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Nana viu quando o botão ficou azul. Ela terminou sua consulta minutos depois, sorrindo carinhosa como sempre. Seu último paciente saia com um brilho nos olhos que nos últimos dias tinha se tornado opacos e ela se sentia realizada com isso.

Afinal, por isso se formou em psicologia.

Ela fechou a porta, avisando ao seu secretário que só iria terminar com Tobirama e então o dia estaria encerrado e foi até o quartinho, abrindo a porta para ver Tobirama sentado na cama, mexendo no celular.

- Então? Como está?

- Melhor. - Tobirama sorriu meio tímido e Nana assentiu, o chamando com a cabeça. - Me desculpe por esse show.

- Não sei do que está falando. Só vi um rapaz se abrindo com ele mesmo. - Ela se sentou em sua cadeira e ele na da frente da mesa. - Esse é outro chá, mas acredito que irá gostar também. - O serviu, esticando uma xícara para ele.

- Obrigado.

- Não há de que. - Ela sorriu e os dois tomaram um gole do líquido quente. - Então. Temos alguns minutinhos. Você chegou a fazer o que te pedi?

Ela tinha uma lista de pessoas que tinha que fazer Tobirama entender que não era o culpado pelas desgraças que lhes aconteceram, mas seria muito pra cabeça dele em um dia só.

- Fiz. - Ele pegou o bloquinho de dentro do bolsão da jaqueta, colocando em cima da mesa.

- Vamos ver então. - Ela abriu na primeira página e leu em voz alta, fazendo Tobirama ficar corado de novo. - Então quarta, o dia que saiu daqui, foi um dia de momentos bons?

- Sim... - Coçou a nuca. - É que... Eu e ele ficamos a tarde inteira conversando.

- Entendi. - Ela sabia de quem ele falava, ela usava o Twitter afinal. - E foi um dia bom, apenas por isso?

- Não. Quer dizer, eu me diverti muito no treino também. Consegui fazer alguns pontos no Tony, e ele é muito bom no gol.

- E você anotou aqui, que não tinha como melhorar esses momentos. - Ela leu, subindo os olhos para um Tobirama tímido.

- É que... Foi bom assim. Na verdade, foi mais que bom. Os caras são irados e eu amo nossos momentos, e com o Izu-com o cara que eu conhecendo melhor. - Ele tossiu, tentando ajeitar a postura. - Foi gostoso também. Ele tem um papo leve e parece que nos conhecemos há milênios, porque é tão fácil lidar com ele...

- Fico contente. - Ela sorriu, virando a página para ler na quinta-feira. Seu cenho franziu e Tobirama apertou os lábios. - Então, o cara que você conheceu, não era mais uma boa opção?

- Não é isso... Eu escrevi que não ia mais conversar com ele, porque... olha, eu cai na real ok?

- Que real?

- Você já sabe...

Nana suspirou, lendo o que ele escreveu sobre como melhorar aquele momento, ficando intrigada com o "apresentar alguém que vale a pena para ele".

- Você não vale a pena?

Tobirama desviou o olhar.

- É que... Ele merece alguém que olhe pra ele e veja toda uma galáxia que não foi descoberta ainda. Que suspire ao pensar em como ele é bonito. Ou que se vicie no cheiro dele, porque é muito gostoso. Que aprecie sua companhia e faça ele rir a todo instante, porque a risada dele é um dos sons mais cativantes que poderei escutar. - Ele sorriu de canto e Nana tombou a cabeça levemente para o lado. - Ele merece tudo que alguém é capaz de lhe dar e até o que não é capaz. Porque ele é tão... maravilhoso. Único. Divertido e me deixa tão fraco e hipnotizado...

Entre gelo e fogo - AU TOBIIZUOnde histórias criam vida. Descubra agora