Com amor, Ninguém (Stenbrough)

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Bill desenhava durante a aula de biologia, se passaram duas semanas e mais nada, tentava com as poucas pistas que Stanley tinha o dado imaginar o garoto e o passar para a folha, mas não tinha muito de inspiração.

E mais uma folha de seu caderno era amassada e jogada no sexto de lixo enquanto farelos de lápis se juntavam no canto de sua mesa de tanto o Denbrough o apontar para rabiscar aquela folha de novo e de novo.

  Esboços e mais esboços cobrindo todos os cantos das folhas que o garoto usava, tudo por uma imagem, o mínimo que fosse, só pra ter como imaginar o outro , mesmo que não fosse nada parecido com o Stanley Uris original.

Sentia seu corpo quente, sua cabeça girando e seus pensamentos bagunçados, como aquele garoto o deixou tão observado apenas com seu nome, ele não sabia mais nada, o rosto, cabelo, corpo roupas, nada, ele não tinha nada para imaginar.

Respirou fundo e fechou seus olhos tentando se acalmar, só os abriu novamente com o sinal tocando e com o barulho de adolescentes idiotas correndo pra fora da sala. Esfregou os olhos, pegou suas coisas e saiu.

Andou pelos corredores em direção a saída, passou pela sala da diretora vendo um garoto sair da sala com sua mãe, parecia ter sua idade, usava roupas formais e tinha o cabelo penteado para o lado com gel que refletia as luzes da sala.

William desacelerou os passos olhando o garoto, tinha uma pele tão bem cuidada que qualquer um perceberia de longe, um rosto bonito com traços angelicais mas marcantes e um olhar que penetrava até sua alma, mas, só foi perceber isso quando viu o jovem o encarando de volta.

Bill piscou algumas vezes e continuou andando, já o outro, olhava suas costas o vendo se afastar, aquele era o ninguém que ele queria..