E lá estava o jovem William Denbrough, colocando seus tênis pra ajudar seu pai, novamente.
Fazia uma semana desde que o garoto leu a carta, desde então, não viu mais nada parecido, tudo tinha voltado ao normal, a triste vida onde tem que entregar contas que devem ser pagas na vida adulta, Bill achava aquilo deprimente.
─ Filho, hoje não tem muita coisa ─ Falava seu pai do lado de fora esperando o garoto já com as cartas separadas, reconheceu de longe o papel cor de céu nas mãos do mais velho.
─ Quero essa parte, nos vemos mais tarde ─ ele pega o monte onde viu a carta e sai correndo entregar as que tinham endereços.
E então, casa por casa, carta por carta, o garoto encheu as caixas de correio da vizinhança, e novamente aquela carta específica tinha ficado.
Mais uma vez, nada escrito no envelope, ele se senta na calçada e abre a carta tirando uma folha arrancada de um caderno, mais uma vez a caligrafia linda.
Sabe ninguém, tenho
certeza que você acha
que eu deveria sei lá,
Conhecer uma garota
de verdade pra dizer
que é minha namorada,
mas eu nunca gostei
de uma garota nem
pretendo começar agora,
mas minha mãe
continua no meu pé,
então ninguém, a partir de
hoje vc tem olhos
azuis e cabelo castanho,
sinto muito se originalmente
você era loira ou ruiva,
enfim, por hoje é sóAss. Namorado de ninguém.
Bill sorria lendo cada palavra, achava aquilo adorável, o jeito que quem estava por trás das cartas usava as letras e como tinha o descrito corretamente, chegou até a olhar em volta pra ter certeza que não estava sendo observando.
Ele vai correndo pra casa e pro seu quarto, colocando a carta junto da primeira, fecha a gaveta e se joga na cama pensando que talvez na próxima semana poderia se passar por ninguém mais uma vez..
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Com amor, Ninguém (Stenbrough)
Fiksi PenggemarWilliam Denbrough no auge dos seus 16 anos acorda todo dia mais cedo pra ajudar seu pai carteiro a entregar cartas, no início ele esperava a emoção de achar cartas de amor, mas tudo q ele vê todo dia são contas e boletos. Mas, numa manhã fria, o ga...