16 - U.S.J. Parte 2.

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 — Shouji! — Iida falou. — Estão todos aqui? Você pode confirmar? — indagou preocupado. 

 — Estão espalhados, mas estão todos aqui. — Shouji confirmou ao transformar seus braços extras em olhos e orelhas complementares com capacidades sensoriais superiores aos seus olhos e orelhas comuns. 

 Um suspiro de alívio foi feito por todos os alunos que ainda estavam à entrada do U.S.J., saber que seus colegas estavam seguros, apesar da situação, era reconfortante. Agora eles teriam que se preocupar com a situação em frente deles. — Droga.. Ataques físicos não adiantam, e ele consegue distorcer as coisas... — Sero falou.

 A situação ainda era problemática e difícil de lidar, não teriam como atacar o oponente e nem como contatar a escola por causa do sinal bloqueado, a única opção seria se alguém fosse presencialmente alertar os outros professores. — Representante! — O Herói Espacial 13 exprimiu direcionando a Iida. — Vá até a escola e alerte os outros! Os alarmes não estão tocando e os telefones estão sem sinal, mesmo que o Eraserhead esteja anulando diversas individualidades sem parar, ele ainda não conseguiu encontrar quem está bloqueando os sinais, — continuou. — eles devem ter algum vilão causando interferência que se escondeu quando eles chegaram. Vai ser mais rápido você correr até lá do que nós procurarmos por esse vilão.

 — Mas, — Iida retrucou, parecia indignado com a ideia. — seria uma vergonha se o representante deixasse os outros para trá-

 — Vai pela saída de emergência! — Sato interrompeu, deixando claro que nem ele e nem seus colegas se importariam com a ação se ela fosse feita pelo melhor dos outros. — Vai acionar os alarmes se você for por ela, é por isso que eles tão só aqui dentro!

 — Se você sair, eles não vão te seguir! — Sero disse enquanto se punha em uma postura de batalha ao lado de Sato.

 — Use a sua individualidade para salvar os outros. — 13 falou enquanto Shoji também se colocava ao lado de seus colegas, pronto para lutar e impedir que o vilão atrapalhasse o plano.

 — Eu posso fazer que nem no refeitório! — Uraraka exprimiu, estava determinada a ajudar de qualquer forma possível. — Por favor, temos que fazer isso, Iida!

 Ao perceber que seus colegas não o veriam com vergonha ou desdém por efetivamente deixá-los para trás em nome de um bem maior, Iida tomou sua decisão, ele faria o que fosse necessário para poder ajudar todos e conseguir fazer com que os outros professores da U.A viessem ao resgate dos alunos e professores. Ele estava determinado e pronto para fazer isso, os motores internos de suas canelas começaram a funcionar e bradavam o som de combustão, e os exaustores se projetaram para fora de seu traje de herói.

 — Vocês são idiotas assim para gritarem seu plano para o inimigo!? — o portal maquiavélico gritou, claramente indignado e incrédulo com a escolha que seus adversários haviam feito. Mais uma vez, ele se desfez em vários sombrios tentáculos nevoentos em uma nova tentativa de separar e distanciar os alunos e professor da entrada da U.S.J. ainda mais.


 — Falamos por não importar se você ouviu ou não! — 13 gritou em resposta enquanto apontava seu dedo com o compartimento aberto para os ataques eminentes do vilão. — Buraco Negro! — o herói bradou enquanto inesperadamente, a pequena abertura começou a expressar um poderoso poder de sucção que anulou o ataque do vilão.






