A guerra se aproxima

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Astrid acorda e vê Valka sentada em sua cama.

— Soluço, onde ele está? — perguntou Astrid

— Astrid, ele não voltou.

— Eu poderia ter salvado ele. — disse Astrid

— Não, você não podia, se você tivesse ido todos vocês estariam mortos agora.

— Eu o vi ser apunhalado, eu vi eles jogarem o Soluço no mar, meu coração está doendo, é como se eu tivesse perdido um pedaço de mim. — disse Astrid

— Eu sei como está sentido, é muito doloroso ter que perder alguém que você ama no fundo do coração, é como se não tivesse mais motivo para viver, mas eu tinha um motivo, quando Stoico morreu eu tinha o Soluço como um motivo para viver, qual é o seu? — disse Valka

— Zephir, eu ainda tenho que viver por ela, mesmo que Soluço tenha se sacrificado por nós, eu ainda vou lembrar a ela quem foi o pai dela, um herói. — disse Astrid — E eu irei vingar ele, só terei paz quando eles estiverem em Valhala.

— Eu sei como é, mas eu não posso deixar você ir sozinha, Melequento disse que quando você acordasse é pra você ir para o grande salão, mas se ainda não tiver forças para ir até lá, você pode descansar um pouco.

— Eu estou bem, pode ir na frente que eu já vou ir. — disse Astrid

Depois que Valka sai, Astrid vai até o berço de Zephir, que está brincando com seu dragãozinho de pano.

— Minha queridinha, você ficou distante de mim por tanto tempo, agora que você está aqui por perto, eu posso ter algum a quem devo proteger, eu irei cuidar de você, como um pai também. — diz Astrid enquanto faz carinho em Zephir

— Ela é muito fofa. — Diz um sussurro.

Ela se vira, mas não tem ninguém.

— Eu não vou conseguir, eu posso parecer que estou bem, mas é mentira, eu não sei se vou conseguir seguir sem você ao meu lado. — Astrid se ajoelha apoiada no berço

— Eu sei que vai, agora que Zephir está segura, você deve pensar em como irá cria-la, pois eu vou ama-la e amar você, mesmo estando distante. — a voz de novo

Astrid enxuga suas lágrimas, se levanta e sai de casa, com a força de proteger Zephir a tudo custo. Ela chega até o grande salão.

— Astrid, que bom que você está bem, nós queríamos te dizer algo. — disse Melequento

— Sobre o que?

— É que antes de vocês partirem até Grimmel, nós fizemos um plano de emergência, ou de vingança por assim dizer. — disse Perna-de-peixe

— E como é esse plano de vingança?

— Se consiste em destruir Grimmel e seu império do mal, convocando todos os nossos aliados, a lutarem ao nosso lado. — disse Cabeça-quente

— E porque ainda não iniciaram?

— Esse é o problema, se mandarmos a carta para eles, uma guerra envolvendo milhares de pessoas irá acontecer. — disse Melequento

— Por isso devemos ser cuidadoso quando for mandar a carta, por que no momento que eles lerem a carta, eles já estarão se preparando para a guerra. — disse Perna-de-peixe

— E o Banguela, vocês encontraram ele? — perguntou Valka

— Sim, parece que ele não gostou muito da notícia. — respondeu Cabeça-quente

— Porque? — perguntou Melequento

— Quando eu falei que Soluço não ia mais voltar, ele ficou tão abalado, que eu podia ver a tristeza em seus olhos, depois ele voltou correndo para a floresta.

Até o fim (Sendo Reescrito)Onde histórias criam vida. Descubra agora