O sol brilhava do lado de fora do imponente castelo da ilha principal de Stepstones, é possível ouvir os rugidos dos dragões do lado de fora, da mesma forma que o som das espadas dos cavaleiros ecoando pelos pátios de treinamento da guarda vermelha, o temido exército do príncipe rebelde.
A medida que a mulher de madeixas quase completamente prateadas, exceto por algumas poucas negras, herança de sua avó Baratheon, caminhava pelos corredores sendo seguida pelo seu guarda pessoal, os serviçais a reverenciavam.
Assim que ela ficou de frente as pesadas portas da sala do trono, cujo guarda pessoal do príncipe guardava, não que o segundo filho de Baelon precisasse de um guarda, ela se virou para o homem de cabelos negros que a seguia e falou:
_Sor Stannis, se incomoda de me esperar aqui?
_Não, alteza. –O guarda falou, mas ambos sabiam que era mera formalidade, afinal a ordem já havia sido dada.
Assim, a princesa esperou que o guarda abrisse as portas para ela e logo adentrou a sala vendo o marido sentado no trono esculpido em rocha branca.
_Visenya? Você deveria estar descansando. –O segundo filho de Baelon falou em descrença.
_Descansei desde que chegamos de King's Landing, estou perfeitamente bem, meu dragão. –A princesa diz enquanto caminha em direção ao marido e finaliza sentando-se em seu colo.
_O meistre falou para fazer repouso e o que você faz? –Indaga o príncipe e resmunga logo em seguida –Voa para a corte na primeira oportunidade.
_O bebê está bem, meu príncipe. –Garante a mulher de olhos violeta acariciando o ventre –Ele é um dragão, voar estar em seu sangue.
_Deuses! –Pragueja o príncipe renegado –Você é impossível, mulher.
Ela ri fracamente enquanto acaricia a face do marido.
_Agora me diga, o que lhe aflige, Daemon? –Perguntou ela.
Pegando a mão que lhe acariciava a face, o príncipe a beijou antes de responder:
_Viserys não me pareceu muito bem. –Respondeu o montador de Caraxes –Eu nunca o vi tão debilitado, esposa.
_Nosso irmão não está bem há anos Daemon... –Ela diz com pesar e não perde o olhar insatisfeito do marido –Mas ele estava feliz no jantar e ficou feliz com o noivado de nossa filha e Jace.
O príncipe dirigiu a esposa outro olhar insatisfeito antes de reclamar:
_Ainda não acredito que você permitiu que sua mãe aceitasse a proposta de noivar nossa filha, com o bastardo de Rhaenyra.
Franzindo o nariz em desagrado, a princesa argumenta:
_O bastardo, será nosso rei um dia... Isso se vivermos o suficiente para ver.
Daemon bufa, antes de argumentar:
_Não seja ingênua, querida esposa. Você viu o que aqueles bastardos verdes arquitetaram, é só uma questão de tempo até que usurpem Rhaenyra.
Dando de ombros, a princesa de Stepstones falou:
_Assim como fizeram com minha mãe?
O príncipe rebelde fitou a esposa com um olhar insatisfeito ao mesmo tempo em que a agarrava pelos cabelos e lhe aproximava os rostos.
_Rhaenys não foi usurpada. –Ele falou com a voz grossa –O rei convocou o Conselho, foi tudo legitimo.
Rolando os olhos violetas, Visenya se desvencilhou do marido e se levantou se aproximando até o móvel na parede do canto onde ficava a jarra de vinho.
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Only love can hurt like this | Daemon Targaryen x OC Targaryen
أدب الهواةAegon usurpar o trono de Rhaenyra é visto pela facção black como um ato de traição. Contudo, para Visenya Targaryen o verdadeiro ato de traição é quando Daemon a impede de apoiar a sobrinha. Pode um amor de anos superar um golpe destes? Daemon Targa...