11 - LOIRINHA

1.8K 95 14
                                    

Capítulo 11
P.O.V[ S/N]

O despertador tocou, me fazendo revirar um pouquinho na cama. Odiava o som do meu despertador. Odeio, odeio e odeio. Me assustei quando minha porta abriu com tudo. Vinnie entrou dentro do quarto e logo fechou a porta. Nem esperou uma reação minha, só se jogou na cama.

- Bom dia? - Falei confusa

- Essa cama deveria ser minha, sabia? - Ele falou, se aninhando - Virgínia fez questão de comprar uma nova cama para você chegar.

- Ótimo, tenho que agradecer a ela - Falei, me levantando. Eu me sentia estranha depois de ontem. Eu sentia que tudo estava estranho entre nós.

- Está estranha - Ele falou

- E como não estaria? Adam estava certo em dizer para tomarmos cuidado. Estávamos nos beijando na merda da cozinha, expondo a nossa depravação para a casa toda, e agora você está deitado na minha cama sem camisa, como se o que estamos fazendo é certo - Desabafei, desesperada. Vinnie se sentou na cama, enquanto me analisava de cima a baixo.

- Não somos irmãos.

- É claro que não somos, Vinnie. Irmãos não se beijam da forma que nos beijamos. Mas esse é o desejo do meu pai, que eu te veja dessa maneira. Não estou afim de decepcioná-lo - Falei, pegando meu uniforme e o colocando sobre a cama. Vinnie se levantou, ficando próximo ao meu rosto.

- Não tenho obrigação nenhuma com Virgínia e Erick - Falou. Respirei fundo.

- Será que você nunca pode olhar por outros olhos? Que pessoas ficariam triste por estarmos nos aproximando de outra maneira? - Perguntei.

- Não me importo com que eles pensam. Me importo com o que eu quero - Ele falou, e eu revirei os olhos.

- Eu não vou arriscar a relação das nossas famílias por uma pegação, Vinnie. Sinto muito se pode ser egoísta dessa forma, mas eu não consigo - Falei, e arregalei os olhos quando ele se aproximou mais. Não tive sequer tempo de o afastar, porque o maluco me puxou para perto de seu corpo e grudou seus lábios nos meus. Me afastei rapidamente.

- Tá louco? Eu nem escovei os dentes - Falei.

- Como se fizesse diferença - Ele provou, e eu lhe dei um tapa no peito.

- Idiota. Você vai mesmo ignorar tudo que eu falei?

- Ainda tem dúvidas que eu vou? -

- S/n - Virgínia disse e bateu na minha porta. Arregalei tantos os olhos que achei que eles iriam pular para fora. Olhei em desespero para Vinnie.

- Tô pensando aqui, e se a gente fizer uma rapidinha agora? - Ele sussurrou. Olhei com raiva, vendo o mesmo rir.

- O... Oi - Digo para a mulher que estava do outro lado da porta.

- Posso entrar? - Ela perguntou.

- NÃO - Gritei, quando Vinnie estava indo abrir a porta para mãe. Puxei seus ombros com tudo para trás.

- Tá tudo bem, querida? Precisa de ajuda em algo? - Perguntou. Puxei Vinnie para debaixo da cama.

- Eu não vou entrar aqui - Vinnie disse. O repreendi com o olhar - Você e a Virgínia têm o mesmo olhar repressivo.

- Vai logo - Susurrei para ele, irritada.

- Tá com medo é? - Debochou.

- Entra logo - Abaixei sua cabeça e pelo seu resmungo, devo ter batido nele em algum lugar. Corri, tentando ignorar o arrepio que me deu, e passei as mãos nos cabelos, os arrumando. Abri a porta, encontrando Virgínia.

𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋||  ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴ.Onde histórias criam vida. Descubra agora