POV PRISCILA
Fechei os olhos e senti o cansaço de uma sexta-feira agitada. Da cama consegui ouvir Carol movendo-se pelo banheiro, da última vez que chequei estava tirando a maquiagem que colocou para irmos na festa. O silêncio é extremamente gostoso, se levar em conta o nível de dor de cabeça que as conversas altas e risadas exageradas me causaram. Foi o paraíso chegar em casa.
Chutei as cobertas para longe de meu corpo, amaldiçoando o calor intenso da noite. Estava quase pegando no sono quando senti a cama afundar levemente, seus lábios quentes e macios encostarem em minha barriga, deixando um rastro úmido de beijos até meu pescoço. Abri os olhos e me choquei com os brilhantes de Carolyna. Ela sorria, enquanto inclinava a cabeça para baixo, roçando sua boca contra a minha, antes de morder delicadamente meu lábio inferior. Meia grogue de sono, levei um tempo para notar que ela estava sobre mim. Sorri com a constatação e afaguei os cabelos. Ela encostou a cabeça em meu pescoço e ficou quietinha, subindo e descendo o nariz pela região.
- Posso saber o que foi tudo isso? - Perguntei, ainda afagando os cabelos.
Carol: Somente não resistir aos teus encantos. - Ri baixinho, ela ergueu a cabeça, dando um beijinho em meu queixo. - Você estava tão linda quando eu entrei aqui que não aguentei.
- Você não existe, Carolyna. - Gargalhei, passando minha outra mão em volta de seu corpo, puxando-a para mais perto e abraçando-a junto a mim. Ela sorriu, visivelmente feliz e correspondeu ao abraço, ainda com o rosto enterrado em meu pescoço.
Carol: Não ria! - Ralhou. - Não tenho culpa se não consigo manter minhas mãos longe de você por muito tempo. - Disse com uma falsa frustração.
- Que coincidência! O mesmo ocorre comigo em relação a você. - Sorrimos, cúmplices, e ficamos em silêncio até o sono chegar, somente sentindo uma a outra.
Como estava previsto sábado amanheceu quente e ensolarado, logo cedo Amanda ligou nos convidando para ir caminhar no parque e aproveitar o dia, convite esse que prontamente aceitamos. Sentei na grama com Bia, enquanto Carol e minha irmã corriam de um lado para o outro com Arthur.
Bia: Como a vida é engraçada... - comentou, fazendo-me piscar algumas vezes e tirar os olhos da brincadeira de meu sobrinho com as mulheres. - .... Há uns anos atrás eu nunca imaginaria isso. Nós estamos casados. - Nesse momento estava passando uma senhora que nos olhou de forma carinhosa e sorrindo. Rolei os olhos e dei um tapa na cabeça de Bia.
- Escolha direito tuas palavras, meu rainha. - Brinquei, fazendo-o rir.
Bia: Essa gente não tem nada que ouvir conversa alheia. Qualquer coisa nós somos casadas mesmo. - Deu de ombros.
- Sabe, você eu imaginei casada. - Olhei de relance. - Desde que começou a sair com minha irmã ficou irritantemente responsável e madura. - Ela sorriu.
Bia: Ah! Agora vai me dizer que era melhor a vida que você levava antigamente? - Cruzou os braços. - Às vezes um pouco de maturidade não faz mal a ninguém.
- Hoje eu sei o que estava perdendo. - Sorri, esticando as pernas e cruzando-as na altura dos tornozelos.
Carol: Pensa rápido! - Sua voz soou de algum lado.
Quando olhei para a frente, procurando-a, somente vi seus cabelos castanhos refletir no ar e minhas costas encostarem na grama quando seu peso me derrubou. Ela ria, como uma criança, uma gargalhada alta e gostosa, por alguns segundos tive a sensação que o mundo todo havia parado para vê-la sorrir, porque ao menos ao meu redor não havia mais nada. Seus braços estavam presos em meu pescoço e sua cabeça estava jogada para trás, o sol brilhava em sua pele, deixando-a mais encantadora que nunca.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Intercâmbio - CAPRI - Edição Especial
Fiksi Penggemar"Eu te amo agora, depois, amanhã, mais tarde, daqui a pouco, daqui a uma hora, eu te amo mais que ontem, hoje te amo menos que amanhã. Eu te amo quando grita comigo, te amo mesmo quando diz que não me ama. Eu te amo até te odiando. Eu te amo quando...