola, ¿puedo quedarme aquí también? (Oi, posso ficar aqui também?) - Sai do transe só quando ouvi sua voz.

-Si digo que no, no te irás de todos modos (Se eu falar não, você não irá de qualquer maneira) - Digo e ele só da uma risada nasal.

Ficamos andando em silêncio até eu quebrá-lo com uma pergunta que sempre quis saber a resposta.

-Você sente falta?

-Do que?

-De nós. - Falo e ele começa a olhar o chão. Ele sabe o que fez.

-Não sei.

I WANNA BE YOURS || Robin Arellano 💘Onde histórias criam vida. Descubra agora