Título:Um Vestido Fiado de Gemas Brancas Thranduil x Elf!Reader Autor(a):runawaymun Gênero: Dor/Conforto.
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Você está acostumada com a aparência.
Você viveu com ela, toda a sua vida. Embora, cresceu entre seus parentes Noldorin, e eles eram muito melhores em relegar seu julgamento ao levantar de uma sobrancelha, um olhar que demorava demais, ou - se eles estivessem se sentindo especialmente rudes - um comentário sarcástico ou dois. Mas seus primos, Silvan e Sindarin, não têm essa sutileza.
No início, suas piadas e risadas diretas o chocaram, mas você está se acostumando com isso agora. Bom, de certo, essa situação mudou um pouco quando o Rei-Elfo anunciou seu interesse. Claro, isso veio com seus próprios problemas.
O riso, foi agora, substituído por olhares desagradáveis.
Você não pode culpar ninguém por isso. Que Elfo - anu ou inu - não fantasiou sobre o rei do Reino da Floresta? Thranduil é de tirar o fôlego. Dois metros de altura, cabelos grisalhos e com a constituição de um Valar. Você ainda não tem certeza do que ele vê em você.
Nem mais ninguém.
E eles fazem isso conhecido tão alto quanto eles ousam. Mas, claro, nunca na frente de seu rei. Normalmente, você pode ignorar as carrancas e fingir que o riso não é sobre você. Mas hoje Thranduil está caçando e, como diz o ditado, quando o gato sai, os ratos fazem a festa.
O alfaiate te espeta com outro alfinete e você tem que respirar fundo na pontada da dor. Ele lhe dá um sorriso, que é mais sádico do que apologético, quase desafiando você a acusá-lo de fazer isso de propósito.
— Me perdoe. Não estou acostumado a trabalhar com alguém da sua...forma. - Você o encara, meio que pensando em simplesmente sair da prova, enquanto sente seu rosto esquentar em uma mistura de vergonha e raiva. Você cerra os punhos ao seu lado, mas mantém sua expressão o mais neutra possível. Você está sob escrutínio suficiente como está. A última coisa que você precisa é adicionar "musaranho de temperamento quente" à sua lista de falhas.
— Nenhum dano feito. - Você diz, tentando soar tão magnânima quanto você pode. Como uma rainha seria. Você vai ser um, depois de tudo. Ele mostra outra fachada de um sorriso amigável, e volta a colocar o molde sobre você. Há uma festa chegando e Thranduil encomendou um novo vestido para você: algo digno de sua intenção.
O alfaiate só chega na metade de prendê-lo quando para e começa a tirar tudo de você novamente, murmurando:
— Não, não, não. Está tudo errado! - Você franze a testa para ele. Ele chama seu assistente para começar a medir novamente, e você tem que revirar os olhos quando o ellon de cabelos castanhos vem com a fita, e passa em torno de seus quadris largos.
— Mestre alfaiate, você já tirou mil medidas! - Você reclama.
— Sim. - Ele retruca. - E terei que tomar mais mil. Não posso terminar a prova hoje, temo. A maquete fica toda errada em todos aqueles... - Ele arrasta os olhos para cima e para baixo em seu corpo e gesticula vagamente, e apesar de tudo, você se encolhe um pouco no pedestal. Ele quer dizer seus quadris. Seus seios. Suas coxas. Tudo sobre você que é demais. É tudo demais. Sempre foi. E isso machuca.
