Capítulo 2

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POV PRISCILA

Fitei Carolyna pelo canto do olho quando nos aproximamos do luxuoso Kempinski Nile Hotel. Ela piscou seguidas vezes e praticamente grudou a cara no vidro para enxergar melhor, arrancando-me uma gargalhada.

Carol: Priscila, nós iremos ficar aqui? - Mordeu os lábios, quando paramos em frente as portas do hotel.

- Pelo que Bia disse, sim, exatamente aqui. - Abri a porta, saindo do carro, com uma Carol em transe.

Carol: Esse hotel é.... quero dizer... olhe isso. - Indicou, seus olhos brilhavam e ela mal podia conter o contentamento na voz.

Um atendente veio pegar nossas malas e nos encaminhou até a recepção. Minha esposa vinha atrás, fissurada em cada canto do local, enquanto eu fazia o check in. Peguei as chaves e sorri para Carol, que ainda passava os olhos curiosos pelo local. Subimos até o andar indicado, assim que abri a porta, peguei ela nos braços, fazendo gritar, com a surpresa.

- Não é assim que os recém casados entram nos quartos? - Sorri, selando os lábios, ela envolveu os braços em meu pescoço e jogou a cabeça para trás, gargalhando, até notar a presença silenciosa de Joseph, que carregava a bagagem e também sorria com a cena, fazendo-a ficar envergonhada e esconder o rosto em meu pescoço. - Enfim, sós. - Soltei-a delicadamente sobre a aconchegante cama, quando escutei a porta ser fechada. - Como se sente, senhora Borges Caliari? - Brinquei.

Carol: Feliz. - Respondeu-me e seus olhos mostravam exatamente isso. Ainda estava sorrindo quando rocei os lábios contra os dela, sentindo o tão conhecido sabor doce brincar com meus sentidos.

- Eu te amo. - Sussurrei e eu sabia que essas três palavras demonstravam tudo.

POV CAROLYNA

Perceptivelmente estamos envoltas por uma áurea especial, cada toque, por menor que fosse cada toque, tornava-se único. Talvez seja o fato de ser nossa primeira vez depois de casadas ou pelo ambiente distinto do que estamos acostumadas. Sei lá. E também, pouco importa, eu só estava ciente de que os lábios macios de Priscila percorriam, preguiçosamente, toda a extensão do meu pescoço, arrancando-me baixos gemidos de aprovação, enquanto meus dedos agarravam-se aos escuros fios de seus cabelos. Com a ponta da língua, ela iniciou a tortura, distribuindo delicados beijos por essa parte de minha pele já sensível pela ação de sua boca. Suponho que ela não está com nenhuma pressa, uma vez que seus carinhos são leves e lentos. Como para provar minha "teoria" ela sugou demoradamente uma pequena parte do lado esquerdo de meu pescoço, e, ainda que as caricias sejam extremamente gostosas, comecei a ficar impaciente, querendo tocá-la mais intimamente e senti-la sem a barreira que as roupas impunham.

- Priscila... – choraminguei, fazendo-a rir contra minha pele. Cretina, ela sabe que está me deixando louca. E aparentemente gosta disso.

Priscila: Sim, meu amor? – Sua voz rouca, carregada de diversão soou não mais alta que um suspiro.

- Você sabe que isso terá volta, não sabe?! – Ela riu um pouco mais alto e ergueu a cabeça, fitando-me nos olhos.

Priscila: Tem alguma noção do quanto eu amo ver suas reações aos meus toques? – Questionou, roçando os lábios nos meus, o que me fez automaticamente fechar os olhos.

- Hum... – murmurei, sendo incapaz de dar uma resposta coerente. E ao que parece ela não esperava por uma, porque logo em seguida senti sua língua penetrar em minha boca e seus lábios moverem-se calmamente.

Isso não durou muito tempo, logo a necessidade de ficar mais perto explodiu em nós duas, sua mão pressionou minha coxa, flexionando minha perna até deixá-la em volta de sua cintura, nossos lábios se devoravam com ardor, separando-se por segundos, tempo para que puxássemos o ar e então conseguíssemos mais fôlego para retomar o beijo. Nenhuma das duas estava disposta a quebrar esse contato.

O Intercâmbio - CAPRI - Edição EspecialOnde histórias criam vida. Descubra agora