Alguém, algum dia disse; " Quando o amor realmente é forte, nenhum adeus é eterno".
Finn passou a odiar esta frase.
Ele estava sentado no sofá da casa dos Thompson's, segurando um copo d'água em suas mãos trêmulas e ansiosas. Seus olhos buscavam paz, mas encontravam mais dúvidas e incertezas.
Os olhos ansiosos de Finn passaram pela sala inteira, e pararam em um quadro com uma foto emoldurada na parede.
Era Amy.
Estava sentada na grama, com um lindo vestido vermelho, enquanto sorria.
Finn amava aquele sorriso, e não conseguiu conter as lágrimas quando se lembrou que nunca mais veria ele novamente.
— Está tudo bem, querido? — Sra. Thompson questionou, e Finn rapidamente enxugou sua lágrima. Ele sorriu.
— Está sim, estou ótimo. Apenas um pouco cansado.
— Acho melhor você ir para casa, filho.
— Tem certeza que posso ir embora?
— Claro. Eu ficarei bem, e você precisa descansar. — Ela abriu um sorriso fraco, e então ele se levantou, e deu um forte abraço na mulher. Ela saiu do cômodo, parecendo totalmente abatida.
Finn suspirou, e olhou para os lados. A casa estava cheia. Ele se espremeu pela multidão, até chegar no corredor principal da casa. O garoto olhou para a última porta do corredor, que era a que mais chamava sua atenção.
Ela implorava pela sua atenção.
Era a porta do quarto de Amy.
Finn deu longos passos até a porta, e quanto mais chegava perto, mais medo sentia.
Ele abriu a porta, vendo o quarto do mesmo jeito de sempre. Tudo em seu devido lugar.
O garoto andou lentamente pelo quarto, observando cada detalhe que dava vida ao cômodo. Ele se sentou na cama macia de Amy, e não conseguiu poupar suas lágrimas; Elas agora encharcavam o paletó preto de Finn.
Nunca passou pela sua cabeça entrar naquele lugar sem Amy. Por que ele iria querer entrar em um castelo sem sua rainha?
Na verdade, Finn ainda não entendia a sua teimosia ao entrar ali. Não sabia por que insistia tanto em sofrer com aquilo. Nunca esteve naquela situação antes, e não sabia como devia agir diante de seus sentimentos. Mas achava que ignorar eles não era o melhor a se fazer, e nem traria Amy de volta para seus braços.
Ele tentou ignorar os pensamentos que corroiam sua sanidade mental, e se sentou na escrivaninha de Amy. Observou a pequena foto dos dois juntos na Carolina do Norte. Ele sorriu. Era o lugar preferido de Amy. Ela estava linda, sorrindo enquanto o vento soprava seus cabelos na direção contrária. Finn suspirou.
Finn olhou por todos os cantos do quarto, até seu olhar parar na pequena gaveta do lado direito da escrivaninha. Estava trancada. Ele estreitou seus olhos, tentando se lembrar onde Amy guardava as chaves daquela gaveta. Quando se lembrou, se levantou e foi até o pote dourado que havia perto da cabeceira da cama.
Era aqui que Amy guardava seus segredos. Pensou Finn, sem saber que esse não era o único lugar que ela usava pra ocultar seus pensamentos.
Ele pegou a chave, e imediatamente correu até a gaveta. Ela também chamava sua atenção. Ela suplicava pela sua atenção.Finn abriu a pequena gaveta, onde continha apenas um amutuado de cartas. Ele arqueou sua sombracelha, tendo em mente que nunca tinha entrado em contato com aquilo. Finn suspirou, lembrando de apenas alguns momentos onde ele via Amy em sua escrivaninha, escrevendo algo que parecia nunca ter fim. Ela nunca permitiu ele de ler, e ele achava que era apenas uma das milhares de loucuras da garota.
Observou as cartas. Todas dobradas do mesmo jeito, todas com o mesmo tamanho. Estavam perfeitamente alinhadas na gaveta.
Amy mataria Finn se visse ele bagunçando suas coisas.
Finn colocou as cartas dentro de seu paletó, se levantou, e foi embora.
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Cartas da morte, Finn wolfhard.
RandomFinn descobre mais sobre sua amiga depois de sua morte.