1 - Tentativa.

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O garoto, menino de aparência ocidental, cabelos castanhos e olhos verdes, altura mediana, caminhava pelos portões de entrada da U.A., ele estava ansioso e preocupado com o que poderia acontece nesse dia. Essa ocasião poderia definir o futuro dele em mais de uma forma e com mais de um resultado, uma reunião de eventos aconteceriam e o levariam para frente. Ele tinha confiança em si, mas, ao mesmo tempo, temia que elas fossem infundadas. Admitiria se o perguntassem, o jovem não sabia exatamente o que iria enfrentar e nem como lidar com o que viria, claro, sua "individualidade" ajudaria por ser extremamente versátil, mas e se não fosse o bastante?

Apesar de tudo isso, ele havia chegado atrasado por menos de dez minutos, mas, não sabia o quão estrita aquela escola realmente seria, ele temia que talvez não o deixassem entrar agora, que tivesse perdido a única chance que tinha.


- Ah cara...- O garoto pensou enquanto andava e procurava pelos corredores. - Eu devia ter saído mais cedo...- reclamou. - Porcaria de relógio que não mostra a hora..- cochichou para si enquanto olhava para o estranho relógio que adornava seu pulso. Era um aparelho extravagante, muito mais largo do que qualquer outro relógio, era quase como se fosse um bracelete, e, além disso, aquele apetrecho também não tinha um mostrador de horário ou nada parecido, ele possuía um disco que, na parte de fora, era enfeitado com detalhes verdes, semelhantes a rebites, enquanto a parte de dentro parecia ter um símbolo estranho, uma ampulheta verde apresentava-se entre dois triângulos cinza com grossas bordas pretas que separavam o dito cinza daquele tom de verde da ampulheta. O corpo do relógio era composto de dois tons de cinza, um deles era igual ao cinza dentro dos triângulos no disco, enquanto o outro era um cinza mais escuro, que era mais presente na construção do dispositivo.

O rapaz acelerou o passo, precisava encontrar a sala onde a reunião palestrada estava acontecendo. Era perceptível que ele estava atrasado, tanto nos corredores, quanto no saguão, não haviam nenhum outro adolescente que ainda estava procurando o local.


Por volta de 5 minutos depois, o garoto finalmente encontrou a sala onde a palestra estava acontecendo. Ele se esgueirou entre as fileiras de cadeiras tentando não atrapalhar os outros contestantes, apesar de já estar fazendo isso só de ter chegado atrasado. O rapaz não sabia dizer se era sortudo ou azarado, já que ele havia chegado na hora certa para ver outro menino, de cabelo azul, gritando no meio da palestra, reclamando sobre alguma coisa em relação a robôs.


Após a palestra, o próximo evento era o exame escrito. O menino não estava muito confiante, mas também não estava preocupado, ele acreditava que se tirasse uma nota decente no teste escrito e fosse excepcional no exame prático, ele seria aceito. Apesar de não ter total certeza sobre isso. Se lhe perguntassem, ele diria que não achou o teste escrito difícil, mas sim, desencorajador? Apesar que, ele também não sabia se teria ido bem.



Após o exame escrito, os participantes do Teste de Entrada da U.A. foram encaminhados para ônibus escolares que os levariam para cidades falsas, onde o exame prático seria realizado. Os ônibus e os participantes que os usariam eram divididos por letras, então, os participantes no grupo "X", teriam que pegar o ônibus de mesma letra para a cidade "X". O rapaz, assim como vários outros, estava no Grupo A.

A instalação das cidades falsas era um tanto quanto distante da própria escola, talvez para evitar que qualquer dano saísse de lá e afetasse a infraestrutura da escola e da cidade verdadeira. Devido à distância, cada ônibus estava levando algo entre quinze a vinte minutos para chegar na sua cidade designada.

Quando chegaram nas cidades falsas, era quase que unanime, a grande maioria dos participantes estavam impressionados com o tamanho que aquelas cidades falsas possuíam, elas eram comparáveis a vários bairros juntos. Além das estruturas principais, os edifícios, ruas, postes e entre outros, aquelas cidades falsas também contavam com uma enorme muralha ao seu redor, tão alta que ultrapassava até mesmo a altura dos prédios falsos. Essa muralha era adornada por duas altas torres que ficavam ao lado do enorme portão de entrada.


Todos eles esperavam por algo, uma mensagem, um aviso, até que, inesperadamente. - Vão! Não tem contagem na vida real!- Uma voz feminina, relativamente grossa, gritou do alto de uma das torres que ficava ao lado do portão.


O rapaz foi pego de surpresa, e para piorar, ele foi empurrado pelos outros contestantes. Quando ele finalmente ficou sozinho de novo, percebeu que ainda estava para fora da cidade falsa. O garoto finalmente decidiu correr para dentro do teste prático.


- Eu devo ter uns 10 minutos..- pensou enquanto começava a mexer em seu estranho relógio, correndo pelas ruas da cidade falsa. - Isso deve ser mais do que tempo o bastante...- continuou. Ele girava o disco e passava por algumas silhuetas bizarras que apareciam no dispositivo. - Meus inimigos são robôs? Então, é trabalho pro Ultra-T!- gritou, batendo no relógio.

Um forte flash de luz verde emanou do corpo do rapaz, e então, no seu lugar, uma nova figura estava de pé, olhando para as próprias mãos. - Ah, cara..- resmungou. - Eu queria o Ultra-T, não o Chama..- reclamou, decepcionado. A nova figura era alta, provavelmente com um metro e noventa de altura. Seu rosto era estranho, parecia uma máscara colocada em cima das chamas que erupcionavam de seu pescoço, nenhuma outra parte de sua cabeça era visível em meio ao fogo. O seu corpo parecia forte, formado por pedras marrons avermelhadas que eram separadas por sulcos que haviam entre si, esses sulcos pareciam fluir com um magma. Ele possuía antebraços grandes, desproporcionalmente grandes em relação ao corpo. Suas pernas partilhavam do padrão de pedras e magma, mas, da metade da canela para baixo, tornavam-se inteiramente compostas por um fogo sólido. Em meio ao peito dessa nova forma de fogo, um emblema se localizava. Era uma estrutura circular, ela possuía um símbolo de uma ampulheta branca, que, aos lados esquerdo e direito, se encontrava com dois triângulos de grossas bordas pretas e interior cinza.


Ele continuou correndo, procurando pelos vilões falsos, era possível que ele estivesse em desespero para encontrá-los, já que ele não havia conseguido a forma desejada, e talvez estivesse em uma maior desvantagem em relação ao sistema do exame.

Não só ele, mas, vários outros participantes pareciam estar confusos e desesperados para encontrar os vilões, entretanto, estranhamente, não parecia que eles estavam na cidade falsa. Os outros participantes olharam com confusão para "Chama", como ele havia se chamado antes. Era uma reação óbvia, ele agora estava basicamente irreconhecível. Você teria que ser muito atento para reconhecê-lo assim.

Boku no Hero Academia: Omnitrix.Onde histórias criam vida. Descubra agora