A partida dos Dursley (Parte 2)

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- Por que Voldemort está atrás de mim? - Perguntou Harry.

- Por que você e importante para destruí-lo tio Harry – falou teddy.

O olhar do tio encontrou o de Harry. O garoto teve certeza de que naquele instante os dois estavam se perguntando a mesma coisa. Então, Válter recomeçou a andar e Harry continuou: – O senhor precisa se esconder e a Ordem quer ajudar, ofereceu uma sólida proteção, a melhor que existe. Tio Válter não respondeu, continuou a andar para cá e para lá. Lá fora, o sol batia diagonalmente sobre a cerca de Alfeneiros. Na casa ao lado, o cortador de grama do vizinho parou mais uma vez. – Pensei que houvesse um Ministério da Magia! – Exclamou o tio bruscamente. – Há–respondeu Harry, surpreso. – Então, por que não nos podem proteger? Parece-me que, como vítimas inocentes, cujo único crime foi dar guarida a um homem marcado, deveríamos ter direito à proteção do governo! Harry riu; não conseguiu se conter. Era tão típico do seu tio depositar as esperanças nas instituições, mesmo as de um mundo que ele desprezava e não confiava. – O senhor ouviu o que o sr. Weasley e Kingsley disseram. Achamos que o inimigo está infiltrado no Ministério.

- Que ultraje, isso é claramente mentira, o ministério e um dos lugares mais seguros de todos, saberíamos se tivesse comensais da morte – disse o ministro, aquele livro estava acabando com a sua imagem e prestigio.

- Bom está no livro, então deve ser verdade – falou Hermione

Tio Válter foi até a lareira e voltou, respirando com tanta força que ondulava o enorme bigode negro, seu rosto ainda púrpuro de concentração. – Muito bem-disse ele, parando mais uma vez diante do sobrinho. – Muito bem, vamos considerar a hipótese de que aceitemos essa proteção. Continuo sem entender por que não podemos recebê-la do tal Kingsley. Harry conseguiu não erguer os olhos para o teto, mas a muito custo.

- O Harry virou rebelde, quem imaginaria não é Fred – disse George rindo

- Isso mesmo George, tão rebelde – os dois começaram a dar risadas, Harry estava emburrado.

A pergunta já tinha sido respondida meia dúzia de vezes. – Como lhe expliquei– disse entre os dentes–, Kingsley está protegendo a trouxa, quero dizer, o seu primeiro-ministro. – Exatamente: ele é o melhor! – Exclamou o tio, apontando para a tela escura da televisão. Os Dursley tinham localizado Kingsley no telejornal, andando discretamente às costas do primeiro-ministro em visita a um hospital. Isto, e o fato de Kingsley ter aprendido a se vestir como um trouxa, sem esquecer da segurança que transmitia com sua voz lenta e grave, tinha levado os Dursley a aceitarem Kingsley de um jeito que certamente não se aplicara a nenhum outro bruxo, embora fosse verdade que eles nunca o tivessem visto de brinco.

Muitos começaram a dar risada, Kingsley era exatamente assim.

– Ele está ocupado – disse Harry. – Mas Héstia Jones e Dédalo Diggle estão mais do que qualificados para esse serviço...

A ordem sorriu, eles realmente eram bons, mas se Harry conhecia todos eles, então era um membro da ordem, esse pensamento preocupou muitos.

– Se ao menos tivéssemos visto os currículos deles... – começou tio Válter, mas Harry perdeu a paciência. Levantando-se, dirigiu-se ao tio, agora ele próprio apontando para a televisão. – Esses acidentes não são acidentes, as colisões, explosões, descarrilamentos e o que mais tenha acontecido desde a última vez que o senhor viu o telejornal. As pessoas estão desaparecendo e morrendo, e é ele que está por trás de tudo: Voldemort. Já lhe disse isso muitas vezes, ele mata trouxas para se divertir. Até os nevoeiros: são causados por dementadores, e se o senhor não lembra quem são, pergunte ao seu filho! As mãos de Duda ergueram-se bruscamente para cobrir a própria boca.

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⏰ Última atualização: Oct 27, 2022 ⏰

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