Capítulo 3

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POV PRISCILA

O jantar foi agradável, conversamos sobre pequenos acontecimentos diários, namoramos um pouquinho e aproveitamos a companhia uma da outra. Depois de tantas tormentas e idas e vindas é uma benção ficarmos envoltas por essa áurea de tranquilidade.

Carol: É sério? Eu não vi isso! - Franziu o cenho, antes de gargalhar, enquanto entravamos no elevador que nos levaria até nosso quarto.

- Ah, e você ainda ri? - Me fiz de brava.

Carol: Oh, meu amor, desculpe, mas sua cara está muito engraçada. - Mordeu a língua, travessa. - além Do mais, não creio que seja para tanto.

- Ele ficou olhando para as pernas da minha esposa na cara dura e você ainda acha que não é para tanto?! - Disse incrédula. Ela sorriu e se inclinou um pouco, até alcançar meus lábios. - Hum... - resmunguei.

Carol: Falou certo, da sua esposa. Isso não basta para que você desmanche esse bico gigante? - Envolvi-a pela cintura, sorrindo de canto.

- Basta, mas só por garantia vamos comprar vários vestidos soltos para você amanhã, de forma que só eu possa saber como é seu corpo por baixo de todo o pano. - Ela riu gostosamente, fazendo-me acompanhá-la.

Carol: Priscila... - Zangou-se, tentando fugir dos beijos que eu dava em seu pescoço enquanto ela, inutilmente, tentava acertar a chave na fechadura. - Eu não consigo abrir. - Disse frustrada. Sorri, colocando minha mão sobre a dela e destrancando a porta.

- Céus, passou um furação por aqui? - Passei os olhos pela cama. Sobre ela havia várias peças de roupa e um álbum aberto.

Carol: Talvez... - virou-se, após fechar a porta e me lançou um sorriso travesso, enquanto se encaminhava para o banheiro.

Aproximei-me da cama e sentei na ponta, coloquei minha cabeça para o lado e estreitei os olhos, tentando descobrir o que havia dentro do tal álbum. Um sorriso involuntário nasceu em meus lábios ao perceber do que se trava.

Folheei algumas páginas e estava tão distraída que só percebi a presença de Carolyna quanto ela envolveu os braços em meu pescoço.

- Você guardou todos... - segurei um bilhete na mão, sorrindo. Ela beijou-me os ombros, após confirmar.

Carol: Desde o primeiro bilhete que você me mandou... até o de hoje. Acho que pouco a pouco, cada um desses bilhetes, junto com as nossas recordações, formam a nossa história.

Puxei-a, até que ela caísse em meu colo.

- Eu amo você... - prendi seu olhar no meu. - ... muito.

POV CAROLYNA

Arrastei meus lábios preguiçosamente pelo queixo de Carol, meus olhos estavam parcialmente fechados e eu ainda conseguia sentir meu coração acelerado pela última vez em que fizemos amor.

Foi inevitável, após ela descobrir o álbum com os bilhetes, a paixão veio forte demais e antes que pudéssemos perceber nossas roupas foram jogadas em um canto qualquer do quarto.

Ergui um pouco o rosto, fitando os olhos de Priscila encarando-me com um brilho terno. Nossos lábios estavam a poucos centímetros de distância. Baixei o olhar para sua boca carnuda e calmamente juntei-a com a minha. Mordisquei-a levemente, antes de sorrir e cair exausta sobre seus seios.

- Está tudo tão perfeito que as vezes eu tenho a impressão que irei despertar e tudo não terá passado de um sonho.

Priscila riu baixinho e beijou meus cabelos.

Priscila: Está feliz? - Questionou-me.

- Como nunca em toda minha vida.

Priscila: Então eu te prometo que nunca irei te deixar acordar desse 'sonho'. - Sorri e fechei os olhos, fazendo um bico nos lábios e erguendo a cabeça na direção de Priscila. Prontamente ela entendeu e acatou meu pedido, dando-me diversos beijinhos.

O Intercâmbio - CAPRI - Edição EspecialOnde histórias criam vida. Descubra agora