⸻ 𝑨 permanência de Rhelysse na Corte - mesmo após o segundo casamento de sua mãe - não agradava a todos, principalmente à Rainha Consorte e seu primeiro filho, Aemond, que não escondiam o quanto a presença da filha mais velha de Rhaenyra os incomo...
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O sol nascia em Porto Real e eu abri os olhos ao sentir o calor da manhã tocar em minha pele, depois de voar por horas, Cyfer e eu paramos em uma campina onde tudo que eu enxergava era uma curta vegetação e pequenas flores coloridas. Cyfer rugiu ao perceber meu despertar e eu sorri em direção à ela.
Nossa história era engraçada. Por mais que seu ovo tenha sido colocado em meu berço e eclodido logo em meus primeiros anos de vida, Cyfer não foi fácil de domar. Mesmo nova ela era rebelde, temperamental e selvagem - fugindo algumas vezes para caçar por conta própria. Minha mãe dizia para eu tentar domar outro, escolher outro ovo de Syrax, porque eu sempre chorava quando não encontrava Cyfer ou quando ela tentava me atacar aleatoriamente. No entanto, eu nunca desisti dela, da minha melhor amiga, companheira e guardiã.
A ligação entre mim e ela era quase celestial. Uma parte de mim morreria se algo acontecesse a ela.
── Devemos voltar. ── levantei, batendo no vestido para tentar limpá-lo, o tecido que outrora era preto, agora se encontrava cinza.
Me espreguicei, lembrando que provavelmente eu teria problemas quando retornasse. Eu havia socado Aegon e fugido com Cyfer em um dia onde eu deveria ter arrumado um noivo.
── Nós teremos muitos problemas ── o valiriano fez a dragão soltar um ar quente do nariz, ela não queria voltar, ela não gostava de ficar presa.
Eu também não gostava, em meus sonhos selvagens eu simplesmente sumia voando, conheceria todas as Terras Livres, visitaria todos os lugares mais remotos, atravessaria o continente, conheceria pessoas diferentes, culturas. Era apenas um sonho, eu sabia de minhas responsabilidades, eu havia nascido para proteger um legado que a cada dia que passa parece mais ameaçado.