 Quando o nevoado portal enroxado finalmente sumiu, Ben sentiu as gotas de chuva e os ventos tempestuosos baterem em seu rosto, ele estava na Zona de Tempestade. As poucas fontes de luz, localizadas no teto da instalação de tempestade, eram refletidas de forma distorcida pela água no chão e nas gotas da chuva. O garoto olhou ao seu redor, estava em um beco entre dois edifícios, a chuva e ventos intensos haviam tirado a tinta das paredes externas das construções, revelando sua estrutura interna de tijolos avermelhados presos por camadas acinzentadas de cimento. — Eu tô sozinho.. — disse enquanto olhava ao seu redor e não via nenhum de seus colegas. As poças no chão ondulavam com as frequentes gotas de chuva e ondularam ainda mais quando foram pisadas por Ben.  O garoto do relógio esquisito andou pelo beco até sair e se encontrar com a calçada e rua, a água corria vividamente pelo asfalto, criando um som de corrente que complementava o barulho das gotas de chuva e criava uma estranha sensação. Sons molhados eram encobertos pela soada do temporal. — Ah, cara, eu nem tô de aquático agora e tô todo molhado... — reclamou.

 O som da chuva mascarava muito os barulhos ao redor de Ben, mascarava que estava lentamente sendo cercado por vários vilões que se escondiam entre os becos e esquinas das várias ruas falsas da zona de tempestade. Eram poucos vilões que cercavam o garoto do relógio esquisito, nada mais do que 6 criminosos de baixa relevância que apesar da clara superioridade numérica se mantinham cautelosos por não saberem o que o seu inimigo poderia fazer. Um primeiro movimento foi feito, o sons dos passos de um dos malfeitores era escondido na forte chuva, ao levantar de um braço e o apontar do dedo indicador, um disparo orgânico efetuado rapidamente e em um instante, uma infiltração lacerante rapidamente afetou o ombro do herói em treinamento.

 Ben gritou por dor e surpresa, rapidamente olhou para trás enquanto colocava sua mão direita sobre seu ombro esquerdo que agora sangrava. Seus olhos rapidamente se encontraram com o vilão com o dedo indicador ainda apontado para ele enquanto as bordas de sua visão ainda conseguiram ver mais vilões saindo de seus esconderijos nos becos e esquinas. Outro rápido disparo orgânico foi feito, mas dessa vez Ben foi capaz de desviar por pouco. O garoto, tendo que se preocupar com o ferimento e ter que se preparar para uma inevitável luta, rapidamente correu na direção oposta da qual seus inimigos vinham. Correndo desajeitado e desesperado pelas ruas encharcadas, o rapaz teve dificuldade de manter seu equilíbrio por ter que correr em uma situação tão inundada quanto a que ele se encontrava agora, além de não poder usar seus braços para balancear o movimento do corpo com as pernas. Ele conseguia escutar os vilões que também corriam atrás dele, Ben estava com medo. 

 O rapaz do relógio esquisito bruscamente parou e se virou aos vilões que o seguiam, apesar da dor aguda que ele estava sentindo, percebeu que seria inútil continuar correndo, eventualmente eles o alcançariam, Ben teve que mudar de estratégia. — Tá na hora de virar herói! — gritou enquanto encarava seus inimigos, a frase de efeito não teve o resultado desejado, já que os vilões só ficaram confusos. 

 Rapidamente, Ben ativou o seu relógio e sem nem mesmo olhar para o disco de seleção, ele apertou o disco de forma violenta, emitindo um poderoso flash de luz verde. No lugar do garoto, agora uma nova criatura estava de pé em quatro patas talhantes, com o corpo coberto em uma roupa colada de cor branca dividida em secções por grossas linhas pretas, uma cauda que se estendia e terminava em um poderoso e grande ferrão angulado e pontiagudo. Dois braços similares as patas mas que terminavam em pequenas mãos de três dedos que eram cobertas por pequenas luvas. Duas enormes asas em um tom verde claro semitransparente cresciam de suas costas, pequenas veias adornavam a aparência das grandes asas. Um rosto escuro adornado com quatro talos preênseis que estendiam-se pelos lados e terminavam em pequenos olhos laranjas. O emblema de ampulheta adornava o centro de sua cabeça.  — Ai sim! — a criatura emitiu. — O Insectóide tá no pedaço! — clamou animado. — Vocês tão ferroados agora! 

 


 


 

Boku no Hero Academia: Omnitrix.Onde histórias criam vida. Descubra agora