⸻ 𝑨 permanência de Rhelysse na Corte - mesmo após o segundo casamento de sua mãe - não agradava a todos, principalmente à Rainha Consorte e seu primeiro filho, Aemond, que não escondiam o quanto a presença da filha mais velha de Rhaenyra os incomo...
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Cyfer rugiu quando alcançamos o céu, subindo por nuvens escuras e sentindo vento ricochetear a pele, fazendo minha trança mal feita se soltar. Deixei-a no controle, como havia sugerido que Aemond fizesse qualquer dia e era uma lástima pensar nele. Era uma lástima pensar em sua maneira egocêntrica de falar, em sua postura arrogante e em tudo sobre ele.
Fechei os olhos, confiando totalmente em Cyfer e levantei as mãos no ar, não havia nada melhor que aquela adrenalina e o coração batendo agitado quando eu voava. Em momentos como esse eu me sentia livre. Livre de qualquer tipo de responsabilidade, livre de meus fardos, livre, apenas livre.
── Continue, Cyfer! Siga em frente! ── dei ordens à ela pela primeira vez naquela noite em alto valiriano.
E ela seguiu e obedeceu, mas logo eu tive que segurar na sela e não por uma desobediência de Cyfer, mas o tamanho colossal de Vhagar acima de nós me fez entrar em alerta e olhar para cima, o rugido da mais velha era capaz de estremecer um castelo e ser ouvido há milhas de distância.
Cyfer não se assustou com isso e nem eu, o oposto disso, um sorriso regado de nostalgia apareceu no canto dos meus lábios. Aemond provavelmente não se lembrava, mas em uma madrugada quando escapamos para olhar os dragões no Fosso, eu havia dito a ele que algum dia estaríamos no céu juntos, nós dois e nossos dragões.
── Assustada, sobrinha? ── ele gritou usando o valiriano e rindo em seguida.
── Nunca!
Então ordenei para que Cyfer voasse mais rápido, mais alto e assim ela fez, deixando Vhagar para trás e entramos em uma divertida e quase perigosa corrida, tive que me segurar firme na sela, suportando os giros que meu dragão dava em pleno ar, mas eu não me importava, afinal, Cyfer parecia se divertir deixando Vhagar e Aemond para trás tanto quanto eu.
