PARTE 5 1/4

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Obs antes de iniciar o capítulo!!!!

Meu celular deu pau e apagou tudo da história, então tive que ir atrás de imagens pra ela de novo e pode ser que algumas coisas não estejam exatamente iguais ao início da fanfic, mas nada que vá fazer vocês ficarem perdidos, ok?
Só avisando mesmo :)

▶️

- Eu me senti tão assustado. - Izuna contava, deitado na rede com as pernas esticadas em cima do colo de Tobirama, que mantinha um carinho gostoso na panturrilha dele com a mão que não segurava a cerveja. - Achei que minha família iria querer meu fim.

- Sua mãe me pareceu bem próxima a você. - Tobirama contou, usando os pés descalços no chão para balançar de leve a rede para frente e para trás. - Naquele dia que te deixei em casa, ela te abraçou com tanto gosto...

Izuna sorriu pequeno, deitando a cabeça na rede de uma forma que conseguia continuar vendo o rosto do Senju.

- Ela foi a única que me apoiou. - Admitiu. - Meu pai ficou furioso. Tentou me forçar a esquecer isso e continuar agindo como uma mulher de verdade. - Riu fraco, meio decepcionado, e Tobirama suspirou chateado por ele. - Meus amigos me abandonaram, com a desculpa que suas religiões abominavam isso. Então eles não queriam se complicar com Deus ao continuarem ao meu lado. E meu ex marido percebeu que não me amava mais. Assim mesmo, fácil e rápido. Foi só eu dizer "hey, eu não quero mais me esconder. Sou um homem tambem" e ele "puts, nada contra, mas vamos terminar".

Izuna bufou, bebendo um longo gole da cerveja depois. Tobirama apertou os lábios. Queria dizer algo pra ajudar, mas não sabia bem o que poderia dizer. Nada apagaria a dor que Izuna sentiu ao não aceitarem ele do jeito que é.

- Eu sinto muito, Izu. - Ele murmurou e o Uchiha sorriu pequeno.

- Tudo bem. - Foi sincero. - É, foi um porre tudo isso, mas minha mãe está comigo. Sasuke está comigo. Tenho amigos incríveis. Meus negócios estão melhores do que nunca. E eu sou quem quero ser. No final está tudo bem.

Tobirama sabia que não estava tudo bem. Porque era perceptível nos olhos dele, a dor de não ser amado. Seu pai, seus antigos amigos, seu ex, a mídia. Eles criticavam Izuna todos os dias. E isso não era estar tudo bem.

- Mas e você? - Izuna cutucou a cintura dele com o pé descalço. - Como é a sua família?

- Ah. - Ele sorriu fraco. - Minha família é essa aqui. - Ele apontou com a cabeça para dentro da casa onde os outros estavam dormindo. - Meu pai mora no interior, ele nunca gostou de cidade grande.

- Jura? - Izuna riu baixinho. - Eu não me vejo longe de um Centro barulhento.

- Ele piraria ficando uma semana aqui em Konoha. - Tobirama riu baixinho. - Nah, ele prefere o campo. Cuidar dos animais da chácara que eu consegui comprar pra ele. O lema dele é: animais sim, humanos não.

Izuna riu baixinho, olhando com curiosidade para o rosto de Tobirama. Ele parecia sentir saudades do pai, ao mesmo tempo que tristeza.

- Você tem irmãos?

- Não, sou só eu.

- E sua mãe?

Tobirama foi perdendo o sorriso ao mesmo tempo que ia parando de balançar a rede sem nem mesmo perceber. Izuna notou que entraram num assunto tenso e se endireitou, cruzando as pernas para ficar sentado de frente para o Senju, que não olhava para nada que não fosse seu próprio colo.

- Tobi-

- Não gosto de falar sobre isso, Izuna. - Ele murmurou, a voz pesada.

Izuna automaticamente assentiu com a cabeça, compreensivo. Ele se inclinou para deixar a sua garrafa no chão e usou as mãos livres para circular o rosto do jogador com calma e carinho. Os olhos dele estavam um pouco caídos e opacos.

Entre gelo e fogo - AU TOBIIZUOnde histórias criam vida. Descubra agora