POV CAROLYNA
- Ela já deveria ter voltado, não devia?! - Olhei o relógio e coloquei a ponta de minha unha nos lábios, mordendo-a, acusando meu nervosismo enquanto equilibrava o celular entre meu ombro e minha orelha.
Amanda: Acalme-se, menina! - Repreendeu-me, entretanto, ria. - Logo ela chagará, essas coisas demoram. Arthur - gritou, mas logo riu. - Tire essa chave da boca. - Gargalhei, encostando-me mais relaxada no sofá. - Céus, teu afilhado está terrível. Foi-se os dias em que ficava dormindo.
- Arthur, ele tem somente um mês, deixe de drama.
Amanda: Imagine quando entrar na adolescência. - Rimos. - Tenho que desligar, meu gordo está com fome.
- Qual dos gordos? - Ela riu.
Amanda: O único que está em casa no momento. - Respondeu-me, rindo. - Fique tranquila e me telefone quando Priscila chegar.
- Tudo bem. Dê um beijo em Arthur por mim.
O tempo seguiu passando, após encerrar meu telefonema com minha cunhada, mas nada de Priscila chegar. Para não enlouquecer com a ansiedade puxei uma escada para o que será a sala do computador - o único cômodo da casa inacabado - e me pus a pintar a parede.
- Oh, droga! - Rosnei, ao deixar mais um pouco de tinta pingar em meu macacão. Soltei o pincel e apertei o rabo de cavalo em minha cabeça, antes que meus cabelos também ficassem pintados. Então o som de algo estourando atrás de mim me fez gritar e me desequilibrar. Fechei os olhos, esperando o baque com o chão, porém isso não aconteceu, Priscila por um milagre conseguiu me segurar antes que eu caísse totalmente.
- Priscila, quer me matar?! - Tomei um susto, coloquei a mão sobre o coração antes de abrir os olhos para fitá-la, seu rosto estava corado pela evidente alegria, com uma mão ela me segurava enquanto na outra havia um champanhe aberta e derramando em seu braço. - Você conseguiu?
Priscila: Sim!!! O emprego é meu! - Disse animada, gritei novamente, dessa vez de felicidade e a abracei antes de unir seus lábios aos meus em um prolongado beijo.
Naquela noite comemoramos esse novo início, com direito a champanhe e um jantar especial, tendo a certeza que, aos poucos, estamos escrevendo nossa história. Ou simplesmente continuando de escrevê-la.
5 meses depois...
Os dias foram passando e aos poucos eu e Pri retornamos para nossas rotinas. Ela ocupada com o novo trabalho e eu engajada em minha próxima palestra com a ONG. Nossas cabeças estavam a milhão e não foram poucas as vezes que fomos buscar um pouco de paz e conforto uma na outra e talvez isso seja o mais mágico de nossa relação: Somos, sobre tudo, cúmplices.
De forma alguma nossa relação se baseia em sexo ou palavras curtas, dividimos absolutamente tudo uma com a outra, desde os casos engraçados de nosso dia até os problemas, por menor que sejam, que nos incomodaram. Há dias que simplesmente ficamos abraçadas em um canto qualquer na sala, com a televisão ligada em um filme que nenhuma das duas está prestando atenção e aquela certeza que aquelas horas que ficamos juntas são as melhores e mais esperadas do nosso dia.
Duas batidas na porta seguidas pela voz de Gabriel chamando meu nome me fizeram erguer a cabeça dos papéis que lia.
Gabriel: Chegou um novo paciente essa manhã, já te informaram?
- Oh, sim, fiquei sabendo, mas ainda não tive a oportunidade de conhece-lo. - Encostei-me na cadeira, exausta. - O dia hoje foi cheio.
Gabriel: Bom, irei deixar a ficha dele aqui, caso queira dar uma olhada?
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O Intercâmbio - CAPRI - Edição Especial
Fiksi Penggemar"Eu te amo agora, depois, amanhã, mais tarde, daqui a pouco, daqui a uma hora, eu te amo mais que ontem, hoje te amo menos que amanhã. Eu te amo quando grita comigo, te amo mesmo quando diz que não me ama. Eu te amo até te odiando. Eu te amo quando...