– Eu decididamente não sei quem é mais tapado. Se é Voldemort ou Snape por propor uma coisa assim. Diretor Dumbledore, eu juro, quando escutei Severus afirmando aquelas asneiras todas na sala, se não me controlasse ia estourar numa gargalhada.
– Se tivesse caído na gargalhada, não estaria me importunando agora. – Snape retrucou.
– E quem ficou responsável por levar a mensagem para Lucio?- Alvo questionou, observando a troca de olhares entre Snape e Henry.
– Narcisa. Apesar de eu ter proposto esse plano, não seria louco de executá-lo.
– Bem, eu realmente torço para que eles coloquem Lucio na enfermaria. Vou ter um cuidado todo especial para com ele. – Henry exibiu um sorriso maldoso.
– O que está pensando em fazer, Henry? – apesar de ter se tornado um medi-bruxo, Henry Weasley parecia não ter esquecido que Lucio lhe roubara a namorada, durante o sétimo ano.
– Nada de mais, diretor... Só dar uma pequena amostra de como os trouxas costumavam tratar os seus loucos antigamente... Se bem que em alguns pontos do planeta, eu acho que ainda os tratam dessa maneira.
– Weasley, acho que o tempo não é para vinganças pessoais. O serviço da Ordem...
– Snape, cuide de seus alunos e deixe que do meu trabalho cuido eu. – Henry sorriu. – E depois eu não vou torturá-lo tanto, só vou dar alguns banhos gelados, algumas sessões de tratamento de choque...
– Henry, espero sinceramente que não esteja pensando em fazer isso com Lucio. – Alvo falou seriamente.
– Mas sonhar posso, certo? – ele riu, demonstrando que era uma brincadeira. – Pena que o Ministério esteja vigiando os tratamentos que usamos, senão aquela ameba ia ver o tratamento que ia levar! – Parecia o adolescente que vivia se metendo em confusões, mas que tinha um propósito na vida.
Haviam se passado dois dias desde a reunião na casa de Snape, e apesar de Severus já haver contado a Dumbledore o que acontecera, Henry fizera questão de voltar ao colégio de bruxos, para informar a Dumbledore qual seria a sua contribuição.
– Bem, contanto que você não se esqueça do seu papel Henry, e não cause uma morte desnecessária.
– Morte? Eu só estava pensando em humilhá-lo um pouquinho... Sério, diretor. Palavra de Weasley. – ele ergueu o dedo anelar e o indicador juntos, como se jurasse alguma coisa.
– Fica quieto, doninha! Se continuar a falar, eu não me responsabilizo pelos meus atos!- eles escutaram uma voz adolescente feminina irritada ecoando nos corredores. Henry escondeu-se atrás de uma tapeçaria antes que um casal, composto por Draco Malfoy e Samara Sanders, aparecesse.
– Oi, diretor! – ela deu um largo sorriso. – Já encontraram Harry e Hermione?
– Sanders, as regras da boa educação mandam cumprimentar as pessoas antes de qualquer coisa. – Snape passou a bronca, recebendo um olhar confuso dela.
– Mas diretor Snape, eu fiz isso! Ou não foi, Draco? Acaso eu disse, oi diretor Dumbledore? – Sem deixar o sonserino responder, ela continuou. – Mas se o professor Snape não quer que eu mencione o seu outro cargo aqui na nossa escola, eu prometo fazer isso! – A garota cruzou os dois braços, olhando para o chão, enquanto dava uma pequena risada.
Usava um vestido preto, curto, com alças e fivela prateada, com uma camiseta de mangas longas laranja, meias arrastão e botas coturno. Percebia-se uma corrente no pescoço, mas o pingente estava para dentro do vestido.
– Samara, você entendeu muito bem o que o professor Severus falou. – Alvo a recriminou.
Ela se fez de desentendida e balançou os ombros.
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Duas Mulheres
FanfictionSeverus Snape... Professor de Poções. Comensal da Morte. Espião. Um homem forte que guarda muitos mistérios... mistérios que duas jovens bruxas, em suas respectivas épocas, tentam desvendar... classificação - 13 anos