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 Ben se sentou à mesa pouco após entrar no trailer de seu avô. Aquele velho veículo balançava de forma suave mas irregular, a suspensão quase decrépita estava de pouco em pouco cedendo ao tempo. O fraco chiado das rodas passando pelo asfalto logo foi quebrado. 

 — Então, campeão, como foi o dia? — Max perguntou, sua voz era tão amigável e carinhosa quanto sempre.

 — Foi legal, — Ben respondeu, finalmente tirando sua mochila das costas. — fizemos um atividade maneira. 

 — E o que foi? — Gwen perguntou enquanto estava deitada em uma das camas de dentro do trailer.

  — Era uma atividade em dupla, — o rapaz começou a responder, olhando pra cima enquanto tentava lembrar de tudo.  — ai uma dupla de heróis enfrentava uma dupla de vilões, e tinham umas coisas que cada lado tinha que fazer pra conseguir ganhar.

  — E você ganhou? — Max perguntou.

  — Não,  — retrucou, sua voz havia sido recheada por decepção. — minha dupla perdeu.

 — Ah, acontece, — Gwen respondeu. — não vai ficar pra baixo por causa disso.

 — Não dá pra vencer todas as vezes, — o avô afirmou. — as vezes nós perdemos, mas temos que seguir em frente mesmo assim, — continuou. — e as vezes, nós precisamos perder.

 — Por que eu precisaria perder?

 — Pra entender que nem sempre você vai vencer, aprender a lidar com isso é uma parte importante de viver. — o homem mais velho continuou. — E as vezes, perder pode te ensinar mais do que ganhar..

 — Acho que você tá certo, vovô.. — Apesar de ter concordado com seu avô, o rapaz apenas o fez para que a conversa acabasse já que no fundo, ele ainda não gostava do resultado do teste que o All Might havia passado, já que a derrota do seu time havia sido sua culpa.

 Daquele momento em diante, a curta viagem de volta para casa havia sido silenciosa, poucos comentários foram feitos e nenhuma nova conversa havia se iniciado.  








 Milhões de quilômetros acima da superfície terrestre, uma gigantes nave flutuava no espaço ao redor da Terra, sua tecnologia avançada a mantinha escondida de radares humanos. A embarcação era de proporções gigantescas, maior do que qualquer estrutura humana. O poderoso veículo espacial era construído em um metal de cor marrom avermelhado, e, em sua estrutura, continuam-se ovoides laranjas adornados com pequenas porções pretas que se assimilavam a queimaduras nas partes alaranjadas. O veículo espacial orbitava a Terra, observando o mundo de um ângulo que poucas pessoas teriam acesso.

 Uma voz monstruosa ecoava dentro da embarcação espacial, sendo emitida de dentro de um grandíssimo cilindro metálico. A fala demandava ordens as quais deveriam ser seguidas. — Triangulem a posição das descargas mais recentes... — a grossa voz rouca pausou de forma inesperada e tossiu fortemente, parecia estar incapacitado, sua própria fala soava machucada. 

 — Afirmativo.— Um pequeno robô respondeu de forma monótona, sem expressar qualquer tipo de emoção, enquanto começava a mexer em um console de aparência biotecnológica. Os botões faziam sons húmidos ao serem pressionados, os sinais mandados apareceriam em telas que pareciam ter crescido nas paredes e que estavam presas por raízes grossas avermelhadas. 

 — Os níveis de energia indicam um padrão comum, — outro robô respondeu. — pequenas variações nos posições geográficas marcadas pela ativação indicam uma residência normal do usuário. 

 — Avaliem o lugar, determinem se os drones de combate seriam capazes de tomar o Omnitrix de volta.— A voz rouca respondeu.

 

Boku no Hero Academia: Omnitrix.Onde histórias criam vida. Descubra agora